sexta-feira, 31 de julho de 2009

Halloween: O Início

Devo admitir que se hoje sou cinéfilo, é graças aos filmes de terror. Foi através desse gênero que eu me aproximei da sétima arte. Como meus amigos sabem, hoje eu topo tudo: de arte a entretenimento. E não abandonei as origens, ainda curto filmes de terror. O primeiro que vi, aliás, foi Halloween II - A Vingança Continua (1981), aos sete anos, numa noite regada a muita gripe e insônia.

O gênero, infelizmente, está decadente; entretanto, gostei de algumas produções mais ou menos recentes do gênero: A Casa de Cera, A Chave Mestra, até as refilmagens americanas de famosas produções japonesas, como O Chamado ou O Grito. Então, pode-se dizer que restava uma esperança depositada por mim no gênero, quando resolvi assistir a esse filme. Evidentemente, vi todos os filmes da série, e como ganhei dois ingressos no playcenter para assistir Halloween, embarquei nessa, junto com a Gisele.

O que me incomoda em Hollywood é essa detestável moda de contar as origens de psicopatas em série: foi assim com O Massacre da Serra Elétrica, Hannibal (de O Silêncio dos Inocentes), O Exorcista... Aliás, essa moda não é específica ao gênero terror, pois já presenciamos o início da trajetória de alguns personagens famosos de outros gêneros em filmes como Batman Begins, X-Men Origens: Wolverine, Star Trek: O Filme, e por aí vai..

Nesse caso, contudo, não responsabilizo os produtores de Halloween por pegar carona nessa moda. Isso é culpa de algum tradutor brasileiro infeliz, que colocou o subtítulo "O Início", num filme que é pura refilmagem do clássico dirigido em 1978, pelo grande John Carpenter! Tudo bem, o filme retrata um pouco a infância do psicopata Michael Myers. Fora isso, nada foi alterado do filme original: as mesmas personagens com os mesmos nomes, a típica trilha sonora, o espaço onde a chacina se desenrola... enfim, trata-se uma verdadeira xerox, mas sem o estilo de Carpenter e sem a carismática presença da rainha do grito, Jamie Lee Curtis.

O que se pode dizer, é que se trata de uma refilmagem desnecessária (aliás, como muitas outras), banal, cansativa, sem-graça e chata. Não há necessidade de se fazer uma sinopse, pois todo mundo conhece a história do famoso serial killer Michael Myers (feito por dois desconhecidos: o cara de bizarro Daeg Faerch na infância, e Tyler Mane como adulto) que mata muita gente no dia das bruxas, e que, sabe-se lá porque, persegue incansavelmente sua irmã. Esta é feita por uma atrizinha medíocre chamada Scout Taylor-Compton, que, apesar disso, já tem muito filme e séries no currículo, mas está bem longe de se tornar uma nova Jamie Lee Curtis.

Ainda no elenco, o veterano Malcolm McDowell faz o obcecado psicólogo Loomis (que na série foi interpretado pelo excelente veterano, e já falecido, Donald Pleasence), que não sai da cola do assassino; Danielle Harris, que na infância participou de Halloween IV e V no papel de uma descendente da família Myers, aqui tem o destino previsível para melhor amiga de mocinha em filmes de terror; Sheri Moon Zombie, esposa do diretor, como a mãe de Michael e o veterano William Forsythe.

Rob Zombie, o diretor (e também roteirista), está tendo popularidade em Hollywood, como o mais novo cineasta adepto ao gênero. Dirigiu outros filminhos irreparáveis, e também a sequência inevitável dessa nova safra de filmes da série, que deve estreiar logo. Ou seja, são filmes como esse que me deixam desanimados em relação ao gênero que me aproximou do cinema. Mas ainda tenho esperança de assistir a um bom thriller sobrenatural nas telas. Ao menos, aguardo o novo do Sam Raimi (Evil Dead, Homem Aranha), que parece ser bem assustador. Em todo caso, o diretor tem gabarito. Abraços!

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Era do Gelo 3

Ok, finalmente aconteceu! Após um período longo de "seca", fui ao cinema. No habitual cinema do Parque Shopping Santana, e acompanhado pela minha esposa Gisele. Quem acompanha meu blog com frequência, se surpreenderá com o fato d´eu ter assisitido o longa "A Era do Gelo 3", já que em uma postagem recente eu havia admitido que não tinha interesse em assistir a essa produção. Nada contra desenhos animados, ao contrário, eu adoro; no entanto, não sou muito fã de sequências, principalmente quando eu ainda não tenha assistido aos episódios anteriores. Enfim, é o caso da série "A Era do Gelo".

Mas eu adorei o desenho. Dei muitas gargalhadas, deixei-me envolver com a história, me diverti com as personagens, tudo bacana. A Disney, definitivamente, já está com seu trono ameaçado, pois a FOX, distribuidora desse filme, e a Dreamworks, estão investindo no gênero infantil, e ambas vêm conseguindo grandes resultados. Principalmente, porque elas enveredam mais para a criatividade e o humor, se distanciando das longas canções de contos de fada, que são habituais em fitas da Disney.

Mas, voltando ao filme, que mais uma vez foi dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha (também dirigiu o segundo, e foi co-diretor do primeiro), possui roteiro nem tanto criativo (fala de valores que já foram muito focalizados em outros desenhos, como amizade e a união), com muitos personagens coadjuvantes e tramas paralelas (faz lembrar um pouco os dois filmes da série "Madagascar"). Apesar disso, Saldanha e o time de roteiristas (liderados por Jason Carter Eaton) apresentam diálogos divertidos e situações eletrizantes.

Bom, o personagem central é o atrapalhado Sid, um bicho-preguiça, que, abaixo da civilização em que vive, acaba encontrando uma outra civilização, dominada por dinossauros. Lá, ele encontra três filhotes de espécie jurássica, e resolve adotá-los. Não precisa nem dizer que ele terá problemas com a furiosa mãe dos recém-nascidos. Seus amigos enfrentam desafios para ajudá-lo. São eles: o casal de elefantes Manny e Ellie, que aguardam o nascimento do herdeiro; Diego, o tigre dentes-de-sabre, que atualmente está em crise existencial; um casal de bichinhos, que são irmãos (não sei a espécie) e "o" doninha Buck, um expert caçador de dinossauros. Um personagem que acaba roubando a cena, no entanto, é Scrat (mais uma vez, não sei identificar que animal ele é), que tenta, a todo custo, recuperar a bolota fujona, e acaba se apaixonando pela versão feminina de sua espécie (creio que essa personagem não era dos filmes anteriores).

Enfim, mesmo sem ter assistido as outras duas fitas da série, consegui acompanhar muito bem as aventuras dessa turma simpática, e gostei muito dos resultados. Ouvi alguns comentários sobre os três filmes da série, e essa terceira parte é apontada como superior aos outros dois. Não duvido, pois "A Era do Gelo 3" me agradou bastante, e é uma excelente opção para esse final de férias. Então, não percam tempo, e corram para assistir a essa divertida produção. Abraços!

TRAILER:

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do amigo

Minha prima Andréia mandou um scrap hoje, desejando feliz "dia do amigo". Eu, honestamente, fiquei surpreso, pois até havia me esquecido que existia um dia típico da amizade. Aliás, por que não? Amigos verdadeiros são jóias preciosas, são necessários e importantes na vida de todo mundo. Meus amigos, como já disse certa vez, conto nos dedos de uma mão. Podem ser poucos, mas são verdadeiros amigos. Enfim, os grandes amigos, que normalmente visitam e comentam meu blog, me conhecem, sabem meu jeito de ser, reconhecem que eu sou sincero em relação aos sentimentos de amizade, afinal, não tenho nenhum problema em dizer "adoro você meu irmão", "tu és um grande amigo", etc, e sabem também o quanto gosto deles. Enfim, em homengaem aos meus amigos, e claro, incluo aqui a minha prima também, e a todos os amigos do mundo, lanço aqui 10 filmes que falam sobre o tema da amizade:

1) Asas da Liberdade (1984), de Alan Parker. O filme mostra a amizade, quase impossível, mas que foi construída aos poucos, entre o "valentão" do colégio (Nicolas Cage) e um rapaz esquizofrênico e fascinado por pássaros (Matthew Modine). Com o passar do tempo, o personagem de Matthew, que se tornou ex-combatente do Vietnã, e que se encontra traumatizado em um sanatório militar, recebe a visita do velho amigo Cage, que tenta ajudá-lo. Um filme interessante, com dois astros em início de carreira.

2) O Carteiro e o Poeta (1995), de Michael Radford. Esse famoso filme italiano é um dos meus favoritos. Poético, alegórico e envolvente, mostra como um simplório carteiro (Massimo Troisi, falecido após os términos da filmagem) consegue se declarar à sua amada, com a influência de seu grande amigo poeta (Phillippe Noiret). Trata-se de uma beleza rara, que não se vê sempre nas telas por aí afora...

3) Curtindo a Vida Adoidado (1987), de John Hughes. Pode até parecer piada colocá-lo na lista, mas sempre admirei a amizade entre os personagens de Matthew Broderick, o famoso "Ferris Bueller" e de Allan Ruck (um ator que não deu certo). Os dois, juntos com a namorada de Broderick, feita por Mia Sara, aproveitam muito bem uma ótima tarde de um dia-de-semana comum, ao matarem aula do colégio, e se divertirem em lugares típicos de entretenimento, como restaurante, museu, piscina... Não sei explicar o porquê, mas a cena em que Ruck contempla fixamente um quadro no museu, me comove muito até hoje. Talvez porque eu me identificava muito com essa personagem, nesse filme que não cansei de assistir repetidas vezes na minha infância.

4) Os Goonies (1985), de Richard Donner. Outro filme nostálgico, que vi e revi trocentas vezes, tanto na infância, como depois de adulto. A saga do grupo de amigos pré-adolescentes que, sempre unidos, se aventuram por diversos lugares "inimagináveis", com o intuito de conseguirem localizar um navio-pirata, e encontrar diamantes para pagar a hipoteca da casa dos pais, cativou diversas platéias e gerações. O objetivo maior do grupo, conhecido por "goonies" era fazer com que a amizade prevalecesse sempre. Essa fita, que revelou alguns talentos, como Josh Brolin, Sean Astin, Martha Plimpton e Corey Feldman, foi muito marcante na minha infância.

5) Julia (1977), de Fred Zinnemann. Saindo um pouco do clube do bolinha, é bom lembrar da amizade entre mulheres que a tela já nos mostrou. Jane Fonda interpreta a escritora Lilian Hellman, que faz uma recriação de episódios reais envolvendo sua grande amiga Julia (Vanessa Redgrave, Oscar de coadjuvante), uma ativista de movimentos políticos e sociais de resistência nazista, que lutou até a morte a favor de seus ideais. Através das memórias da persoangem real, percebemos a grande amiga que Julia foi para a escritora. Sem dúvida, uma presença marcante!

6) Morango e Chocolate (1994), de Tomaz Gutierrez Alea e Juan Carlos Tabío. Essa produção popular do cinema cubano, também enfoca a amizade ente dois opostos: um revolucionário e "machão" estudante de ciências sociais; e um artista dissidente e homossexual. O título já faz uma alegoria, ao se referir as preferências das personagens: enquanto o revolucionário adora sorvete de chocolate, o homossexual se delicia com o sabor mais doce do morango. Um filme, no mínimo, curioso, não apenas pela temática da amizade entre os opostos, mas também pelo seu teor crítico quanto ao sistema comunista.

7) O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1984), de Joel Schumacher. Outro filme sobre amizade coletiva. Aqui, o foco é um grupo de jovens que está prestes a ingressar na faculdade. Seus desejos, medos, angústias e excitações são expostos, enquanto tentam alcançar a maturidade. No elenco desse clássico moderno, os então novatos Rob Lowe, Demi Moore, Andrew MacCarthy, Emílio Estevez e Andie MacDowell, entre outros.

8) Romy e Michele (1997), de David Mirkin. Filme pouco conhecido, talvez nem exista em DVD. Não sei explicar, mas adoro esse filme que fala sobre a amizade das personagens do título. Romy (Mira Sorvino) e Michele (Lisa Kudrow) são amigas desde a época do colégio, e moram juntas nos dias atuais. Quando elas decidem ir àquela típica festa de reencontro do colégio, após dez anos, descobrem que são frustradas e decadentes. Ambas passam por diversas situações esquisitas e bizarras para dar a volta por cima, mas encontram apoio mútuo uma na outra. Trata-se de uma comédia, mas analiso com muita seriedade a amizade das personagens, que não são lésbicas.

9) Um Sonho de Liberdade (1994), de Frank Darabont. Essa famosa adaptação de livro de Stephen King (não esperem o sobrenatural) fala de uma singela e bonita amizade entre dois prisioneiros, interpretados pelos magníficos Tim Robbins e Morgan Freeman (indicado ao Oscar). Bastante comovente, essa película mostra que os melhores amigos da vida nem sempre são aqueles que conhecemos a muito tempo. Adoro esse filme!

10) Thelma e Louise (1991), de Ridley Scott. Vide resenha aqui nesse blog. Menciono mais uma vez, as grandes performances de Susan Sarandon e Geena Davis nos papéis-título. O filme ínspirou diversos outros sobre amizade entre mulheres, e apresenta final envolvente e inesquecível!

Essa é a minha seleção de hoje! Finalizo com um provérbio bíblico 18-24 "Algumas amizades não duram nada, mas um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão".

Abraços!



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma Lição de Amor

( EUA 2001 ). Direção: Jessie Nelson. Com Sean Penn, Michelle Pfeiffer, Dakota Fanning, Laura Dern, Dianne Wiest, Loretta Devine, Richard Schiff, Brad Silverman, Rosalind Chao, Kimberly Scott, Mary Steenburgen. 132 min.


Sinopse: Homem deficiente mental, pai de uma garotinha, perde a guarda da filha por não ter condições intelectuais para sustentá-la. Solicita ajuda de uma atarefada advogada, e luta para conseguir ter a filha de volta.

Comentários: Excelente e comovente interpretação de Sean Penn como retardado mental. Por esse papel, inclusive, Sean foi indicado ao Oscar de melhor ator. Na verdade, o filme de Nelson (também autora do roteiro, em parceria com Kristine Johnson) reserva boas interpretações para todo o elenco: Michelle Pfeiffer continua linda, apesar da idade (na ocasião 43 anos), e interpreta muito bem a advogada, alternando momentos dramáticos e cômicos; Dianne Wiest tem papel pequeno, mas está magnífica como a vizinha e amiga de Sean; Laura Dern interpreta a mãe adotiva, e Mary Steenburgen tem ponta não creditada. Mas a estrela do filme, sem dúvida, é a talentosa Dakota Fanning, uma excelente atriz-mírim. Sua interpretação é convincente e segura, ela merecia ter sido indicada ao Oscar. E , além disso, a menina tem seguido grande carreira em Hollywood, algo bastante raro para crianças. Claro que a sua personagem, a garota Lucy (de apenas 7 anos) é madura demais para a idade. Certamente, nenhuma criança dessa idade conseguiria ser tão "adulta"como a personagem. Em todo caso, o filme é agradável; é repleto de várias canções pop-românticas, tem boa direção de arte e fotografia, e boas cenas cômicas, que impedem o filme de ser piegas demais. Esse alívio cômico fica por conta de Michelle Pfeiffer, propositalmente atrapalhada (apenas nas cenas certas, sem dúvida) e dos atores que interpretam os amigo de Sean Penn, todos coincidentemente débeis como o personagem de Sean: tem o fanático pelo filme "Kramer vs. Kramer", o super-protegido pela mãe, o que tem mania de perseguição... (a cena do tribunal, com as interrupções deles, são bem engraçadas). Mas, não se enganem: não é comédia, e sim drama. Daqueles bem sentimentais, açucarados, bonitinhos, e com final feliz. Sem grandes novidades, portanto. O melhor são as interpretações, sobretudo de Sean e Dakota.

Por que gravei o filme: Como disse, é um filme sem grandes novidades, apesar de interessante. Gravei na HBO2, principalmente pelo elenco estelar. Tenho gostado muito das mais recentes interpretações de Sean Penn; é um grande astro sem dúvida. E o elenco feminino traz grandes atrizes. Sou fã de carteirinha de Michelle Pfeiffer, e fico entristecido ao saber que a moça não tem emplacado muito em Hollywood. Ela era uma das grandes estrelas dos anos 80, já foi três vezes indicadas ao Oscar (a última vez foi em 92) e está meio sumida. Torço muito para o seu grande retorno. Laura Dern, outra que está desaparecendo, também é uma atriz que eu gosto e a veterana Dianne Wiest é sempre envolvente, mesmo quando suas personagens não roubam a cena. Tive, também, o prazer de conhecer a excelente Dakota Fanning. Concluo, afirmando que gosto do filme. Não sou muito exigente em relação aos roteiros (já sei que Hollywood está bem decadente para boas idéias). Além disso, é óbvio que Uma Lição de Amor não é um filme de arte; E se não é arte, é entretenimento. O filme cumpre essa missão; e se conseguiu isso, fez o seu trabalho.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para não dizer que não refleti sobre as coisas da vida

Há algum espaço de tempo, umas 23:30, minha esposa Gisele não aguentou de sono, e capotou! Nunca vi Gisele assim, tive que praticamente arrastá-la para cama. Mal chegou, ela já estava nos roncos. Uma pena! Não terminamos de assistir aquilo que assitíamos: o penúltimo episódio da série "Lost", 3ª temporada. Esse episódio me fez refletir um pouco sobre as coisas. Vou dizer detalhes, e se a Gisele não assistir a esse episódio antes, saberá de alguns segredos...

O personagem Jack (Matthew Fox) não está mais na ilha, mas a ação ainda se concentra nesse espaço. Portanto, quando vemos Jack na ilha, se trata de um flash-foward da personagem, que agora no presente, fora da ilha, se lembra do tempo em que ainda estava habitando ela. O que chama a atenção é que o personagem está amargurado com a vida, e anseia voltar para a ilha, ironicamente, o local que outrora ele queria, a todo custo, se ver livre.

Por que isso acontece com Jack? Porque a vida cotidiana não lhe interessa mais: tornou-se alcoólatra, descuidou a aparência, foi abandonado pela esposa... Na ilha, ele se sentia importante, era respeitado por todos, e criou laço de afetividade com diversas pessoas. Lá, ele estava longe do lar; no entato, estava cercado de bons amigos.

Quase no fim do episódio, refleti sobre as coisas que fiz hoje. Sobretudo, conversei com quatro amigos no MSN (não citarei o nome de nenhum, me reservo nesse direito). O primeiro deles foi meu antigo melhor amigo de infância, e que não vejo há muito tempo. Conversamos sobre coisas que dois amigos que há muito tempo não se vêem conversam: como está, tudo bem, o que tá fazendo, casou quando, viajou, e seus pais, irmãos, algumas brincadeiras pra descontrair, etc. Isso me fez lembrar da boa e velha infância. Conversei também com outro amigo que gosto muito, e que normalmente falamos muitas bobagens e damos muitas risadas. Hoje, contudo, falamos sobre relacionamentos, e eu dei alguns conselhos pra ele. Isso me fez lembrar da minha época de namoro, e de alguns desentendimentos típicos que todo casal tem...

Os dois últimos com quem conversei, os considero grandes caras, melhores amigos, irmãos verdadeiros. Um deles, não conheço a muito tempo, mas isso não tem importância para caracterizá-lo como meu grande amigo, já que o caráter (qualidade) é muito mais significativo que o tempo (quantidade). Sinto que o conheço há anos, estamos sempre coversando, o vejo com muita frequência, e normalmente falamos sobre qualquer coisa. Hoje, dentre outras coisas, fiz uma brincadeira sobre confiança, referente a algo novo que surgiu na minha vida. Foi uma brincadeira, que me fez refletir: "Você confia em mim como eu confio em você?" "XD" foi a resposta, afinal, estávamos brincando. Depois, o chamei de bobão, enfim coisa assim. Mas refleti sobre a importância do verbo confiar. Ele não é típico para ser usado a qualquer momento, há muito perigo atrás de diversas máscaras da vida. Enfim, confio muito nesse meu irmão. Outro grande brother, que conheço a mais tempo, foi o último com quem conversei hoje. Não o vejo sempre, mas trata-se de alguém que sempre está presente na minha vida. Falamos sobre diversos assuntos: vida, relacionamento, cotidiano, enfim, filosofamos muito. Enfim, um grande companheiro que me acompahou nessa incansável insônia. A partir de nossa conversa, decidi que iria escrever isso tudo que escrevi. Essas conversas foram muito importantes para o meu dia hoje.

Soma-se a isso tudo, o novo que surgiu na minha vida, leitura de Saramago, a morte do meu pai, as batalhas profissionais, as horas mal-dormidas, o stress e o nervosismo com o ritmo, a agitação da cidade, a responsabilidade de homem casado... Enfim, coisas boas e más que, se algum dia vir a perder (até as más) sentirei falta, sem dúvida! Por isso, preservo muito todos os tesouros que tenho, e todas as pessoas que amo.

Preservo, principalmente, minha melhor amiga que dorme agora, enquanto escrevo. Gisele é e será minha companheira eterna. E o melhor amigo, de fato, merece ser citado: é Deus, que me dá força, sabedoria, tranquilidade, otimismo e segurança em todos os meus afazeres. Espero, por fim, nunca passar pela nostalgia de Jack. Creio que tudo aquilo que valorizo, está bem próximo de mim, e pretendo conservar todas essas preciosidades. Bom fim de semana a todos!

A seguir, a cena final da 3ª temporada de Lost (dublado em espanhol). Nessa cena, nos deparamos com o desespero de Jack, que deseja sofrer mais um acidente de avião, com intuito de se perder na ilha e ser feliz. Vale a pena ver:

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quando irei ao cinema?

Já faz muito tempo que não frequento as salas de cinema. Isso, realmente, não pega bem para um cinéfilo de primeira como eu. Infelizmente, e bastante envergonhado, admito que estou desatualizado sobre as estréias! O que posso considerar como motivo para estar tão distante de algo muito prazeroso para mim? Bom, nem sempre tenho a verba necessária para ir ao cinema; outros compromissos, referentes ao meu cotidiano de homem casado, também são obstáculos. Mas, a falta de opções acaba predominando...

Há diversos filmes de artes passando em cinemas alternativos, como o HSBC Belas Artes e o Espaço Unibanco de Cinema. São, geralmente, filmes interessantes, originais, curiosos... A maior parte vem da Europa, e por isso, muitos consideram como chatos e difíceis. Mas isso é um grande preconceito! Em todo caso, não consegui ainda convencer a Gisele para me acompanhar nessa aventura. Quem sabe um dia! Meu amigo Leandro já me chamou diversas vezes para assisitr à essas peliculas maravilhosas, mas nunca tivemos a oportunidade de assisti-las juntos. Mas estou com muita de vontade de ver A Partida, de Yojiro Takida; Bem-Vindo, de Phillipe Lioret; Casamento Silencioso, de Horatio Malaele; De Repente Califórnia, de Jonah Markowitz; Entre os Muros da Escola, de Laurent Cantet; Labirinto de Paixões, de Pedro Almodóvar e outros. Quem sabe agora nas férias, brother!

Mas cinema também é diversão e pipoca! Adoro filmes hollywoodianos também, e não tenho nenhum problema em assumir isso. Mas não quero ver "A Era do Gelo 3" (porque eu não vi os dois anteriores. Senão toparia na boa, afinal, adoro desenhos), "17 Outra Vez" (comédia boboca), "Hannah Montana" (me poupe, a Gisele tá doidinha pra ver), "O Exterminador do Futuro - A Salvação" (a série já virou fiasco faz tempo), "Transformers" (nunca vi graça), ou o último "Star Trek" (nunca vi a série, esse é o motivo. Mas conheço quem pode me emprestar os anteriores, hehehe...). Mas assistira a "Wolverine" (adoro X-Man), "Trama Internacional" (parece um bom suspense) e "Cara, Eu Te Amo" (adorei a sinopse). São filmes-pipoca que me interessam.

O mais absurdo é que o filme mais recente que vi nas telas é o abominável e esquecível "Dia dos Namorados Macabro -3D"! Aliás, nem 3D era o filme !!!!!! Bom, finalizo a postagem, com um trecho do filósofo Walter Benjamim: "O filme serve para exercitar o homem nas novas percepções e reações exigidas por um aparelho técnico cujo papel cresce cada vez mais em sua vida cotidiana. Fazer do gigantesco aparelho técnico do nosso tempo o objeto das intervenções humanas - é essa tarefa histórica cuja realização dá ao cinema o seu verdadeiro sentido". Preciso ver mais filmes! Abraços!!!!