segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Impossível

 O último filme que eu vi nas telas no ano de 2012 não podia ser mais trágico ou comovente. E ainda por cima, baseado em fatos reais! Mas é um filme que te prende a atenção do começo ao fim por conta do tema  tratado. E ainda bem que foi bom tê-lo assistido, pois levei uma caravana pra ver comigo (minhas sobrinhas Bianca e Larissa, e Diogo, o namorado da última, além da minha fiel companheira Gisele). Ou seja, provavelmente apanharia muito se fosse um filme ruim.

 Quem não se lembra do tsunami que destruiu boa parte da Ásia entre os fins de 2004 e começo de 2005? Eu me lembro muito bem desse fato, e portanto, tive um interesse muito grande em assistir essa produção dirigida pelo espanhol Juan Antonio Bayona ( do terror "O Orfanato" ) e roteirizada por Sergio G. Sanchez, a partir do livro de Maria Belon, a personagem real da história. E, após ver O Impossível, eu passei a refletir sobre algo que eu já havia pensado, em épocas de 11 de setembro. O que seria do cinema se não existissem as grandes tragédias contemporâneas? É duro admitir, mas elas acabam se tornando um mal, se não necessário, pelo menos oportuno.

 Bom, os atores Naomi Watts e Ewan McGregor interpretam o casal britânico (na vida real, são espanhóis) que está de férias com os filhos em um luxuoso resort na Tailândia. E, em um dia de sol maravilhoso, a partir do nada, as gigantescas ondas se alastram por todos os cantos, destroem o resort e espalham pânico, terror e morte por todos os lados. Enquanto Naomi encontra o filho mais velho, Ewan e as outras duas crianças  estão em um outro ponto do lugar lutando para achá-los com vida.

 O filme foi duramente criticado por alguns jornalistas, que caracterizaram-no como piegas e sentimental ao extremo. Oras, creio ser muito difícil ( para não fazer menção ao título "impossível" ) não exagerar na emoção, quando se trata de uma tragédia como essa, envolvendo uma família e, ainda por cima, baseada em acontecimentos verídicos. De fato, em diversos instantes, o telespectador é incentivado a cair nos prantos, em decorrência de tanto sofrimento em cena. E eu creio que esse seja o motivo do sucesso de público que essa fita está fazendo aqui no Brasil. Afinal, esse tipo de história contada na tela grande é bastante apreciada por nós. Concluo que os clichês e o rótulo piegas não chegam a incomodar.

 Quanto ao elenco, Naomi Watts está sendo indicada para diversos festivais. E, certamente, será indicada ao Oscar, o que é merecido. Afinal, o sofrimento de sua personagem, tanto emocional quanto físico (aliás, acho que mais físico!) é muito convincente; e os méritos são dessa excelente atriz. No entanto, acho injusta toda essa badalação em cima dela, pois Ewan McGregor está excepcional tanto quanto Naomi. A cena em que ele se desespera no telefone, ao conversar com o sogro, é uma das mais humanas que já vi na tela. E, no fim das contas, o grande astro do filme é o garotinho Tom Holland, que interpreta o filho mais velho. Sua interpretação oscila maturidade com ternura! Eu não acharia estranho se o menino também tivesse uma indicação a estatueta de ouro, embora seja pouco provável. Aina no elenco, a veterana Geraldine Chaplin faz uma idosa, também vítima do tsunami, em um diálogo com uma das crianças.

 Trata-se também de uma produção impecável, com boa fotografia e excelente direção de arte. Os efeitos também impressionam ( mas não tanto quanto o tsunami promovido por Clint Eastwood em "Além da Vida" ). Não sei se eu estarei estragando a surpresa, mas o final não é triste. Digo isso por dois motivos: em épocas de fim de ano ninguém quer saber de finais não felizes, ainda mais quando se tem uma temática como essa!; e também porque o filme baseia-se em obra escrita pela personagem central. Ou seja, já da pra saber que pelo menos alguém importante na trama não morrerá. Mas, creio que seja melhor não dizer mais nada. Só adianto que tem muito suspense e algumas reviravoltas em cena. Enfim, piegas ou não, indico com muita lucidez essa produção, ao mesmo tempo dramática e eletrizante! Feliz 2013 para todos nós!!!!

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sábado, 22 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

 Finalmente, assisti essa tão aguardada estreia. Dessa vez não quis fazer o mesmo como fiz com o último episódio da saga Crepúsculo, em que assisti na pré-estreia (ainda que obrigado, hehehe). Eu preferi esperar um pouco para encontrar menos muvuca nas bilheterias. E tive sorte, pois tudo estava tranquilo! Creio que nessas épocas de fim de ano, com todo mundo querendo comprar presentes na última hora, as salas de cinema tornam-se mais disponíveis. E eu assisti, junto com minha fiel companheira Gisele, na sala IMAX do Espaço Itaú de Cinema, do Bourbon Shopping. E infelizmente não consegui assistir no formato 48 fps, que era minha verdadeira intenção, movido por uma curiosidade que ainda impera aqui dentro. Afinal, esse filme é pioneiro nessa inovação. Certamente, em alguns anos, será considerado como um divisor de águas pela nova tecnologia. Bom,quem sabe eu ainda veja numa próxima ocasião?

 Aliás, como a sala IMAX é formidável! Esse foi o 2° longa que eu vejo nessa tela (o anterior foi Alice no País das Maravilhas, do Tim Burton, cujo texto encontra-se no blog), e recomendo para todos. O preço do ingresso é um pouquinho mais caro, evidentemente! Mas vale a pena mesmo. E a aventura já começa com um trailer de 10 minutos sobre o próximo episódio de Jornada nas Estrelas ( até para leigos dessa série como eu, o IMAX faz você mudar de ideia ). A impressão que se tem é que Star Trek é o típico filme que se tem que ver nesse formato também, o trailer arrasou!

 Ok, chega de conversa sem volta, e vamos direto ao filme. Tenho muita coisa para dizer sobre ele, e talvez esqueça de alguma coisa; talvez, não. Como sempre faço, vou tentar esboçar uma sinopse. O hobbit do título (um ser tão baixinho quanto um anão, mas com as orelhas mais pontudas) é recrutado pelo mago de grande poder Gandalf para salvar a cidade de Erebor, dominada por um temível dragão. Desajeitado e sem talentos para um guerreiro, Bilbo Bolseiro (o nome do hobbit) aceita o desafio e parte para a inesperada jornada do subtítulo, ao lado de 13 anões, liderados pelo lendário Thorin Escudo-de Carvalho. No meio do caminho se deparam com orcs e diversas criaturas abomináveis que serão obstáculos para essa odisseia.

 Antes de mais nada, quero deixar bem claro uma coisa: Se você nunca assistiu a trilogia O Senhor dos Anéis, você entenderá o filme perfeitamente! Afinal, não se trata de uma sequência, mas sim, uma nova saga, com diversos personagens da franquia anterior, e que se passa 60 anos antes! Aliás, vai um conselho: você gostará mais ainda do Senhor dos Anéis, se assistir antes Hobbit (pelo menos esse primeiro episódio). E o filme é bom? Tenho algumas ressalvas, mas gostei. Peter Jackson, definitivamente, é o dono da bola da vez em Hollywood. Quem já assistiu aos filmes da carreira pré-histórica dele, tais como "Trash - Náusea Total" ou "Fome Animal" dificilmente acreditaria na filmografia tecnicamente milionária que ele construiu. Aqui, ele conta com a ajuda de suas típicas companheiras de quase todos os seus filmes no roteiro: Fran Walsh e Phylippa Boyens. E um fato curioso: além delas, o talentoso cineasta Guillermo DelToro também colabora no roteiro! Toro, diretor de filmes como a trilogia "Hellboy" e "O Labirinto do Fauno", pode ser considerado uma "mistura" de Jackson e Tim Burton. E eu tenho certeza que os monstros e criaturas da literatura de J.R.R. Tolkein ganharam o formato que nós vemos na tela, graças a amalucada mente dele. Não tem como não lembrar de Fauno em algumas cenas...

 Como falei anteriormente, tenho algumas ressalvas. Mas, também tenho muitos elogios.Pra começar, adorei o prólogo em que, 60 anos após essa aventura, encontramos o já velho Bilbo Baggins (Ian Holm) descrevendo como era a cidade Erebor para o seu sobrinho Frodo (Elijah Wood). Uma cena nostálgica e agradável (mas, de novo: não se preocupe se você não viu a trilogia dos anéis). Gostei bastante também do humor que envolve o filme na primeira hora de projeção. Cheguei a ter a sensação de que eu estava assistindo a uma comédia, graças ao grupo de anões que já aparecem numa entrada triunfal, em que chegam na casa de Bilbo, inesperadamente, e comem de tudo e até cantam. Lembro que o humor esteve presente em Senhor do Anéis, sobretudo nos diálogos entre o elfo Legolas Greenleaf e o anão Gimli. Mas aqui, eu cheguei a gargalhar. Esse humor foi uma boa sacada, sem dúvida!

 Outra coisa: acreditava, conforme o que eu havia lido antes, que a presença do Gollum ( ou Smeágol ) seria curta. Graças a Deus, isso não ocorre! Ele não domina a projeção toda, mas a cena em que ele aparece é a melhor de todo o filme (e também nostálgica. Aliás, também um convite para se assistir O Senhor dos Anéis). Ainda sobre os aspectos positivos, creio que seja inócuo falar da parte técnica. Ela é impecável, obviamente, e isso era o mínimo que se esperava: fotografia, direção de arte, efeitos, maquiagem... Enfim, tudo isso brilha graças a um empenho de equipe classe "A", infinitamente superior à tecnologia de "Trash", por exemplo.

 As ressalvas que faço são semelhantes às previsões de muitos jornalistas. Afinal, admito que em alguns instantes, O Hobbit torna-se um pouco cansativo. As cenas de batalha, como a primeira aparição dos orgs, e também dos lobos no deserto (estes tem um nome mais "tolkeiniano", que eu não me recordo no momento) são de tirar o fôlego. E, na tela IMAX, fica ainda muito melhor. No entanto, as outras batalhas que ocorrem, sobretudo à noite, são previsíveis e até banais para qualquer espectador que já esteja acostumado com filmes do gênero. Afinal, depois da fuga dos anões, quando eles encontram Elrond ( Hugo Weaving ), as cenas de ação, por mais espetaculares que sejam, chegam a cansar pela falta de criatividade. E isso é preocupante, pois os três filmes do Hobbit já foram feitos. Não tenho certeza, mas creio que a duração dos outros dois episódios seja basicamente a mesma desse inicial. Enfim, se as cenas de batalha forem tão previsíveis assim, o tiro pode sair pela culatra, o que compromete a boa renda do filme.

 O que também preocupa é que, como já é do conhecimento de todos, Jackson faria apenas dois filmes com o Hobbit. Tornou-se uma trilogia pela sobra de material. E, por isso, questiono: Será suficiente esse material para sustentar 3 filmes? Eu não li o livro ainda, mas sei que ele é com posto por 300 páginas, mais ou menos. Se não houver um trabalho bem elaborado de edição, pode comprometer o resultado. E, em uma trilogia, normalmente a 2ª parte é a que tende ao fracasso, pois torna-se arrastada, cansativa, repleta de diálogos intermináveis que sempre caem no lugar comum... Bom, Jackson é um homem sábio, e espero que ele faça bom uso de sua sabedoria. 

 Quanto ao elenco, Martin Freeman parece mesmo ter nascido para interpretar o Bilbo Bolsero. Eu já o conhecia de filmes, como "Simplesmente Amor" e "Todo Mundo Quase Morto", mas nem lembrava de sua existência. Foi um grande acerto a escolha dele. Aliás, falando em Bilbo, existe um problema no roteiro em relação ao seu protagonista, afinal, no meio do filme, ele perde a ação. A impressão que se dá, é que ele está inserido com os anões, como se fosse um mero figurante. Esse problema ocorre, depois que que ele salva seus companheiros de serem devorados por alguns orcs. Ele retorna com toda força de herói, certamente. Mas, por alguns longos minutos, tive a impressão de que ele foi esquecido. Ou seja, muito ruim para o herói...

 Voltando ao elenco, temos aqui muita gente que trabalha com a competência esperada: o sempre esplêndido Sir. Ian Mckellen, Hugo Weaving, Andy Serkis (o Gollum), o grande Christopher Lee, em boa aparência e demonstrando lucidez aos 90 anos, como Saruman. E não posso me esquecer do colírio para o público masculino, Cate Blanchett, de volta como a Galadriel. Ela é a única mulher em cena, fora as figurantes. Nos próximos episódios, teremos também a estrela de Lost, Evangeline Lilly. Todos os atores que fazem os anões são excelentes também, e responsáveis pelo alívio cômico. Em suma, quero registrar duas interpretações que eu gostei particularmente: Sylvester McCoy, como Radagast, o mago castanho que convive com os animais, e Richard Armitage, no papel de Thorin, o líder dos anões. São dois atores britânicos, desconhecidos, mas que fizeram muitos seriados. Armitage, inclusive, também esteve no "Capitão América", e tem pinta de galã. Pode vir a se tornar astro em Hollywood...

 No fim das contas, gostei bastante de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. Saí do cinema com aquela vontade  de rever a trilogia Senhor do Anéis, principalmente porque o anel é um elemento importante no filme. Afinal, 60 anos antes dos episódios relatados em sua saga, o anel já surgia como objeto de desejo e cobiça por parte de quem almeja o poder. Aliás, em nossa sociedade, quantos fariam de tudo, sem se importar com as consequências, para conseguir o seu simbólico anel? Fiquei com isso na cabeça. Ah, finalizo dizendo que quase detestei o filme! Afinal, estive esperando um importante personagem, que quase não apareceu. Mas, felizmente, a última cena é dele. Querem saber? Então assistam! Abraços!

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domingo, 16 de dezembro de 2012

A Última Casa da Rua

 O pôster chamou minha atenção! Por isso, resolvi encarar esse suspense dirigido por um certo desconhecido chamado Mak Tonderai. Pelo título acreditava que se tratava do tema "casa mal assombrada", mas não é exatamente isso.

 O filme começa com um brutal assassinato, cometido por uma garota que assassinou os pais a sangue frio, e se suicidou em seguida. Alguns anos mais tarde, mãe e filha se mudam para a região, e alugam a casa vizinha, uma verdadeira mansão ( que, evidentemente, foi alugada por um valor baixo, já que o crime ocorrido no passado desvalorizou a região ). Os problemas surgem, quando a adolescente descobre que o filho do casal assassinado ainda vive na casa. Por razões óbvias, ele é evitado por todos e até é vítima de bullying. Isso simplesmente faz com que a garota se interesse por ele. Mas, há alguns segredos bizarros na casa do rapaz.

 O filme começa bem interessante, e seu prólogo parece informar que ocorrerá muitos fatos surpreendentes durante a projeção! Mas, isso não ocorre tanto! Há diversos sustos previsíveis, há uma reviravolta lógica e um clima de curiosidade acerca do garoto órfão. Entretanto, a impressão que se tem é a de que já vimos vários filmes semelhantes a esse. O roteirista David Loucka ( do fraco e mais ou menos parecido A Casa dos Sonhos ) contou com a colaboração do cineasta Jonathan Mostow ( de Breakdown - Implacável Perseguição ) no roteiro. E os diversos clichês esperados rodeiam o filme, desde a relação tumultuada entre mãe divorciada e filha adolescente, até o previsível relacionamento da garota com o "estranho da cidade". Ah, sim, e repleto de muitos jovens no elenco de apoio.

 Falando em elenco, a presença da talentosa e já estrela Jennifer Lawrence, torna-se a melhor coisa do filme. Depois de "Jogos Vorazes", e da indicação aos Oscar por "Inverno da Alma", a jovem já eleva sua popularidade às alturas, e provavelmente, receberá uma segunda indicação à estatueta de ouro pela comédia "O Lado Bom da Vida". E aqui, ela defende muito bem seu papel. Interpretando a mãe de Lawrence, temos a estrela dos anos 80/90 Elisabeth Shue, tentando dar a volta por cima e reerguer sua carreira. Ao menos, conserva sua boa aparência. O ator Gil Bellows ( de "Um Sonho de Liberdade" ) tem pouco a fazer como o xerife, e o jovem Max Thieriot ( de "Operação Babá" e "O Preço da Traição" ) tenta se tornar o galã da vez em seu enigmático personagem.

 Enfim, não se trata de um filme ruim. Gostei bastante de algumas resoluções. Ainda assim, é bem medíocre, apenas digno de uma espiada ( nem chega a ser terror, no fim das contas! ). Vale pela protagonista Jennifer Lawrence, uma grande promessa para o futuro. Abraços!

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domingo, 9 de dezembro de 2012

007 - Operação Skyfall

 Tudo tem uma 1ª vez na vida! Lembro-me de que postei aqui certa vez que "Para Roma Com Amor" havia sido o 1° filme de Woody Allen que eu vi na tela grande. E o mesmo ocorre com o espião mais famoso da 7ª arte! Afinal, 007 - Operação Skyfall foi o primeiro filme do James Bond que eu assisti no cinema.

 Essa nova aventura segue o passo de todos os episódios anteriores: metragem longa, trama complexa, sequências eletrizantes de ação, bondgirls bonitas, etc. Talvez, por isso, não seja um filme especial. Mas também não decepciona tanto.

 Bom, o nosso simpático agente tem aqui o objetivo de descobrir a identidade de um ladrão que roubou um HD importantíssimo, pois contém informações sigilosas sobre diversos agentes. Bond, então, a partir dos comandos de sua chefa M, parte para a Turquia para localizar o vilão. E, óbvio, encontrará muitos obstáculos no caminho.

 O principal problema de Operação Skyfall, são algumas pistas falsas que são colocadas no meio da projeção, dando a entender que o desfecho se aproxima. Entretanto, isso não ocorre e o filme se estende um pouco mais. Enfim, sem me recordar no momento a exata metragem dos outros filmes, esse aqui é extenso demais! E o roteiro de Neal Purvis, Robert Wade e John Logan é bastante confuso também. Sabe-se, de imediato, que Bond precisa recuperar uma certa lista capturada. Somente depois, surgem maiores informações dessa tal lista que, para o espectador desatento, podem aparecer despercebidas. Para mim, o fato de querer ultrapassar os típicos 120 minutos de metragem, apenas para seguir a tradição de série em que todos os filmes são longos, não foi muito interessante. É verdade que a fotografia torna o interesse maior por conta de pontos turísticos da Turquia que são mostrados. E as sequências de ação também são competentes. Mas, não há uma cena memorável que registre o espetáculo. E olha que o diretor da vez é o oscarizado e experiente Sam Mendes, de Beleza Americana.

 No elenco, o galã Daniel Craig ressurge forte e firme na pele do agente, o que permite concluir que ele continue como 007 por mais um bom tempo. Mas, quem rouba a cena, é Javier Bardem, interpretando um vilão extremamente amalucado e bem efeminado. Se há algo de novo, talvez, pode se dizer que seja a caracterização do vilão. E eu não iria estranhar se Bardem fosse nomeado ao Oscar 2013 de coadjuvante pelo papel. Além deles, o inglês veterano Albert Finney tem papel importante no final ( momento em que é explicado o título Skyfall ). E Ralph Fiennes tem um papel fácil de se cair no esquecimento, como um dos agentes superiores de Bond ( se houver outra aventura, o papel será maior, certamente ). Agora, o curioso está no elenco feminino. Aqui, temos duas bondgirls: a mulata Naomie Harris ( de "Extermínio" e "Piratas do Caribe 2 e 3" ), que faz a parceira de Bond, e a francesa Bérénice Marlohe ( fazendo sua estreia em Hollywood ), como a misteriosa sedutora. As duas são competentes e encantadoras. No entanto, não são memoráveis, e têm pouco a fazer em cena. Espera-se mais ação, pelo menos por parte de Naomie, mas isso fica apenas na promessa. Assim, as portas são abertas para a veterana Judi Dench brilhar. Essa é a 1ª vez que sua personagem M ganha ares de protagonista, depois de diversas participações em vários filmes da série. Fato merecido para uma das grandes atrizes do cinema.

 Espero que o próximo lançamento seja mais ousado, mais original, mais interessante, e mais eletrizante também ( como filme de ação recente, nada supera o último episódio de Missão Impossível ). Esse, infelizmente, ficou a desejar. Claro, o que não significa que seja ruim. Mas, quem não está acostumado com a série, pode achar um pouco confuso. Enfim, fica a dica. Abraços!

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