domingo, 5 de abril de 2015

Cinderella

 Ultimamente, a Disney tem investido em refilmagens de clássicos de desenhos animados para produções de "carne e osso". Após o recente "Malévola", sobre a popular vilã de "A Bela Adormecida", agora é a vez do clássico Cinderella invadir as telas.

 A sinopse é obviamente dispensável, já que dificilmente alguém não conhece a história da famosa gata borralheira. Bom, a garota protagonista passa por maus bocados nas mãos de sua perversa madrasta e suas duas filhas, após receber a notícia do falecimento do pai. Assim, ela é, aos poucos, escravizada em sua própria casa, e conta apenas com a amizade de simpáticos ratinhos. Por acaso, conhece um belo príncipe, que se encanta com a moça. Disposto a reencontrá-la, ele organiza um baile e convida todas as moças para o evento. Cinderella se entusiasma, mas não tem a permissão de sua madrasta para ir ao baile. Porém, felizmente, recebe o auxílio de uma fada madrinha atrapalhada e consegue ir à festa. Quando retorna, deixa seu sapatinho de cristal no caminho, e o príncipe, ao encontrá-lo, parte em busca da dona do sapatinho, que é a mesma que arrebatou seu coração.

 Enfim, qual a novidade? Nenhuma! Torna-se até mesmo muito cansativo assistir a tudo o que se conhece e se espera. Afinal, o roteiro de Chris Weitz não se destaca pela criatividade. Em todo caso, é interessante encontrar o nome do shakesperiano Kenneth Branagh no comando da direção do filme. E, como se pode prever, a produção é impecável e tecnicamente perfeita. E os atores transmitem muita simpatia, o que torna o passatempo leve e agradável. Quem rouba a cena, ainda que tenha pouco tempo na projeção, é Helena Bonham-Carter como a fada madrinha. Um dos melhores momentos são as bizarras transformações que ela promove com sua descontrolada varinha mágica. A excelente Cate Blanchett transmite sua habitual competência como a madrasta vilã e o novato Richard Madden (da série "Game of Thrones") tem uma boa figura como o príncipe. Apenas a escolha da protagonista Lily James soa um tanto estranha, pois embora carismática, não é exatamente bela para interpreta uma princesa Disney.

 Enfim, apesar de sua total previsibilidade, Cinderella tem seus encantos e agrada a plateia infanto-juvenil (em particular, as meninas). Quanto aos adultos, na dúvida, talvez seja conveniente levar um travesseiro. Abraços!

TRAILER: