quinta-feira, 29 de julho de 2010

Encontro Explosivo

Para fugir um pouco da rotina, eu e minha esposa Gisele fomos a um cinema que nunca tínhamos ido antes: o cinemark do Market Place. E, de imediato, gostei da grata surpresa de ter a possibilidade de poder escolher o lugar para sentar na plateia, na compra do ingresso. Não sabia dessa onda ( e nem a quanto tempo isso ocorre ). Mas gostei bastante, e creio que em breve essa moda vai pegar.

Quanto ao filme, não me surpreendeu tanto ( e eu nem esperava isso ), afinal, as produções dirigidas por James Mangold são bastante previsíveis. O melhor filme do cineasta, na minha humilde opinião, foi o sobrenatural Identidade. Mas aqui, encontramos todos os elementos existentes e esperados em filmes de ação.

Tom Cruise brinca novamente de Missão Impossível, ao interpretar Roy Miller, um agente secreto perseguido por uma organização, por conter uma fonte de energia muito cobiçada. Por acaso, Miller acaba esbarrando na vida de June ( Cameron Diaz ), uma jovem que está prestes a ser madrinha do casamento da irmã. A partir de então, a moça também passa a ser seguida, e Miller torna-se a única pessoa em quem precisa confiar.

Enfim, a partir da sinopse, percebe-se que esse tipo de roteiro já foi visto dezenas de vezes na tela grande. O diferencial, nessa história escrita por Patrick O´Neill, são as belas locações em alguns países, que ajudam a movimentar a trama ( gosto, particularmente, da perseguição de moto, na Espanha ). Fora isso, surgem em cena as típicas situações atrapalhadas por parte dos protagonistas, que têm personalidades diferentes, mas que precisam estar lado-a-lado ( o romance é obviamente inevitável ). Além disso, como já sugere o título, não faltam explosões, lutas e tiroteios, ingredientes essenciais para um filme de ação.

Como comédia, o filme de Mangold não agrada muito àqueles que já viram o trailer em alguma ocasião; afinal, não foi acrescentada mais nenhuma piada, fora aquelas existentes no trailer. Como ação, não decepciona, porém, também não trás grandes novidades. O casal Cruise-Diaz ( que já trabalharam antes em Vanila Sky ) tem boa química, mas já estão um tanto envelhecidos para os papéis ( apesar disso, Cruise insiste na pose de galã, e Diaz permanece com os excessos de caras e bocas ). Ainda no elenco, um certo Paul Dano ( que fez Roubando Vidas e Sangue Negro ) interpreta o nerd que inventou a fonte de energia ( aliás, outro personagem clichê ), Peter Sarsgaard faz o vilão, Viola Davis ( indicada ao Oscar, por Dúvida ) interpreta uma "espécie" de chefe da CIA, e Maggie Grace ( da série Lost ) faz a irmã de Diaz.

No todo, admito que, apesar de contar com roteiro altamente previsível, Encontro Explosivo não aborrece, e torna-se um passatempo agradável e descontraído. Para quem ainda está curtindo os últimos instantes de férias, o filme é uma boa pedida. Mas ainda aguardo alguma produção do gênero com ideias mais criativas e empolgantes. Forte abraço!

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

À Prova de Morte

Chegou com atraso nas telas esse filme de Tarantino, que é anterior ao "Bastardos Inglórios". Na verdade, eu nem sabia que se tratava de um projeto que contava com a parceria do amigo de Tarantino, Robert Rodriguez com Planeta do Terror ( que eu ainda não assisti ). Foi, inclusive, por acaso, que descobri que À Prova de Morte estava em cartaz, e resolvi encarar a película.

O que eu imaginava encontrar em uma produção de Tarantino estava lá: diálogos excessivamente longos sobre coisas banais, muita música, bastante violência e sarcasmo, alternância da fotografia em cores e em preto e branco, além de uma ponta do próprio cineasta como um barman. Com visual anos 70 na fotografia, o amalucado cineasta de "Pulp Fiction" fez uma paródia sobre os filmes de psicopatas. O dublê Stuntman Mike ( Kurt Russell ) tem o hábito de perseguir jovens mulheres em seu carro, para depois assassiná-las. É o que ele pretende fazer com a DJ Jungle Julia ( Sydney Tamila Poitier, filha do grande Sidney Poitier ) e suas amigas. Em seguida, ela tenta fazer o mesmo com uma dublê ( Zoe Bell ) e suas parceiras, mas aqui ele encontra algumas dificuldades.

Como sempre, Tarantino é o autor do roteiro, e realizou aqui o filme mais fraco de sua filmografia; aliás, o menos sério também, e ele demonstrou que se divertiu demais durante a projeção. Mais uma vez, ele apresenta um leque de personagens bizarros e amorais. As heroínas da primeira parte, por exemplo, são jovens e bonitas, mas também grossas, barraqueiras, escandalosas, indecentes e completamente dopadas. São, portanto, personagens com as quais o público não se identifica, e torna-se uma tarefa fácil torcer contra elas. Depois, surgem moças mais "comportadas" ( se é que se pode dizer assim ) e carismáticas. Pelos diálogos entre elas, Tarantino já deixa perceber que elas darão muito trabalho para o psicopata. Não é explicado, aliás, as intenções dele ( na verdade, isso pouco importa na trama ); certamente por esporte, sente prazer em torturar mulheres com o auxílio de seu automóvel "à prova de morte".

Outra marca registrada de Tarantino é trazer em seu elenco alguma personalidade famosa, mas que anda meio sumida das telas. Assim como fez anteriormente com John Travolta, Michael Keaton, Pam Grier, Daryl Hannah e David Carradine, ele trouxe de volta o astro Kurt Russell, que já tinha perdido o estrelato. E o ator também está muito a vontade como o psicopata. Ente as moças, a mais famosa é a mulata Rosario Dawson ( que esteve em Sun City - A Cidade do Pecado ). Mas o mais interessante, é a presença da dublê Zoe Bell, que interpreta ela mesma ( aliás, ela dublou alguns filmes do cineasta, como Kill Bill ).

Enfim, pode até ser que o filme seja uma grande bobagem , e que está bem aquém em relação às outras produções tarentianas. Mas a brincadeira com o gênero trash é hilária e divertida. E o que faz valer a pena o ingresso para assistir À Prova de Morte na tela grande, é a espetacular cena de perseguição entre carros no final do filme. Realmente é algo surpreendente, e que não se vê com frequência nas telas ( ao menos, desde Bullitt, com Steve McQueen, não me lembro de nada parecido ).

Logicamente, o filme não é para todos os públicos. É necessário estar habituado ao estilo próprio de narrar de Quentin Tarantino para embarcar nessa canoa. Apesar das críticas, eu achei bacana. Abraços, e até mais!

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Shrek Para Sempre/ Toy Story 3

Nessas férias de julho, eu e minha esposa Gisele deixamos o nosso lado criança falar mais alto, e fomos ao cinema assistir às duas produções infantis mais populares do ano em cartaz: "Shrek Para Sempre" e "Toy Story 3". Sem dúvida, passamos momentos muito alegres nessa última semana. Foi bom, pois as férias praticamente já se encerraram...

As aventuras do ogro mais simpático de Tão Tão Distante foi o primeiro filme que vimos. Gosto bastante da série, e me diverti bastante com esse longa. Mas eu espero que esse tenha sido mesmo o último episódio, pois a série já está ficando arrastada, e esse episódio foi o menos engraçado de todos. Ainda assim, não se pode dizer que foi ruim.

O fato é que o roteiro está perdendo a originalidade, e as referências hilárias ao mundo dos contos de fada estão muito previsíveis. Dessa vez, o diretor Mike Mitchell e os roteiristas Josh Klausner e Darren Lemke se inspiraram na trama do clássico A Felicidade não se Compra, definitivamente, o filme mais copiado de todos os tempos; ou seja, aquela velha história do homem que não está contente com a vida, e que tem a possibilidade de vivê-la sobre outro ângulo, ganha nova versão em desenho animado (só que dessa vez, o protagonista é o ogro Shrek). E quem promove essa "nova vida" não é um anjo bom, mas sim um maligno vilão, inspirado em "Mephistópheles".

Ou seja, tudo bem previsível. Só pela sinopse, percebe-se que o filme quer trazer uma moral e alguns ensinamentos. Bom, apesar disso, as crianças ( e também os adultos ) vão gargalhar com essa nova aventura, sobretudo por conta dos coadjuvantes que roubam a cena, no caso, o burro, o gato de botas e o Pinóquio. Mas insisto na ideia de que a série deva parar por aqui...

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Gostei muito mais do outro, Toy Story 3. Essa série, sim, creio que está ficando cada vez melhor, mais engraçada, mais dinâmica, deliciosa. Soltei muitas gargalhadas com esse terceiro episódio, o melhor de todos.

Dessa vez, o menino Andy cresceu, e Woody, Buzz, Jessie e toda a turma vão parar em um orfanato, repleto de crianças carentes e com muita vontade de brincar. O lugar torna-se um verdadeiro paraíso para nossos heróis, mas não por muito tempo, já que um não tão bem-intencionado ursinho de pelúcia cor-de-rosa, arma algumas surpresas não exatamente legais para a turma de Woody.

Toy Story 3 torna-se um passatempo extremamente divertido, e reserva bons momentos cômicos e hilários, assim como também, momentos emocionantes. A série está no seu auge, e, diferente do que ocorreu com o Shrek, saí da sala de cinema com uma grande vontade de assistir mais uma sequência protagonizada por estes agradáveis brinquedos falantes. Mais uma vez, destaco os coadjuvantes (eles sempre roubam a cena em desenhos animados!): o dinossauro Rex, o cachorro Slinky, o casal de batatas, o Ken e a Barbie. Mas tudo funciona aqui! Ponto para o diretor Lee Unkrich e os roteiristas John Lasseter e Andrew Stanton. Aguardo uma próxima aventura com grande ansiedade. Abraços!

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sábado, 10 de julho de 2010

A Saga Crepúsculo: Eclipse

Apesar de minhas fracassadas tentativas de recusa, não teve jeito: minha amada esposa me obrigou a assistir esse terceiro episódio da série ( e obviamente, não escaparei dos próximos), e tivemos as companhias das amigas Carol e Jennifer. É claro que a saga entretém e até diverte, mas cada vez mais me aborreço com essa baboseira adolescente...

O que eu poderia colocar como sinopse? Nada de mais: a sonsa Bella (Kristen Stewart) continua sendo o vértice do triângulo amoroso que inclui o vampiro Edward (Robert Pattinson) e o lobisomem Jacob (Taylor Lautner). Os rapazes não se bicam, evidentemente, mas se unem com o intuito de proteger a "donzela" da fúria da vampira do mal, Victoria (Bryce Dallas Howard), e de um novo comparsa dela, Riley (Xavier Samuel).

Ou seja, nada de especial. O cenário continua o mesmo dos filmes anteriores, Lautner continua a ficar sem camisa naquele tremendo frio de rachar (uma escrachada campanha de marketing para promover os dotes físicos do rapaz... Como as adolescentes de hoje estão histéricas, Meu Deus!), Pattinson continua apático, e mais anêmico ainda, e a tonta da Kristen Stewar continua... tonta! Aliás, nessa altura do campeonato, eu me questiono: é a atriz ou a personagem que é tonta? Ela persiste em ficar com aquele perfil irritante e com a boca aberta o tempo todo! Fica difícil imaginar que ninguém tenha percebido isso, e deixá-la permanecer desse jeito. Concluo, afinal, que ambas, personagem e atriz, são tontas!

Fora isso, o roteiro de Melissa Rosenberg desenvolve melhor a ação de alguns personagens secundários, que relembram fatos do passado, como é o caso da vampira Rosalie ( Nikki Reed) e o Dr. Carlisle Cullen ( Peter Facinelli ). Dakota Fanning, como a vampira Jane, tem mais destaque em cena, e Bryce Dallas Howard (de "A Vila"), substituiu a atriz que fazia a Victoria nos filmes anteriores. Aliás, foi a melhor coisa desse episódio. Quem foi o responsável por essa segunda sequência foi David Slade (que fez o surpreendente e polêmico "Menina Má.com"), que acrescenta mais tensão e sustos, pelo menos em alguns instantes.

Enfim, a série não é ruim (nem mesmo esse episódio). Mas essa febre toda já passou dos limites, e os protagonistas já passaram do patamar de insuportáveis. Espero que as duas últimas partes ("Amanhecer I e II") tragam algum interesse maior, embora creio que seja difícil. Em todo caso, o diretor, Bill Condon, é bom. Vamos aguardar... Até!

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