domingo, 28 de junho de 2009

O Expresso Polar

( EUA 2004 ). Direção: Robert Zemeckis. Com Tom Hanks, Andrew Ableson, Chris Coppola, Peter Scolari, Michael Jeter, Nona Gaye, Eddie Deezen, Charles Fleisher, Steven Tyler, Leslie Zemeckis, Daryl Sabara, Andre Sogliuzzo, Jimmy Bennett, Josh Hutcherson. 115 min.



Sinopse: Na véspera do Natal, menino com dúvidas a respeito da existência do Papai Noel, embarca no famoso expresso polar, com destino ao Pólo Norte. No trem, faz amizade com uma simpática menina e um triste garotinho, e todos eles esperam conhecer o bom velhinho.

Comentários: Filme de animação natalino, produzido pela dupla Zemeckis-Hanks. É impressionante como a indústria técnica digital holywoodiana evoluiu muito, ao transformar os presonagens desse desenho animado em seres de carne e osso. Tom Hanks, inclusive, emprestou sua voz e semelhança na composição de alguns personagens, sobretudo ao do maquinista do expresso. Estranhamente, Hanks faz também o menino protagonista, com quem não tem nada a ver. Enfim, o filme apresenta boa qualidade de imagem, som e fotografia. Quanto ao roteiro, escrito pelo próprio Zemeckis e também por William Boyles Jr., adaptado do livro de Chris Van Allsburg, é propício para um filme infantil-natalino: repleto de aventuras, canções do natal e emoção na dose certa. Sem grandes novidades, portanto, mas bonitinho e agradável de assistir com toda a família, principalmente em épocas natalinas. O filme é dedicado ao ator Michael Jeter, que morreu durante as filmagens. Indicado a três Oscar: som, edição de som e canção.

Por que gravei o filme: Essa produção de Zemeckis passou na HBO em época de Natal. E como admito que gosto de produções natalinas (mesmo que tenha todos os clichês do gênero, contanto que não seja cansativo e sonolento), gravei O Expresso Polar, filme que eu já havia assistido no cinema. Além disso, eu tenho poucos longas de animação na minha videoteca, o que também facilitou na gravação desse simpático filme. Fiz questão, inclusive, de gravá-lo na versão dublada. Como não é novidade, detesto filmes dublados, mas para longas de animação eu abro uma exceção, e acredito que na maioria das vezes, as vozes dos nossos dubladores combinam com os personagens de desenhos. Por fim, os efeitos técnicos são um espetáculo a parte, garantindo um bom entretenimento.

sábado, 20 de junho de 2009

Os Imperdoáveis

( EUA 1992 ). Direção: Clint Eastwood. Com Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard Harris, Frances Fisher, Saul Rubinek, Anna Thomson, Jaimz Woolvet, Anthony James, Rob Campbell. 130 min.

Sinopse: No fim do século XIX, prostitutas oferecem alta quantia de recompensa para quem conseguir matar os dois vaqueiros que retalharam o rosto de uma delas. Um viúvo pistoleiro, hoje amargo e arrependido pelos erros do passado, se une a um pistoleiro negro e outro jovem, e juntos partem para a tarefa.
Comentários: Faroeste indicado a nove Oscar, ganhou quatro: filme, diretor, ator coadjuvante (Gene Hackman) e edição. Foi indicado ainda para ator (Clint Eastwood), roteiro original (de David Webb Peoples), fotografia, direção de arte e sonorização. Foi um inesperado e surpreendente sucesso de bilheteria que ressuscitou o gênero faroeste, com maior dramaticidade em relação a outros filmes do gênero que estrearam uns anos antes que Os Imperdoáveis (como Jovem Demais Para Morrer, por exemplo). Mérito de Eastwood, que estava meio afastado e bastante marcado pelos papéis de agentes em filmes policiais. Aqui, contudo, Eastwood compõe um tipo diferente, mais humano que os heróis que ele costuma interpretar na tela. Aqui, seu personagem já é velho e decadente, topa tentar exterminar os vaqueiros objetivando apenas a recompensa, mas sem a rebeldia e a coragem dignas de um pistoleiro que se preze. Isso demonstra a imperfeição dos heróis perante a missão. Além de Eastwood, Morgan Freeman também interpreta um pistoleiro fora de forma, e o jovem Jaimz Woolvet, o outro, que é quase cego. E a melhor atuação é a do oscarizado Gene Hackman, em mais uma composição maquiavélica e sádica, no papel do corrupto xerife. Em todo caso, apesar dos pontos positivos e de ser um faroeste original, o roteiro apresenta alguns furos inconvincentes. Por exemplo, o personagem de Hackman poderia a qualquer instante fuzilar as prostitutas (comandadas por Frances Fisher), já que sabia da recompensa que elas haviam colocado a prêmio. Mas, ao invés disso, ele prefere abrir uma brecha e permitir que os pistoleiros apareçam, sem se importar com as consequências. Além disso, como as prostituas conseguiram levantar aquela quantia alta de dinheiro, uma vez que são subordinadas a uma espécie de cafetão? Apesar dos furos, esse clássico western moderno (que é dedicado a Sérgio Leone e Don Siegel, mestres de Eastwood) surpreende e mantém o interesse. Conta também com um oportuno letreiro inicial que, a princípio, parece ser descartável, mas que é complementado pelos letreiros finais que lhe dão maior sentido. Acima da média.
Por que gravei o filme: Quando assisti ao filme, tinha certo preconceito com filmes de western, que conhecia pouco. Mas deixei-me envolver com a história e os bons momentos de ação e suspense. Sem contar, a originalidade na composição dos personagens centrais, que são bem falhos fisicamente para convencer como heróis. Os Imperdoáveis, portanto, é um Eastwood em boa forma e o cineasta demonstrou de uma vez por todas que tem fôlego para filmes mais sérios que os habituais que dirigiu anteriormente. E provou também que consegue atuar bem. Gravado na HBO.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Em comemoração ao dia dos namorados, que foi no último dia 12, listo aqui 10 filmes hollywoodianos do meu arquivo sobre o tema, e dedico aos apaixonados de toda a galáxia.

- A Um Passo da Eternidade (1953), de Fred Zinnemann. Sem dúvida, a cena de beijo na praia entre Deborah Kerr e Burt Lancaster tronou-se ícone para o cinema romântico. Trata-se de um clássico inesquecível sobre dois casais que se apaixonam durante a 2ª Guerra Mundial. Curiosamente, o filme foi refilmado por Michael Bay em 2000 com o título Pearl Harbor. Mas é bom ignorar esse remake, e se deliciem com esse agradável clássico.

-Bonequinha de Luxo (1961), de Blake Edwards. A elegância e o talento de Audrey Hepburn ajudaram a popularizar essa comédia romântica dos anos 60, em que Audrey interpreta uma acompanhante de executivos que enlouquece de amor o comportado vizinho feito por George Peppard. Uma boa pedida para os fãs dessa grande estrela!

-Casablanca (1943), de Michael Curtiz. Um grande referencial para o cinema é esse esplêndido clássico romântico em que Humphrey Bogart dirige um cassino no Marrocos e reencontra, em seu estabelecimento, uma ex-amante (Ingrid Bergman) que tenta conseguir um passaporte falso para livrar o marido (que é tcheco) da fúria dos nazistas, em plena 2º guerra mundial. A extrema popularidade do filme dispensa comentários, e todos sabem que as personagens de Bogart e Bergman voltarão a se envolver amorosamente. Em todo caso, não posso deixar de mencionar uma das cenas mais famosas de todo o cinema: a cena da despedida do casal de ex-amantes em frente ao avião em que ela partirá com o marido. Até hoje emociona os corações nostálgicos e mais sensíveis.

-Cidade dos Anjos (1998), de Brad Silberling. Esse filme tornou-se predileto por diversos casais que frequentavam as vídeo-locadoras dos anos 90. Não é pra menos, afinal Cidade dos Anjos apresenta uma belíssima história de amor impossível entre um anjo (Nicolas Cage) e uma médica (Meg Ryan). A impossibilidade da existência de um contato permanente entre a mortalidade e a imortalidade adiciona poesia nessa refilmagem de "Asas do Desejo", de Win Wenders, e a consagra como uma emocionante história romântica.

-Enquanto Você Dormia (1995), de Jon Turtletaub. Sandra Bullock estava no auge da popularidade quando aceitou fazer essa deliciosa comédia romântica, em que interpreta uma espécie de "Cinderella" contemporânea, e que tem sua vida mudada repentinamente, quando é confundida com uma noiva de um rico empresário. No elenco, há ainda Bill Pullman como o príncipe encantado. Trata-se de um agradável e divertido passatempo!

-Green Card - Passaporte Para o Amor (1990), de Peter Weir. O grande cineasta de "A Testemunha" e "Sociedade dos Poetas Mortos" mostrou talento para o gênero com esse excelente filme, em que o francês Gerard Depardieu e a britânica Andie MacDowell precisam fingir que são casados para conseguir viver nos EUA. Alguém duvida de que ambos não vão se apaixonar?

-Harry e Sally - Feitos Um Para o Outro (1989), de Rob Reiner. Definitivamente, o filme que revelou o talento cômico/romântico da estrela Meg Ryan. Ela interpreta Sally, uma mulher que, por obra do acaso, é obrigada a conviver em vários momentos de sua vida com o Harry feito por Billy Crystal. Vivem como cão e gato por diversos anos, até que...(?) Quem adivinha? Dstaque para a antológica cena em que Mes finge um orgasmo na lanchonete, enquanto os clientes almoçam.

-Orgulho e Preconceito (2005), de Joe Wright. Na lista, não poderia faltar uma adaptação da literatura de Jane Austen. Aqui, cinco irmãs que vivem no interior da Inglaterra de 1797, insistem em procurar maridos de forma nada convencional. A ternura da jovem Keira Knightley, que faz a irmã mais velha, adiciona encanto para essa grande produção de época.

-Simplesmente Amor (2003), de Richard Curtis. Uma grande novidade para quem gosta de histórias paralelas, é esse divertidíssimo filme em que Hugh Grant, Laura Linney, Emma Thompson, Liam Neeson, Rodrigo Santoro e outros, vivem vários encontros e desencontros na Londres atual, em época natalina. Não há possibilidade de mal-humor com esse simpático filme.

-Sintonia de Amor (1993), de Nora Ephron. Fechando com chave de ouro, o filme romântico mais popular dos anos 90. Tom Hanks interpreta um recém-viúvo, que procura nova companhia em programa de rádio. Uma simpática repórter se interessa pela sua história e fará de tudo para encontrá-lo. Duas informações adicionais para assistir a esse filme: o casal se encontrará no belíssimo Empire State; e a mocinha do filme é... Meg Ryan, definitivamente, o ícone dos filmes românticos contemporãneos.

É isso aí! Muito romance, amor e felicidades para todos aqueles que amam e são amados. Até a próxima!

domingo, 7 de junho de 2009

Os Caça-Fantasmas

( EUA 1984 ). Direção: Ivan Reitman. Com Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis, Sigourney Weaver, Rick Moranis, Annie Potts, William Atherton, Ernie Hudson, Timothy Carhart, David Margulies, Nancy Kelly, Jennifer Runnyon, John Rothman, Alice Drummond, Reginald Vel Johnson. 107 min.


Sinopse: Espíritos malignos começam a atacar a cidade de Nova York, e um deles invade a casa de uma cantora. Esta recorre a ajuda de um grupo de caça-fantasmas, que se empenham para capturar os terríveis espíritos.

Comentários: O mais famoso filme de Ivan Reitman, Os Caça-Fantasmas é visto hoje como um entretenimento nostálgico, que ainda diverte o público dos anos 80, e continua mantendo o interesse para a nova geração (apesar dos efeitos especiais da época estarem um tanto fora de foco nos dias de hoje). O sucesso do filme foi tanto, que Reitman reuniu o mesmo elenco em 89, e dirigiu a continuação. Além disso, uma série de desenho animado foi originada, e popularizou de uma vez por todas a famosa canção de Ray Parker Jr. (indicada ao Oscar) e o personagem Geléia, que no filme tem ares vilanescos. Dois dos caça-fantasmas, Dan Aykroyd e Harold Ramis, são os roteiristas do filme, e juntos com o astro da época Bill Murray, compõem o grupo dos atrapalhados exterminadores de espíritos. Ramis é o mais contido dos três, e com o passar dos anos deixou de ser ator, e passou a diretor de filmes. No elenco ainda, destaque para a bela Sigourney Weaver, que após o sucesso de "Alien", tornou-se estrela (ela tem uma cena hilária, que faz referência ao filme "O Exorcista"). Mas quem acaba roubando a cena é o comediante Rick Moranis, no papel do vizinho nerd de Sigourney, que é possuído por um dos fantasmas. Os efeitos visuais também foram indicados ao Oscar, e segundo os padrões da época, estão acima da média. Ou seja, Os Caça Fantasmas é uma produção hollywoodiana classe A, com muito humor, ação, bons efeitos e direção de arte, que diverte o público de todas as faixas etárias.

Por que gravei o filme: Na minha infância fui fã do filme, e o assisti diversas vezes. Além disso, adorava muito a série animada com os personagens do filme. Sem falar da canção tema, que popularizou os divertidos "ghostbusters". Por isso, quando tive a oportunidade de gravá-lo no ótimo canal Retro Channel, não perdi tempo e arquivei mais esse clássico contemporâneo na minha coleção. É um bom entretenimento para espantar o tédio e o mau humor.