terça-feira, 14 de abril de 2009

A Caligrafia da Saudade

Não sou poeta, nem intenciono ser
Nunca fiz poema, nem gosto de rimas
Nem sei o que estou fazendo
Mas estou a fazer algo por sua causa.

Te encontrei hoje abaixo de muitas coisas antigas
Teu nome é Atividades de Comunicação em Língua Portuguesa,
E você é um livro de 6ª série
Um livro bem antigo...

Em suas páginas, encontrei minha caligrafia
Caligrafia de criança de 12 anos
Ela me fez lembrar do passado
O meu passado me fez lembrar de outro passado distante.

Como é saudosa minha infância,
Lembro das brincadeiras, das travessuras
Das dúvidas, dos estudos,
Dos colegas, dos amigos.

Gostava muito da escola, onde convivia com os colegas
Mas amava o meu condomínio
Jardim Vila Europa, o nome
Local onde aproveitei a vida com meus amigos.

Os jogos de futebol,
As partidas de bilhar,
As brincadeiras de esconde-esconde,
As braçadas na piscina.

Tudo isso me veio a tona,
Por sua causa, livro.
Livro que guarda a caligrafia,
A caligrafia da minha infância.

A saudade me comove,
E eu, nessa janela estadual, escrevo minhas bobagens
Não sobre cinema, nem algo afim
Mas, sobre um tempo que nunca mais voltará.

Quero ir pra casa!

domingo, 5 de abril de 2009

Batman - O Retorno

( EUA 1992 ). Direção: Tim Burton. Com Michael Keaton, Danny DeVito, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Michael Gough, Pat Hingle, Vincent Schiavelli, Michael Murphy, Cristi Conoway, Paul Reubens, Diane Salenger, Felix Silva, Elizabeth Sanders. 126 min.



Sinopse: Em Gotham City, Batman enfrenta novos inimigos: a Mulher-Gato, o Pingüim, que almeja ser prefeito, e o inescrupuloso Max Shrek.

Comentários: Primeira seqüência da saga, iniciada em 89, com o mesmo Michael Keaton, novamente na pele do homem-morcego, e mais uma vez dirigida pelo excêntrico Tim Burton. Aqui, assim como o anterior, o personagem central dá chances para os vilões brilharem (inclusive, percebo que Batman tem menos tempo em cena que os vilões). Michelle Pfeiffer, apesar de caricata, convence como Mulher-Gato. Ela estava no auge na época, e fez grande sucesso com a personagem. Já Danny DeVito, é o grande ator do filme. Sua semelhança com o personagem é impressionante; parece que ele nasceu para interpretar o Pinguim. E há também o veterano Christopher Walken, competente como o executivo corrupto e assassino. Mas Michael Keaton está muito apático e deslocado. Além de dar a impressão de pouco tempo em cena, seu Batman demora para aparecer. Acredito que a apatia de Keaton deve ter contribuído para a escolha de outros atores no papel do homem-morcego, nos capítulos seguintes da série. A maquiagem do filme (sobretudo do Pinguim), é magnífica. Mas o roteiro de Daniel Waters (adaptado dos quadrinhos de Bob Kane) é muito extenso e torna o filme um pouco longo demais (na verdade, todos os filme da série ultrapassam os 120 minutos). Duas indicações ao Oscar: maquiagem e efeitos sonoros.

Por que gravei o filme: Apesar da longa duração dos filmes (aliás, bastante comum em filmes de ação, o que acho desnecessário), gosto da série, e este episódio é o meu favorito. Tim Burton está menos exótico do que de costume, mas suas esquisitices estão presentes aqui, ainda que mais contidas. Além disso, os vilões (com exceção de Max Shrek) não são temíveis ou diabólicos, mas são simpatizados pelo público. Tanto o Pinguim, como a Mulher-Gato foram vítimas da sociedade, e agarram a chance que conseguem obter para fazer as suas justiças. Certamente, são meus personagens favoritos. Acredito que o roteiro de Waters diminuiu um pouco o destaque do Batman, para se concentrar mais nos antagonistas. Em todo caso, o filme garante a diversão, assisti várias vezes e é um dos meus filmes prediletos do gênero fantasia. Gravado no Max Prime.