sábado, 31 de janeiro de 2009

OSCAR 2009 -indicados

Dia 22/02 a TNT exibirá com exclusividade a festa do OSCAR 2009. A tv aberta também transmitirá a cerimônia; provavelmente a Globo. Mas eu nem gosto de comentar isso, pois a globo desrespeita, constantemente, os espectadores do Oscar. A emissora somente transmite a apresentação, quando o Bial finaliza o Big Brother! Ou seja, começa a transmitir a cerimônia a partir do meio. Isso é lamentável, e já levanto um protesto contra a emissora. O SBT sempre foi fiel a transmissão integral do Oscar, e seria justo se a emissora do Sílvio Santos conseguisse os direitos da transmissão...

Bom, quanto ao Oscar, eu gosto bastante da cerimônia, e desde 98 tenho o hábito de gravar as transmissões. Mas, quero deixar bem claro que o Oscar não é uma premiação do cinema mundial, de forma alguma. Afinal, se isso fosse verídico, não existiria a categoria "melhor filme estrangeiro". É uma típica festa americana, bem cafona aliás. Mas eu me divirto muito com a festa, e não levo a sério.

Ainda assim, lastimo o fato do Brasil não figurar entre os cinco finalistas de filme estrangeiro. Uma pena, pois o nosso cinema cresceu bastante em conteúdo e qualidade técnica. Com tantas produções nacionais excelentes que nos últimos anos invadiram as telas, fico surpreso com a ausência do nosso país no Oscar. Quem sabe um dia... Mas acho difícil!
Comentarei apenas as seis categorias principais: filme, diretor, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante.

FILMES:
Os favoritos são "O Curiosos Caso de Benjamin Button" e "Quem quer ser um Milionário?". Os outros três, "Frost/Nixon", "O Leitor" e "Milk - A Voz da Igualdade" estão apenas completando a lista. Benjamin Button lidera como o filme que teve o maior número de indicações: 13. Além disso, conta uma história bem acadêmica e a projeção é longa; ou seja, o tipo de filme que a academia adora premiar. Mas, parece que "Quem quer ser um Milionário?", indicado para 10 estatuetas, leve a melhor, pois foi bastante premiado em outros festivais.

DIRETORES:
É bem raro os cinco diretores dos cinco melhores filmes serem indicados. Normalmente, a academia indica 4 cineastas de 4 dos melhores filmes, e completa com um de fora, ou seja, com um diretor que não teve sua produção indicada como melhor filme. Mas dessa vez, todos os cinco cineastas dos filmes que concorrem na categoria principal foram indicados. São eles: Danny Boyle ( "Quem quer ser um Milionário?"), Stephen Daldry ("O Leitor"), David Fincher ("O Curioso Caso de Benjamin Button") Ron Howard ("Frost/Nixon") e Gus Van Sant ("Milk - A Voz da Igualdade"). E se "Quem quer ser um Milionário?" dispara como favorito, seu diretor, Danny Boyle, também deverá ser premiado. O que é muito bom, já que Boyle é um excelente cineasta, e essa é sua primeira indicação. Quanto aos demais, Howard já ganhou em 2001 por "Uma Mente Brilhante", Stephen Daldry foi indicado em 2002 por "As Horas" e Gus Van Sant, em 97 por "Gênio Indomável". Quanto a Fincher, Benjamin Button lhe trouxe sua primeira indicação.

ATORES:
- Richard Jenkins: 61 anos, primeira indicação. Famoso ator coadjuvante, que já fez uma porção de filmes, mas que ninguém conhece. Concorre pelo filme "The Visitor", e acho bacana a academia reconhecer talentos como o dele. Mas não vai ganhar.
-Frank Langella: 71 anos, primeira indicação. A exemplo de Jenkins, Langella também já atuou em diversos filmes, sempre como coadjuvante. A diferença é que Langella tem fama na tv americana, onde atua com muita freqüência. Seria bom se ganhasse, pois está muito bem em "Frost/Nixon" (apenas assisti trechos), mas também não vai ganhar.
-Sean Penn: 48 anos, quinta indicação. Foi indicado sempre como ator central nos filmes: "Os Últimos Passos de Um Homem" (1995), "Poucas e Boas" (1999), "Uma Lição de Amor" (2001) e "Sobre Meninos e Lobos" (2003), pelo qual ganhou a estatueta. Agora concorre por "Milk - A Voz da Igualdade", e tem chances de faturar sua segunda estatueta, porque já ganhou o SAG (uma prévia do Oscar). Ainda assim, acho que não ganha.
-Brad Pitt: 45 anos, segunda indicação. Foi indicado antes, em 95, como coadjuvante, por "Os Doze Macacos". Bom, Pitt é um dos astros máximos de Hollywood. Além disso, protagonizou um excelente sucesso, que emocionou diversas platéias. E o personagem Benjamin Button é um típico personagem que ganha Oscar. Por isso, acho que têm chances de ganhar, embora não mereça. Caso não ganhe, acho difícil ele ser indicado de novo...
-Mickey Rourke: 52 anos, primeira indicação. Como o Oscar surpreende a gente! Alguém poderia imaginar que Mickey Rourke algum dia teria chances de ser indicado ao Oscar? Pois é, aconteceu! O pior, é que ele têm chances de ganhar pelo filme "O Lutador" (já ganhou o globo de ouro). Não assisti ainda ao filme, mas não consigo imaginar Rourke como bom ator. Vamos ver o que pode acontecer...

ATRIZES:
-Anne Hathaway: 26 anos, primeira indicação. A famosa estrela de "O Diário da Princesa" finalmente conseguiu sua primeira indicação ao Oscar. Aqui, ela concorre por "O Casamento de Rachel". Em breve, se tornará uma nova Julia Roberts. Ela tem talento de sobra, e já pode se considerar premiada por ter sido indicada. Mas não vai ganhar. Não, ainda.
-Angelina Jolie: 33 anos, segunda indicação. Foi indicada antes, em 99, como coadjuvante, por "Garota, Interrompida", e levou o Oscar pra casa. Agora concorre como principal por "A Troca". Ela tem boa atuação no filme, mas também não vai ganhar. Na verdade, a academia a indicou esse ano como um pedido de desculpas, já que a ignorou no ano passado pelo filme "O Preço da Coragem". Coisas de Hollywood...
-Melissa Leo: 48 anos, primeira indicação. Uma excelente atriz que poucos conhecem. Fez diversos filmes, mas agora tem sua primeira oportunidade ao Oscar pelo filme "Rio Congelado". Por ser protagonista de uma produção independente, e pouco comercial, Melissa será a azarona da festa. Mas valeu a indicação.
-Meryl Streep: 59 anos, décima quinta indicação (!). Foi indicada antes por "O Franco Atirador" (coadjuvante, 78), "Kramer vs. Kramer" (coadjuvante, 79, ganhou), "A Mulher do Tenente Francês" (principal, 81), "A Escolha de Sofia" (principal, 82, ganhou), "Silkwood - Retrato de Uma Coragem" (principal, 83), "Entre Dois Amores" (principal, 85), "Ironweed" (principal, 87), "Um Grito no Escuro" (principal, 88), "Lembranças de Hollywood" (principal, 90), "As Pontes de Madison" (principal, 95), "Um Amor Verdadeiro" (principal, 98), "Música do Coração" (principal, 99), "Adaptação" (coadjuvante, 2002) e "O Diabo Veste Prada" (principal, 2006). Concorre agora pelo filme "Dúvida". Definitivamente, Meryl é o recorde interpretação indicada ao Oscar. Nunca nenhum ator (nem os vivos, nem os mortos) conseguiu ser indicado 15 vezes ao Oscar. No entanto, a atriz só ganhou duas vezes! Ela ganhou o SAG, mas creio que não será dessa vez que ela levará seu terceiro Oscar...
-Kate Winslet: 33 anos, sexta indicação. Foi indicada antes por "Razão e Sensibilidade" (coadjuvante, 95), "Titanic" (principal, 97), "Íris" (coadjuvante, 2001), "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" (principal, 2004) e "Pecados Íntimos" (principal, 2006). Nunca ganhou, e agora concorre pelo filme "O Leitor". Sem dúvida, ela arrebatará a estatueta de ouro, já que dispara como a favorita da categoria. O curiosso é que "O Leitor" lhe premiou no SAG e no globo de ouro na categoria coadjuvante(!), e aqui foi indicada como atriz central. O fato é que os americanos não conseguem diferenciar protagonista de coadjuvante...

ATORES COADJUVANTES:
-Josh Brolin: 41 anos, primeira indicação. Aqui, ele concorre por "Milk - A Voz da Igualdade!". Ele já atuou em diversos filmes (o primeiro foi "Os Goonies", de 85), e é filho do veterano James Brolin. Tem boa atuação em Milk, e até pode ganhar. Vamos ver...
-Robert Downey Jr.: 43 anos, segunda indicação. Foi indicado antes, como ator central, em 92, por "Chaplin". Agora, concorre como coadjuvante por "Trovão Tropical", em que rouba a cena em todos os instantes. Mas não deve ganhar.
-Philip Seymour Hoffman: 41 anos, terceira indicação. Foi indicado antes por "Capote", como ator central, em 2005, e ganhou o Oscar; depois, foi indicado, como coadjuvante, em 2007, por "Jogos do Poder". Agora, concorre na categoria pelo filme "Dúvida". Como o ator já foi premiado recentemente pela academia, não deve ganhar de novo.
-Heath Ledger: 28 anos, segunda indicação. Antes, foi indicadao como ator central, em 2005, por "O Segredo de Brokeback Mountain", e agora concorre como coadjuvante por "Batman - O Cavaleiro das Trevas". Todo mundo sabe que Heath morreu em janeiro do ano passado; portanto, trata-se de uma indicação póstuma. Ganhou o SAG e o globo de ouro, e por isso, pode até ganhar o Oscar. Mas a academia não costuma premiar atores já falecidos. Seria bom se ganhasse, já que o seu personagem, o Curinga, é a melhor coisa do filme Vamos aguardar...
-Michael Shannon: 34 anos, primeira indicação. Concorre por "Foi Apenas Um Sonho". Trata-se de um novo galã, que já atuou em outros filmes, mas que ainda é pouco conhecido. Essa indicação o ajudará na carreira, mas aqui é apontado como o azarão da categoria.

ATRIZES COADJUVANTES:
-Amy Adans: 34 anos, segunda indicação. Antes, foi indicada, também como coadjuvante, em 2005, por "Juneburg". Está se tornando estrela em Hollywood, principalmente depois de ter estrelado o sucesso "Encantada". Aqui, concorre pelo filme "Dúvida". Mas creio que não vai ganhar.
-Penelope Cruz: 34 anos, segunda indicação. Foi indicada antes, em 2006, como atriz central, por "Volver". Agora, concorre como coadjuvante por "Vicky Cristina Barcelona". Bom, nunca gostei de Penelope Cruz, sempre a achei péssima atriz. Além disso, na condição de uma das estrelas da Hollywood atual, nem é tão bonita assim. No entanto, torno a dizer, é estrela. E isso já é o suficiente para apontá-la como a favorita na categoria. No mais, ela está sendo indicada por um filme dirigido por Woody Allen; e filmes de Allen, costumam dar Oscar. Vamos aguardar...
-Viola Davis: 43 anos, primeira indicação. Essa atriz negra e desconhecida pelo público, rouba a cena de Meryl Streep no filme "Dúvida", pelo qual foi indicada ao Oscar. Ótima atriz, e seria bacana se ganhasse. Mas acho difícil...
-Taraji P. Henson: 38 anos, priemira indicação. Concorre por "O Curioso Caso de Benjamin Button", em que interpreta a mãe de Brad Pitt (na vida real, é sete anos mais jovem que ele!). Pode até ser boa atriz, mas não deveria ter sido indicada. É pouco conhecida, com um nome bem difícil. Não sei se será famosa...
-Marisa Tomei: 44 anos, terceira indicação. Foi indicada antes em 92 por "Meu Primo Vinny", em que ganhou o Oscar de coadjuvante, e em 2001, também como coadjuvante, por "Entre Quatro Paredes". Gosto muito dessa atriz, e torço por ela. Tentaram fazer campanha contra a moça em 92 por causa do Oscar que ela ganhou por "Meu Primo Vinny", o que foi injusto. Marisa é ótima atriz, e aqui concorre por "O Lutador". Creio que não ganhe, mas já foi bacana encontrá-la entre as cinco finalistas da categoria.

Bom, é isso! Vamos aguardar agora o resultado no dia 22/02. Por fim, vou torcer para o "Kung Fu Panda" ganhar como melhor longa de animação. O Rafel me emprestou o filme, e gostei muito. Agora é só torcer. Abraços!

sábado, 24 de janeiro de 2009

A Fantástica Fábrica de Chocolate

( EUA 2005 ). Direção: Tim Burton. Com Johnny Depp, Helena Bonham-Carter, Freddie Highmore, David Kelly, Christopher Lee, Noah Taylor, James Fox, Missi Pyle, Deep Roy. 115 min.



Sinopse: Garoto pobre, junto com outros quatro garotos ricos, é sorteado para visitar a fantástica fábrica de chocolate do irreverente Willy Wonka. Um familiar adulto acompanha a sua respectiva criança, e junto com o Sr. Wonka, partem para uma exótica e divertida viagem pelo interior da fábrica.

Comentários: Refilmagem do famoso clássico de 71, estrelado por Gene Wilder. Quem assume a direção dessa nova versão é Tim Burton; portanto, podemos esperar um show de situações absurdas e exóticas. E para protagonizar esse cenário maluco, temos ninguém mais, ninguém menos que a estranha figura de Johnny Depp, especialista do gênero e dos filmes de Burton. Aqui, o ator de "Edward - Mãos de Tesoura", está bastante maquiado e com peruca para a composição do famoso Willy Wonka. Com muito bom humor, ótima direção de arte e bela fotografia, o filme ainda é recheado com algumas esquisitas canções, protagonizadas pelos estranhos funcionários de Wonka (os "Oompa-loompas"), como se estivessem em números musicais. Sem dúvida, o estilo habitual de Burton não se relaciona com o resultado do filme homônimo de 71, mas o diretor consegue ser original nessa adaptação de livro de Roald Dahl (feita por John August) ao conciliar aventura com humor e esquisitices na dose certa. Como se trata de um filme destinado ao público infantil, é óbvio que há no roteiro boas mensagens a respeito dos verdadeiros valores que devem ser seguidos, tanto por crianças como por adultos. Além de Depp, quem se destaca no elenco é o bom ator-mírim Freddie Highmore, no papel de Charlie, o garoto pobre. Helena Bonham-Carter interpreta a mãe do menino (ela é a atual namorada do diretor, e de uns tempos pra cá, a presença dessa atriz inglesa nos filmes de Burton tornou-se constante). Quem faz o pai é outra figura estranha e desaparecida: o inglês Noah Taylor, que fez filmes como "O Clube dos Cinco 2" e "Shine - Brilhante". Claro que ele não combina com Helena, mas a intenção de Burton é fazer tudo o mais esquisito possível. E o veterano Christopher Lee interpreta o dentista, pai de Willy Wonka. Divertido e inusitado, essa nova versão de A Fantástica Fábrica de Chocolate é mais ousada e dinâmica que a anterior, tornando-se um passatempo agradável para pessoas de todas as idades. Indicado ao Oscar de figurino.

Por que gravei o filme: Sou fã de Tim Burton. Ele fez muita coisa feia em sua carreira, mas até quando erra, ele o faz de uma maneira própria e pessoal. Ou seja, é um diretor de estilo. Admito que até o presente momento, eu sou um dos pouquíssimos mortais que ainda não assisitu a versão anterior do livro de Roald Dahl; portanto, não posso julgar qual é a melhor. Em todo caso, sei que essa versão apresenta as típicas características burtinianas, que acabam funcionando também no gênero infantil. E Johnny Depp comprova que nasceu para interpretar papéis estranhos e diferentes. No geral, o filme funciona: direção de arte, roteiro, fotografia, interpretações... Enfim, é um dos melhores do gênero dentre as novas produções. E olha que geralmente eu costumo achar os filmes infantis chatos e cansativos. Mas isso não ocorre aqui, graças ao talento da dupla Burton-Depp. Gravado na HBO2.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button

Ontem fui mais uma vez no meu shopping favorito, o Shopping Park Santana (acabou se tornando, sem que eu escolhesse), junto com a Gisele, e o título acima corresponde ao filme que assistimos. Devo dizer que já aguardava a estréia desse filme com muita ansiedade, por conta da propaganda que foi feita sobre ele, meses antes da estréia. Pareceu-me um filme diferente, curioso, exótico, principalmente pela transformação que fizeram na aparência do galã Brad Pitt, que tornou-se velho, corcunda, feioso... Achei que seria um filme interessante.

Infelizmente, decepcionei-me um pouco. Vamos, primeiro, a sinopse: Em 1918, Benjamin Button nasce com uma estranha deficiência, que o torna envelhecido. Sua mãe morre no parto, e o pai o abandona na porta de um asilo, dirigido por uma jovem negra. Ela o acolhe, e passa a criá-lo como se fosse seu próprio filho. O tempo passa, e conforme Benjamin cresce, vai rejuvenescendo; viaja para diversos lugares, e descobre o amor, ao conhecer a bela Daisy. O que torna um obstáculo para a relação de ambos é o fato de que, com o passar do tempo, enquanto ela envelhece, ele se tornará cada vez mais jovem.

Benjamin Button apresenta um enredo interessante e emocionante. Acredito que se tornará um grande campeão de bilheteria aqui no Brasil, pois as pessoas facilmente se encantam com esse tipo de filme. Admito que me emocionei um pouco também. Porém, agindo com a razão, admito que Benjamin Button é uma produção extremamente superficial e muito longa (desnecessariamente). Não foi nada do que esperava; imaginava ser um filme polêmico sobre preconceito e intolerância (no estilo “O Homem Elefante”, de David Lynch). No entanto, temos aqui, uma mistura de “Forrest Gump” com “Titanic”: O personagem feito por Pitt conhece diversas pessoas que se tornaram importantes na sua vida (tal como o Forrest de Tom Hanks), e a trama é contada pela mocinha, já envelhecida (tal como sucedeu com Titanic).

Essa película, sem dúvida, ganhará os principais Oscars (foi indicada a 13, o filme com mais indicação do ano). E realmente a produção é impecável: direção de arte, figurinos, maquiagem... Mas, o resto é um tremendo exagero. Nem como filme deveria ser indicado! O curioso é que o diretor Dvid Fincher normalmente dirige filmes pesados e perturbadores, tais como “Seven – Os Sete Crimes Capitais” e “Clube da Luta” (ambos com Pitt). Agora, optou por uma história leve, singela, encantadora e com algum toque de humor, roteirizado por Eric Roth, adaptado da obra de F. Scott Fitzgerald.. Ou seja: antes era do mal, agora ficou do bem. Brad Pitt também não precisava ser indicado a estatueta de ouro, afinal não está surpreendentemente bem. O que chama a atenção é a maquiagem espetacular, que o torna irreconhecível. Apenas. O fato é que Hollywood confunde ator com personagem, e um personagem tão marcante como esse realmente causa esse tipo de confusão para os votantes da academia.

Além de Pitt, a desconhecida Taraji P. Henson, que interpreta a dona do asilo, também teve indicação como coadjuvante. Todavia, a estrela Cate Blanchett é quem merecia ser lembrada, no papel da bailarina que se apaixona por Benjamin. Ela também está envelhecida no filme, e atua com bastante convicção. O fato é que todo o elenco de apoio é bom: a sumida Julia Ormond (quem diria, já foi estrela ao lado de Brad Pitt em “Lendas da Paixão”!) interpreta a filha da envelhecida Daisy. É justamente essa personagem que serve como porta voz da personagem de Cate (quando envelhecida), e narra os acontecimentos de um diário, que conta a história de Benjamin. Jared Harris tem boa participação como um marinheiro bêbado; Tilda Swinton interpreta um interesse romântico de Pitt no meio do filme, e Jason Flemyng atua como o pai que abandonou Benjamin.

O roteiro assume que tudo isso não passa de uma fábula, e nem se preocupa em esclarecer se Benjamin escondia a idade para os outros, ou se seu problema era encarado com naturalidade pelas pessoas. Além disso, é muito estranho o fato do personagem viajar para tantos lugares sem carteira de identidade (isso, na verdade, nem é mencionado, mas deveria). Enfim, O Curioso Caso de Benjamin Button é aquele tipo de filme que faz todos suspirarem (sobretudo as mocinhas, quando Brad Pitt rejuvenesce), derrama lágrimas, é bonito, envolvente... É o tipo de história novelesca que o público adora assistir. Mas torna-se irritante e enjoativo para quem o assistir mais de uma vez. Concluindo, O Curioso Caso de Benjaming Button é um excelente entretenimento e um filme grande, mas não um grande filme.

Bom agora, pretendo assistir às outras quatro produções indicados ao Osacr de melhor filme, até o dia da cerimônia, 22 de fevereiro: O Leitor, Frost/Nixon, Milk - A Voz da Igualdade e Quem quer ser um Milionário. Mas, o vencedor será, realmente, esse Benjamin Button. Infelizmente para mim, e felizmente para as massas. Até mais!

TRAILER:

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Maverick

( EUA 1994 ). Direção: Richard Donner. Com Mel Gibson, Jodie Foster, James Garner, James Coburn, Grahan Greene, Alfred Molina, Doug McClure, Paul Smith, Geoffrey Lewis, Dub Taylor, Max Perlich. 127 min.



Sinopse: No velho oeste americano, o pistoleiro Bret Maverick se une com uma bela trapaceira e um pistoleiro veterano, e partem juntos para um campeonato de pôquer. No caminho, se envolvem com bandidos, índios e muita confusão.

Comentários: Faroeste cômico que pegou carona com "Os Imperdoáveis", o filme que resgatou o gênero western em Hollywood. Claro que este filme, realizado por Donner, caminha para o lado do humor, diferente da produção dramática dirigida por Clint Eastwood (aliás, há uma cena em Maverick que faz paródia de Os Imperdoáveis). O roteiro de William Goldman resgata um seriado de sucesso dos anos 60, ao trazer para as telas o atrapalhado herói, que é fera nas cartas e rapidinho no gatilho. Quem personifica Maverick, é o amigo de Richard Donner, o astro Mel Gibson, que já havia demonstrado talento para comédia na série Máquina Mortífera, feita pelo mesmo Donner. Ao lado dele, uma luxuosa e surpreendentemente bela Jodie Foster, também em papel cômico, e, talvez, interpretando a personagem mais feminina de sua carreira. Para fechar o time de estrelas da fita, o veterano James Garner atua com classe e segurança como o pistoleiro que se une a dupla central. Os três vivem diversas aventuras nas paisagens, muito bem fotográfadas, do deserto americano do velho oeste, mas a ação aumenta quando os personagens embarcam num transatlântico onde ocorre o campeonato de baralho. Os figurinos luxuosos tiveram indicação ao Oscar, e são deslumbrantes. No elenco, destaque também para a participação de Graham Greene como um índio malandro e endividado, e que ajuda Mel Gibson a conseguir um dinheiro para participar do torneio. O ator está tão convincente nesse papel bizarro, que até merecia indicação ao Oscar de coadjuvante. Agitado e bem divertido, e com uma certa surpresa no fim, pode até ser que Maverick não tenha atingido as expectativas dos fãs da série, mas é um bom entretenimento e agrada ao público da nova geração, que não conhecia a série. Atenção para as rápidas pontas de Danny Glover, Margot Kidder e Corey Feldman.

Por que gravei o filme: Evidentemente, não sou da geração que acompanhava o seriado Maverick nos anos 60, e portanto, não conhecia a série. Quando assisti ao filme pela primeira vez, dei muitas gargalhadas, e comecei a gostar de Mel Gibson, que tem uma boa veia cômica. Afinal, na época era raro ver o astro em papéis de comédia (em Máquina Mortífera, ele alternava momentos de humor e depressão). E foi uma grata surpresa ver Jodie Foster como uma pilantra bela e bem vestida (lembro que é raro ver Jodie em papéis de mocinhas bem femininas). Enfim, acho que os dois tem boa química em cena, e são responsáveis pelo humor do filme, juntos com os atores coadjuvantes, todos em forma. Portanto, com elenco forte e bons momentos de ação e comédia, Maverick foi gravado na HBO2 e o considero um passatempo empolgante e descontraído.

domingo, 18 de janeiro de 2009

A Troca

Ontem fui em um cinema diferente, estava na hora de aposentar o Shopping Santana, rsss. Para assistir ao filme do título, Gisele e eu fomos ao Bristol, da Av. Paulista. Esse é um dos meus cinemas favoritos, já assisti a diversas produções aí (é um cinema um tanto caro também...). Mas eu e minha digníssima esposa não estávamos sozinhos: meu amigão Leandro e sua namorada Luzia, nos acompanharam para assistir a essa nova produção dirigida por Clint Eastwood.

Bom, vamos ao filme: Sabe, muitas vezes assisto algumas películas e fico revoltado com os acontecimentos que surgem em cena. Produções como "Mississipi em Chamas", "O Expresso da Meia-Noite" e "Terra Fria", entre outras, tratam da injustiça social, e revoltam o público ao mostrar todo o tipo de intolerância e desrespeito que pessoas inocentes sofrem pelo sistema corrupto. Em "A Troca", isso não é diferente. Angelina Jolie interpreta Christine Collins, uma mãe solteira que se desespera quando seu filho de 9 anos (Gattlin Griffith) desaparece misteriosamente. O cenário é a Los Angeles de 1928 (antes do crack da bolsa), e Christine age como qualquer mãe em seu lugar: procura a ajuda da polícia, e ora para reencontrar seu filho.

A partir dessa sinopse, o espectador pode imaginar que se trata de um filme bastante piegas, que retrata a trajetória de uma mãe desesperada em busca do filho desaparecido, tal como "Nas Profundezas do Mar Sem Fim", com Michelle Pfeiffer, ou diversos telefilmes sobre o tema. Contudo, o roteiro de J. Michael Straczynski surpreende ao focalizar um ponto de vista mais interessante: tudo bem, Angelina Jolie se desdobra para reencontrar o filho, mas o roteiro centraliza a ação no sistema corrupto policial, a quem dirige uma forte crítica.

Voltando a sinopse, a polícia informa à Christine que seu filho foi encontrado. No entanto, a mãe desconhece o garoto que lhe é mostrado, mas não é ouvida pelas autoridades, que insinuam que ela está emocionalmente abalada. O intuito do chefe de polícia (Jeffrey Donovan) é declarar para a mídia que (pelo menos) um caso já foi resolvido na cidade, e colocar um fim definitivo nas críticas que recebe, referentes aos diversos crimes não solucionados. Dessa forma, sozinha e desorientada, Christine recebe apenas o apoio de um pastor presbiteriano (John Malkovich), que tem um famoso programa no rádio, e é conhecido por denunciar a má conduta das autoridades.

O veterano Clint Eastwood mantém a boa forma e constrói um suspense intrigante, que denuncia o sistema de segurança nacional. A cena em que Christine é mandada para o hospício, e presencia as diversas calamidades que as autoridades praticam, é um verdadeiro soco na boca do estômago. Por vários momentos, o espectador se sente angustiado com o festival de absurdos que a polícia pratica, com o objetivo de acobertar suas falhas e corrupções.

Quando trata desse tema, Eastwood é bastante feliz na sua empreitada. Entretanto, o filme modifica o foco: as autoridades são julgadas em tribunal, Angelina sai do hospício, e o roteiro passa a centralizar a ação no possível seqüestrador da criança. A partir de então, o vilão passa a ser um sujeito insano e violento, que mata crianças por esporte. Ou seja, Eastwood utiliza elementos de um filme anterior que ele dirigiu em 2003, Sobre Meninos e Lobos. Agora, toda a denúncia ao sistema corrupto, é substituída pela justiça com as próprias mãos. Enfim, essa situação poderia ter sido evitada, se o roteiro apenas mencionasse o criminoso (feito por Jason Butler Harner, bem medonho por sinal), sem lhe dá maiores ações ou destaques. Afinal, o tema desenvolvido anteriormente, a denúncia à corrupção policial, era mais oportuno e original. Por conta disso, creio que Eastwwod não será indicado ao Oscar 2009 como diretor (e nem o roteiro de Straczynski). Mas Angelina Jolie com certeza estará entre as cinco atrizes finalistas; não só pela boa atuação, mas porque não foi indicada no ano passado por "O Preço da Coragem", em que estava muito bem. É a forma que Hollywood encontra para pedir desculpas à suas estrelas. Mas ela não vai ganhar. Ainda no elenco, Amy Ryan (de "Medo da Verdade") tem boa participação como a prostituta que também foi parar no hospício injustamente.

Concluindo, ainda assim, dá para se aventurar com esse "A Troca", que possui belíssima fotografia e boas atuações do elenco (John Malkovich também tem ecelente atuação). O que mais revolta o público é o fato de que o filme é inspirado em fatos reais, e o final, se não é triste, também não é exatamente feliz.

Acho que me empolguei muito! Só como desabafo, mudando radicalmente de assunto, hoje tomei coragem e peguei no volante após algum tempo. Acho que estou prestes a me livrar de um certo trauma... Aos poucos, a sociedade terá que se conformar com a possibilidade de presenciar Rob Seixas dirigindo por aí... Pois é, o retorno de uma aventura com final feliz, XD!

Abraços!

TRAILER:

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Dia em que a Terra Parou

Esse foi o filme que Gisele e eu assistimos segunda no (adivinhem...) Shopping Park Santana, pra variar. Não fomos para assistir a esse filme exclusivamente, mas era o que tinha um horário bom. Então... Além disso, tive certa curiosidade em assistir essa fita porque é refilmagem de um clássico de 1951, dirigido por Robert Wise, e estrelado por Michael Rennie e Patricia Neal. E eu vi o clássico na minha adolescência, quando passou na madrugada da globo. E devo dizer que me diverti muito com essa modesta produção em preto-e-branco.

Diferente, foi o que ocorreu com essa nova versão. Trata-se de um filme chato, cansativo, exaustivo, interminável... Não apresenta nenhuma novidade, e as boas cenas de ação e explosões (constantes em filmes-pipoca do gênero) são poucas. Keanu Reeves interepreta o alienígena Klaatu que vem à Terra com o intuito de salvá-la. A vinda desse alien, certamente, causa o pânico e o medo por todos os lados, e governantes americanos tentam de tudo para imobilizá-lo. Apenas a cientista Helen Benson (Jennifer Connelly) lhe dá um crédito de confiança, e movida pela esperança de ver o planeta ser salvo, o ajuda em sua missão.

A partir da sinopse, o espectador que já conhece o filme original poderá facilmente concluir que a trma é a mesma. Mas não é. Os nomes dos personagens centrais não foram alterados, mas a Helen dos anos 50 de Patricia Neal não é a cientista pós-moderna feita pela Jennifer Connelly da atualidade. Além disso, a ausência do humor é sentida. No filme original, existia todo aquele clima de paranóia em tempos de guerra fria; e a vinda do extraterrestre contribuiu para aumentar a euforia do período (será ele, na verdade, um soviético disfarçado?). A direção de Scott Derrickson ("Lenda Urbana 2", "O Exorcismo de Emily Rose"), contudo, é fria e desinteressada. O roteiro de David Scarpa não oferece instantes de humor, e nem possibilita um romance entre os protagonistas (nesse ponto, até que tudo bem). E a trama, obviamente, é repleta de clichês. Em produções do gênero é até aceitável algum clichê, desde que exista pelo menos alguma cena impactante; mas, infelizmente, isso não ocorre. Na verdade, no meio do filme, há uma surpresa interessante e o suspense aumenta. Depois, entretanto, cai na rotina, e volta a ficar chato.

No elenco, além de Reeves e Connelly, a oscarizada Kathy Bates, encarna a autoridade americana, na pele da secretária de defesa (talvez o personagem mais clichê do roteiro). Além dela, John Cleese interpreta um professor, amigo de Connelly, e o menino Jadan Smith (filho do casal Will Smith/Jada Pinkett na vida real) faz o insuportável e irritante entiado de Connelly ( o tipo de personagem que a gente acaba torcendo para que seja eliminado, apesar de criança).

Enfim, quem curte o gênero ficção científica (quem gosta muito, mesmo) talvez consiga se divertir um pouco. Eu fiquei muito decepcionado. Keanu Reeves continua apático e péssimo ator (Matrix é, definitivamente, o filme da carreira dele). Não me espanta se ele for indicado ao Framboesa de Ouro de pior ator do ano (na verdade, ele não está especialmente mal; apenas ruim como sempre). E Jennifer Connelly soa a camisa com sua habitual simpatia. No possível final feliz do filme, o título é esclarecido; e pode decepcionar. Quem quiser conferir, pague pra ver! Abraços.

TRAILER:

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Madagascar 2

Olá! Como disse ontem, domingo assisti "Madagascar 2" com a galera, no Cinemark Litoral Plaza Shopping, na Praia Grande. O que dizer do filme? Bom, é aquilo que eu sempre afirmo em relação as continuações: segue a linha do original, e não acrescenta muito no roteiro. Porém, as piadas são mais engraçadas e bem elaboradas. Não tenho vergonha de assumir que dei diversas gargalhadas no cinema, e me diverti muito com essa fita, dirigida mais uma vez pela dupla Eric Darnell/Tom McGrath.

A história basicamente é essa: os quatro heróis do filme anterior, Gloria, Melman, Marty e Alex desejam retornar a Nova York, mas, após um acidente aéreo, vão parar na savana africana, onde entrarão em contato com diversas espécies. Nesse local, o leão Alex reencontra sua família, e é alvo de um inescrupuloso vilão leonino, Makunga, que deseja ser o rei da selva.

A novidade dessa seqüência, é que o roteiro de Etan Cohen oferece mais oportunidades em cena para os pingüins, que são hilários (e meus personagens favoritos também). Eles são os reponsáveis pelo acidente aéreo, e a partir daí surgem sátiras de produções famosas, como o filme "No Limite da Realidade" e o seriado "Lost". Além disso, uma série de personagens coadjuvantes foi introduzida, como os pais de Alex, o leão Makunga, um hipopótamo que serve como interesse romântico para a personagem Glória (feito na versão dublada por Sérgio Loroza, de "A Diarista"), dois macacos "sindicalistas", uma velhinha humana não exatamente simpática... etc. Ah, e não posso esquecer também dos lêmures, liderados pelo Rei Julien, que retornam nessa continuação com bastante humor.

Além das divertidas situações que nossos simpáticos heróis protagonizam, o filme parece ter a intenção de transmitir a mensagem de que devemos respeitar as diferenças, e desenvolver relações de afeto com o "diferente". Pelo menos, é o que sugere a amizade entre um leão e uma zebra; ou o romance entre uma girafa-macho e um hipopótamo-fêmea. Nada mais politicamente correto nos dias de hoje, em que impera a intolerância racial.

Enfim, Madagascar 2 é uma excelente oportunidade para espantar qualquer mal-humor (já há comédia a partir da entrada do símbolo da Dreamworks), e eu recomendo. Assisti a versão dublada, e gostei bastante do trabalho dos nossos dubladores. Quem preferir a versão original (embora, eu nem saiba se está passando), encontrará as vozes de Ben Stiller (Alex), Chris Rock (Marty), David Schwimmer (Melman), Jada Pinkett (Gloria) e Alec Baldwin (Makunga) no elenco. Na versão dublada, além de Loroza, a única famosa é Heloísa Perissé, mais uma vez fazendo a voz do hipopótamo Gloria. Agora, é só ir ao cinema e se divertir com essa engraçada produção, que agrada adultos e crianças.

TRAILER:



Amanhã eu posto "O Dia em que a Terra Parou". Tchau!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Minhas Férias na Praia Grande

Retornei à Praia Grande dia 08/01, após ter curtido minha segunda lua-de-mel com minha esposa lá. Dessa vez, fomos com um grupo de amigos. Apesar disso, senti-me solitário no mar, pois o povo que foi comigo (incluindo minha esposa) não gostam muito de se molhar. Uma pena, pois adoro nadar, e tive que me diverti sozinho! Contudo, descobri que praia não é só mar. Vejamos:

1)
Joguei sinuca. Adoro bilhar, jogo desde os 9. Claro que não sou profissional, e nem os meus parceiros (ainda bem). Só uma vez joguei bilhar com um "fera", e passei vergonha. Mas, dessa vez, foi bem divertido!

2) Aprendi a jogar baralho (montinho). Demorou muito pra cair a ficha, mas agora não vejo a hora de jogar novamente.

3) Foi bem divertido brincar no "dança tapete" do playstation. Óbviamente, comecei mal. Mas, consegui tirar B, após muita luta e sacrifício. Muito gostoso!

4) Existe algo mais empolgante do que jogar peteca na praia? Claro que sim. Mas, e daí? Jogar peteca é super-legal. E eu fui o melhor do time, É CLARO.....

5) Foi a primeira vez também que esse cinéfilo foi ao cinema do litoral. O filme que assisti com o grupo foi "Madagascar 2" (minha próxima postagem será sobre ele).

6) Eu e o grupo fomos até Santos observar o embarque de alguns transatlânticos. Que legal!!! Vou fazer um cruzeiro, com certeza. AH, COM CERTEZA MESMOOOOOOOOO!!!!!

Olha quanta coisa! E, é claro, tudo isso fica mais legal quando o grupo é composto por pessoas legais, bacanas, simples, divertidas... enfim, amigas! Junto com esse cinéfilo, estavam meu amigão Rafel (dispenso apresentações, pois quem lê minhas postagens certamente já o conhece; mesmo porque, o blog dele está anexado no meu), sua esposa Aline (teacher do Wizard), o cunhado Diego (também meu amigo, um verdadeiro "palhamago" rsssss) e a minha esposa Gisele (por razões óbvias, também dispenso maiores apresentações).

Não posso esquecer de acrescentar ao grupo, a Dona Rosa; Ou Rosa, como ela prefere. Ela é simplesmente uma mistura de simplicidade, sutileza, generosidade e alegria. Uma mulher alto-astral, que ama bastante a vida, e caminha como ninguém (ela adora andar na praia). Uma grande mãezona, um ser-humano raro. Quem acha que estou puxando o saco só porque ela é mãe do meu amigo Rafel, sugiro que a conheçam pessoalmente, e tirem suas próprias conclusões!

Enfim, adorei essa viagem e me diverti muito com essa galera espetacular e cheia de pique. Até me assusto com o fato de que os conheço a pouco tempo (exceto a Gisele, lógico!). E, por isso, não poderia deixar de acrescentar no meu blog essa maravilhosa aventura, que guardo na minha memória e nesse espaço. Para sempre!

Agora, preciso me lembrar de que estou no meu apartamento, e que não ouvirei aqui a frase mais declamada no apê de Rosa: "Tem bicho no chão!" Eles são os passarinhos do Rafel, da Aline e da Rosa (esqueci o nome de um, por isso não cito o nome dos outros dois), que viviam correndo pelo chão do apartamento, e que com certeza, vão deixar saudades!

Mas é isso aí! Para finalizar, anuncio que hoje Gisele e eu (assim como Rafel e Aline) completamos 1 ano de casamento. Que toda a felicidade e as bênçãos de Deus nos acompanhe por toda a vida. Um grande abraço para todos os casais que aniversariam nessa maravilhosa data. Por hoje chega, pois amanhã tenho que postar dois filmes: além de Madagascar 2, assisti hoje "O Dia em que a Terra Parou", com a Jenifer Connelly e o Keanu Reeves. Mas, se querem ler meu comentário, aguardem amanhã! Ou depois! Abraços!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Se Eu Fosse Você 2

Como eu disse na última postagem do ano passado, esse ano irei me dedicar mais a esse blog, e freqüentarei mais as salas de cinema. E ontem já inaugurei o ano assistindo ao filme "Se Eu Fosse Você 2", com a minha esposa. Mais uma vez, fomos ao cinema do Shopping Parque Santana, que na verdade fica no Mandaqui.

O que me espantou foi ver a quantidade extrema de pessoas na fila para assistir exatamente a esse filme. Nunca pude imaginar como um filme brasileiro pudesse chamar tanto a atenção do público! (lembrando que "Tropa de Elite" fez carreira no mundo da pirataria). Em todo caso, temos uma coisa rara nas produções fílmicas de nosso país: trata-se de uma seqüência! E não há muitas continuações de filmes brasileiros... Ou seja, o primeiro foi um extremo sucesso, e o público não quer perder a oportunidade de assistir a seqüência.

Como o cinema brasileiro está se tornando comercial! As comédias brazucas estão seguindo os padrões do entretenimento-pipoca hollywoodiano. Percebe-se que nosso cinema está perdendo as suas raízes, aos poucos. Não parece existir mais um novo Glauber Rocha ou um Nélson Pereira dos Santos. Por outro lado, graças a Deus, a pornografia barata também saiu de cena. Mas cinema comercial é ruim? Bom, o fato é que o público está freqüentando cada vez mais as sessões que exibem filmes nacionais; então, não vamos reclamar!

Além disso, "Se Eu Fosse Você 2" segue os mandamentos de toda continuação: é menos criativo no roteiro, mas é muito mais engraçado que o original. Glória Pires e Tony Ramos repetem os papéis do filme anterior, o casal Helena e Cláudio, que agora resolvem se divorciar, após uma série de desentendimentos. Isso ocorre no instante em que a filha adolescente (a ex-Emília do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", Isabelle Drummond) se descobre grávida. Bom, o fato é que o casal troca os corpos dentro de um elevador, que apresentava problemas de energia. A partir de então, seguem-se festivais de risos e gargalhadas histéricas que essa situação acaba provocando na platéia. Tony Ramos, agora como Helena, utiliza toda sua verve cômica, ao encarnar mais uma vez uma mulher presa em um corpo masculino, e que precisa enfrentar todo o cotidiano "bruto" e "selvagem" do mundo dos homens. A melhor cena, sem dúvida, é a do futebol, em que Tony acaba fugindo da bola constantemente. Por outro lado, Glória Pires defende sua personagem "Cláudio", também com muita garra e bom-humor. No filme anterior, Tony roubava a cena (ainda mais por que, diga-se de passagem, é muito mais fácil homem imitar mulher do que o contrário). Dessa vez, contudo Glória imita os trejeitos e os excessos de Tony de uma forma perfeita e divertida. Enfim, a dupla está de parabéns!

Quanto ao resto do elenco, Vivianne Pasmanter interepreta uma garota da night que tenta seduzir Tony; Adriane Galisteu interpreta a amiga dela; Cássio Gabus Mendes, com todos os seus exageros, faz o amigo de Tony e chega a roubar a cena no início; Chico Anysio e Maria Luíza Mendonça interpertam os pais do noivo (feito pelo feio Bernardo Mendes, o Bodão da "Malhação"); Marcos Paulo faz o advogado e primo de Glória; e Maria Gladys e Ary Fontoura retornam respectivamente, como a empregada e o padre (os únicos coadjuvantes do original). Todos estão bem, apesar de Isabelle não convencer como adolescente grávida.

O diretor Daniel Filho mais uma vez contou com a colaboração no roteiro de Adriana Falcão e Rene Belmonte, mas quem comanda a trama é o escritor de novelas Euclydes Marinho, que trouxe mais humor para essa seqüência. Enfim, me diverti bastante, é uma comédia muito engraçada, e que está sendo responsável pela boa bilheteria do cinema brasileiro. Que fitas assim continuem sendo produzidas, e que possam ser comercializadas também em outros países (sobretudo nos EUA). Mas ainda estou para ver esse ano um novo "Central do Brasil" ou um novo "O Ano em que Meus Pais Saírem de Férias", pra mim, os melhores filmes nacionais da nova safra iniciada em 95.

Ah, só por curiosidade: a minha esposa Gisele tem parentesco com Tony Ramos. Ela é prima dele de terceiro grau. Claro que nós nunca o vimos pessoalmente (e ele nem sabe da existência dela), mas o meu sogro, Sr. Oswaldo (primo de segundo grau), já o viu em uma típica festa de casamento da família. Quem sabe o Tony acaba lendo essa postagem, e resolva conhecer o lado "humilde" da família, rssssss....... Até mais!

TRAILER:

sábado, 3 de janeiro de 2009

Falcão Negro em Perigo

( EUA 2001 ). Direção: Ridley Scott. Com Josh Hartnett, Ewan McGregor, Tom Sizemore, Sam Shepard, Eric Bana, Orlando Bloom, William Fichtner, Jason Isaacs, Ewen Bremner, Jeremy Piven. 144 min.



Sinopse: Na Somália dos anos 90, um grupo de soldados americanos tem o objetivo de eliminar um general que promove a guerra civil do país e confisca os alimentos que são enviados ao povo, subnutrido pela fome crônica.

Comentários: Produção classe A, com extraordinária edição de som, o que melhora muito se o filme for visto em tela grande. Scott, após o oscarizado Gladiador, dessa vez optou por um tema contemporâneo, e bastante discutido na mídia atualmente: o problema da guerra civil, em países africanos. Dessa forma, ele trabalhou com o roteiro de Ken Nolan (adaptado do livro de Mark Bownem), que tem início interessante ao mostrar o dialógo entre um militar da Somália e o coronel americano interpretado por Sam Shepard, na qual fica bem claro que a guerra sempre vai existir, independente de qualquer intervenção que o país possa vir a ter. Após isso, entretanto, parece que o roteiro não é mais utilizado, já que se inicia uma interminável batalha, com duração de duas horas mais ou menos. Ou seja, as batalhas são apresentadas ao público após os 20 minutos iniciais, e permanecem até os letreiros finais. A intenção de Scott, pelo que parece, foi detalhar com minúcias os horrores da guerra, ao mostrar (como nenhum filme do gênero mostrou antes) as intensas e violentas cenas repletas de tiros de metralhadoras e explosões aéreas. Enfim, durante muito tempo a destruição e a fumaça passam a ser os elementos centrais do filme. Tudo parece tão frenético e desesperado, e por isso acaba sendo uma tarefa difícil identificar os atores em cena, todos vestidos com o mesmo figurino e usando o mesmo capacete. Portanto, Falcão Negro em Perigo vira um espetáculo de guerra com violência extrema e muito sangue, com atores gritando, correndo, atirando e morrendo constantemente. Daí, a confusão que o filme acaba promovendo e deixando o espectador mais eufórico e irritado do que os próprios personagens. Em todo caso, Falcão Negro em Perigo é ousado e inovador, ao menos tecnicamente. Além da edição de som, a fotografia, forte e escurecida ao mesmo tempo, é marcante e extraordinária. Quanto ao elenco, Sam Shepard dá um jeito de se esconder das batalhas em uma sala de controles, e por isso tem mais presença dramática em cena. Os soldados centrais são interpretados por Josh Hartnett, ruim como sempre, Ewan McGregor, que tem a melhor cena quando é atacado por civis famintos. No geral, o filme é bom, ousado, violento e espetacular. Contudo, o assunto poderia ser desenvolvido com mais conteúdo, e direção mais contida. Mas está acima da média. Indicado a quatro Oscar, ganhou dois: montagem e som. Foi indicado ainda para diretor e fotografia.

Por que gravei o filme: Gravado na HBO. Gostei da inovação técnica e das grandes cenas espetaculares de guerra envolvidas por som eficiente e ousada fotografia. Isso já é o suficiente para demonstrar a evolução tecnológica do cinema americano. Além disso, tal tecnologia esconde o fato de que Ridley Scott já teve dias melhores e roteiros mais encrementados com situações dramáticas e humanas. Mas está longe de ser ruim, afinal é um filme de guerra que intenciona apresentar situações reais dentro de uma guerra. Por isso, a violência extrema. Enfim, um filme interessante, ainda que discutível, mas que merece atenção.