quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Super 8

Produção de Steven Spielberg e direção de J.J. Abrams. Os dois nomes famosos são atrativos, e a sinopse, para um "filme pipoca", também chama a atenção. Por isso, eu e minha esposa fomos assistir ao filme.

A história se passa no fim dos anos 70, e nos deparamos com um grupo de pré-adolescentes que se diverte filmando produções "classes z" de zumbis devorando as pessoas (percebo aqui, uma homenagem ao cineasta do gênero, George A. Romero). Para tanto, utilizam a máquina primitiva do título, a famosa "Super 8". Algo estranho acontece, no entanto, quando eles gravam um desastroso acidente, envolvendo um tem em disparada e um veículo, que é estraçalhado por ela. A partir de então, coisa bizarras e estranhas passam a acontecer na pequena cidade de Ohio, onde os garotos vivem.

Começa muito bem, com um clima convidativo e atraente. No início, entrei de cabeça na aventura dos garotos, e me recordei de filmes do gênero que marcaram minha infância, como "Os Goonies", "Os Garotos Perdidos" e "Deu a Louca nos Monstros". Porém, da metade em diante, torna-se uma ficção científica chata, entediante e interminável, com uma gigantesca e sinistra criatura abduzindo quase todo o elenco. Uma derrapada feia no roteiro, escrito pelo próprio Abrams, interrompe a diversão. Isso, aliás, devia ser esperado, já que Abrams cometeu o mesmo equívoco com a série "Lost", que de original e surpreendente, perdeu o interesse, com tanto absurdo que não foi explicado. Pelo menos, a cena do acidente é inesquecível e admirável, competência óbvia da marca spielbergiana da produção.

Sem grandes nomes no elenco, os mais famosos são Kyle Chandler ( de King Kong, como o xerife, e pai do protagonista, o garoto Joel Courtney, talvez, um novo Elijah Wood ) e Elle Fanning ( O Curioso Caso de Benjamin Button, Um Lugar Qualquer ) como a única garota do grupo. Ainda assim, gostei das interpretações de todo o conjunto, e eles podem ( quem sabe?) virar astros.

Apesar de ter perdido o fio da meada ( o final é uma grande bobagem ), a produção apresenta uma surpreendente novidade durante os créditos finais, pra mim o melhor momento da película, em que é mostrado o filme de terror que os garotos produziram. Bom, não sei se eu recomendo assistir Super 8 no cinema, talvez seja mais conveniente vê-lo em DVD. O fato é que, apesar das poucas boas sacadas, o filme foi uma decepção. Esperava muito mais... Abraços!

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domingo, 14 de agosto de 2011

Assalto ao Banco Central

O Brasil, mais uma vez, apostando no cinema comercial! E pra ninguém é segredo o fato de que eu aprecio muito isso, afinal, as últimas bilheterias têm demonstrado bons resultados. A bola da vez, não se trata de uma comédia romântica, como os dois filmes da série "Se Eu Fosse Você". A investida, agora, está na ação, gênero muito aclamado pelo público brasileiro.

O veterano ator e diretor de novelas, Marcos Paulo, estreia na direção em cinema, com esse forte candidato a campeão de bilheteria do ano, que fala sobre um dos mais famosos assaltos do país, em agosto de 2005, no Ceará. A quadrilha é liderada por Barão ( Milhem Cortaz ), que conta com o apoio do amigo Mineiro ( Eriberto Leão ) e da namorada Carla (Hemíla Guedes ). Paralelo a isso, a polícia cearense, liderada por Amorin ( Lima Duarte ) e Telma ( Giulia Gam ) tentam desvendar o crime e deter os assaltantes.

Na verdade, não é um grande filme. Afinal, histórias semelhantes a essa já foram vistas diversas vezes no cinema americano. O diferencial aqui é o fato de ser inspirado num fato real. Mas, mesmo assim, o roteiro ( desenvolvido por três pessoas: Rene Belmonte, Lúcio Manfredi, e Taís Moreno ) não se preocupa em apresentar uma introdução ou conclusão com letreiros. O que se sabe é que até hoje esse crime não foi bem solucionado ( aliás, como muitos ). Ou seja, tem mesmo cara de ficção, e lembra um pouco o filme de Soderbergh, "Onze Homens e um Segredo". Em todo caso, o entretenimento é garantido.

Apenas me queixo, entretanto, com o fato de que as personagens são carismáticas e o público acaba torcendo por elas. Todos os criminosos ( talvez com a exceção do Barão, e de um policial corrupto feito por Heitor Martinez Mello ) são até divertidos e interessantes. O problema é que eles são vilões, e nós, o público, deveríamos torcer contra, não a favor.

Fora isso, gostei do elenco, muito bem escalado. Aliás, foi uma ideia oportuna em colocar como protagonista o galã do momento da novela das 9, Eriberto Leão; uma forma atrativa de conciliar o público da tv com o do cinema. Por outro lado, em relação a mocinha da história, foi a escalada a desconhecida Hemíla Guedes, que fez pouco tv, e muito cinema ( O Céu de Suely; Cinema, Urubus e Aspirinas; Baixio das Bestas... ). Além deles, os já mencionados Lima Duarte, Giulia Gam e Heitor Martinez Mello estão perfeitos em seus papeis ( sobretudo Heitor, em mais uma caracterização de vilão odioso ). Mas os destaques são muitos: Vinícius de Oliveira ( como o efeminado irmão de Hemíla ), Gero Camilo ( como Tatu, o mais atrapalhado entre os assaltantes ), Juliano Cazzaré ( outro galã da novela das 9, como o mais explosivo da gang ), Ilva Niño ( numa hilária participação especial ), Mílton Gonçalves ( como um pastor não muito bem intencionado ), e principalmente, o grande Tonico Pereira, no papel do engenheiro que faz parte da quadrilha! Apenas não gosto de Milhem Cortaz, que fala com uma batata na boca, além de ser muito inexpressivo. Pelo jeito, será sempre lembrado pelo famoso papel do capitão Fábio de Tropa de Elite. E só!

Bom, apesar das falhas, gostei do filme. O final é um pouco surpreendente, e me fez lembrar o final de "Os Suspeitos", um excelente suspense que deu o Oscar de coadjuvante para Kevin Spacey, em 1995. E é como eu disse: o cinema nacional precisa muito de películas de gênero, afinal, são produções assim que atraem o público, e eu não vejo nenhum problema nisso. Então, confiram Assalto ao Banco Central! Abraços...

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os Smurfs

Depois de uma longa ausência das salas de cinema (convenhamos, não tinha muita coisa boa mesmo nas férias de julho...), fui assistir a adaptação de um dos meus desenhos prediletos da infância: Os Smurfs! E me diverti muito com essa adaptação, apesar dos esperados clichês.

Aqui, os protagonistas são Papai Smurf, Gênio, Smurfete, Desastrado, Ranzinza e Arrojado. Todos estes são transportados para o nosso século, em Nova York, após descobrirem um portal. Lá chegando, tentam de tudo para voltar para o tempo deles, e retornarem para a pacata aldeia onde vivem. Os problemas ocorrem, quando descobrem que o temível Gargaméu ( Hank Azaria, de "The Birdcage - A Gaiola das Loucas ), e seu perverso gato, o Cruel, também foram parar em Nova York, e desejam capturá-los. Assim, nossos queridos duendes azuis contam com a ajuda de um simpático casal ( o ex-ator teen de diversos telefilmes Neill Patrick Harris e a atriz da série Glee, Jayma Mays ) para conseguirem retornar ao lar e se livrarem do perigoso ( e atrapalhado ) ogro.

Como refilmar clássicos animados virou mania em Hollywood ( Scooby Doo, Zé Colméia, Manda-Chuva em breve ), já era de se esperar que o mesmo ocorreria com os smurfs. Antes da estreia, inclusive, o McDonalds já estava faturando uma boa grana com os brindes dos personagens, na compra do McLanche. O sucesso desse marketing, aliás, foi bastante espantoso para mim; afinal, a nova geração não conhecia esse clássico desenho. Entretanto, após algumas semanas, o filme estreou nas telas, e está fazendo bastante sucesso ( principalmente entre os adultos saudosos da série, como eu ). O Diretor Raja Gasnell contou com um time de roteiristas para o filme: J. David Stern, David N. Weiss, Jay Scherick e David Ronn. E mesmo não sendo tão criativo o roteiro, Gasnell foi mais feliz aqui, se comparado com o mal feito Scooby Doo, que ele mesmo dirigiu. No elenco ainda, a presença da colombiana Sofia Vergara ( da série Modern Family ), no mal-construído papel de executiva ambiciosa, e chefa de Harris.

Enfim, tudo divertido, encantador e prazeroso. Há, inclusive, uma criativa explicação na origem da Smurfete, o que demonstra o motivo dela ser a única representante do sexo feminino na aldeia. Eu ainda acredito que os adultos saudosistas vão se divertir mais, mas as crianças também terão a oportunidade de se encantar com essa galera. Apenas espero, com o grande sucesso do filme, que o desenho seja reprisado, ao menos na tv a cabo. Ah, sim, preciso deixar bem claro: R-E-P-R-I-S-A-D-O! Ou seja, que nenhum produtor tenha a infeliz ideia de criar novos episódios, todos digitalizados, remasterizados, computadorizados, e tantos outros ados... Não! Nós, saudosistas de plantão, damos preferências aos clássicos! Prometo escrever mais em breve, forte abraço!

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