quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Missão Impossível: Nação Secreta

 O quinto episódio da famosa série iniciada em 1996, e adaptada de popular seriado dos anos 60, chega às telas, mais uma vez com o astro Tom Crise no papel do agente Ethan Hunt. E dessa vez o diretor é Christopher McQuarrie (também roteirista ao lado de Drew Pearce), que já havia feito outra fia de ação com Cruise, "Jack Reacher - O Último Tiro".

 Sobre essa sequência, "Nação Secreta", pode-se dizer que ela é espetacular em todos os sentidos. Aliás, se existe uma cinessérie de ação bem-sucedida na tela grande é justamente Missão Impossível, que consegue algo praticamente raro: quanto mais continuações são feitas, mais elas melhoram os filmes anteriores.

 Analisando com detalhes o gênero "ação", o anterior "Protocolo Fantasma" era mesmo superior, por conta das eletrizantes sequências no edifício em Dubai. Mas "Nação Secreta" não perde feio, e McQuarrie já começa com uma abertura para lá de eletrizante, com Cruise pendurado na asa do avião em movimento. O astro, como já se sabe em todo canto do mundo, dispensou dublês nessa perigosa cena, o que já deixa de imediato a plateia boquiaberta (aliás, ele havia feito o mesmo na já mencionada cena do prédio mais alto do mundo em Dubai).

 A sinopse é um tanto complexa, e um pouco confusa (como de costume). Ethan Hunt está com os dias contados, pois estão querendo fechar sua agência de "Missão Impossível". Tudo isso na verdade é um golpe de uma entidade conhecida como "Sindicato", que planeja seus esquemas corruptos em terrenos internacionais, sem a intromissão da equipe de Hunt para atrapalhar suas inescrupulosas ações. Mas o nosso herói desconfia, e mesmo sendo impedido de desempenhar seu trabalho, tenta desmascarar o tal sindicato, com a ajuda dos parceiros William Brandt, Benji Dunn e Luther Stickell. E encontrará uma mistura de aliança e perigo na pele de Ilsa Faust, uma agente misteriosa.

 As locações são as mais variáveis para dar movimento à história: Inglaterra, Áustria, Cuba... Mas, sem sombra de dúvida, o cenário protagonista das exuberantes cenas de impacto é o Marrocos, em que o espectador ficará em puro estado de êxtase com as perseguições de moto no deserto, sem dúvida, o grande momento da produção.

 Como se pode perceber a dois parágrafos acima, Jeremy Renner, Ving Rhames e Simon Pegg voltam a atuar na série. Pegg, inclusive, tem maior destaque em relação os dois episódios anteriores, e também é responsável pelos momentos de alívio cômico. Ainda no elenco, o veterano Alec Baldwin interpreta a autoridade responsável na (difícil) tentativa de capturar Ethan Hunt; os britânicos Sean Harris ("Prometheus") e Simon McBurney ("A Teoria de Tudo") se encarregam com os papéis de vilões, e o grande destaque está na pele da bela sueca Rebecca Ferguson (que esteve na nova versão de "Hércules"), como a habilidosa agente Ilsa Faust.

 Um blockbuster de primeira linha, repleto de reviravoltas e surpresas (inclusive, muitos disfarces mirabolantes e surpreendentes), e inúmeros momentos memoráveis, como uma sufocante luta contra o relógio debaixo da água, outra que está entre as melhores cenas. O astro Tom Cruise, aliás, aos 53 anos, comprova excelente forma física e já deixa claro que não abandonará tão cedo seu personagem Ethan Hunt...

 Enfim, até o momento, é o entretenimento do ano, capaz de agradar aos mais exigentes fãs do gênero, e deixa um sabor de quero mais. Por isso, é altamente recomendável se assistir na tela grande este "Nação Secreta", e essa missão, certamente, não é nada impossível. Abraços!

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domingo, 16 de agosto de 2015

Divertida Mente

 Estava resistindo para assistir a uma nova animação no cinema, não me interessei muito pelos títulos (nem mesmo por "Minions", que fez uma certa febre por aqui), mas felizmente tive o prazer de assistir a Divertida Mente, uma produção simpática e bem-humorada, recomendável para pessoas de todas as idades.

 A Disney, de uns tempos pra cá, ganhou muito no requisito criatividade, e largou um pouco suas histórias de princesas, repletas de canções bonitinhas, mas intermináveis. Dessa vez, sob a batuta de Pete Docter (que dirigiu os ótimos "Monstros S.A." e "Up - Altas Aventuras") e seu co-diretor Ronaldo Del Carmen (ambos também são roteiristas, ao lado de Meg LeFauve e Josh Cooley), o estúdio oferece essa surpreendente história, protagonizada pelos sentimentos.

 Quanto a sinopse, dentro da garotinha Riley há os sentimentos Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo. Eles atuam numa sala de "controles" com o intuito de organizar de forma balanceada os acontecimentos e rotinas na vida da garota. Alegria é a líder do grupo, e conforme sua principal característica, tenta dar um ânimo para todos seus parceiros. No entanto, quando acidentalmente Alegria, e também Tristeza, saem da tal sala de controles, a garota Riley, que acabara de se mudar contra sua própria vontade, começa a ficar mais rebelde e resolve fugir de casa. Para piorar, os sentimentos que restaram não possuem as competências necessárias para tentar impedir a fuga da menina. Assim, temendo essa situação adversa, Alegria e Tristeza passam por diversas aventuras com o intuito de retornar para seus lugares, e resgatar Riley. Elas contarão com a ajuda do amalucado Bing Bong, o amigo imaginário da menina, e lutarão contra o tempo para ajeitar essa situação.

 O roteiro surpreende simplesmente por colocar as emoções como personagens. Se o público pensa que a narrativa é dramática por esse motivo, se engana completamente; afinal, todos são carismáticos, e seus diálogos são repletos de ironias. Fora eles, como de costume em produções Disney, há o elemento coadjuvante que rouba a cena, aqui representado pelo tal amigo imaginário Bing Bong, que é uma mistura de diversos animais. No fim das contas, como é de se esperar, há uma mensagem, e é ela que se destaca nos momentos mais dramáticos da história. Nela, até mesmo o sentimento da tristeza tem sua importância fundamental, e a conclusão deixa a plateia satisfeita, divertida, emocionada, e até mesmo reflexiva; afinal, existe esse trabalho cooperativo dos sentimentos em nossas mentes?

 Finalizando, não canso de elogiar os nossos competentes dubladores que sempre apresentam uma performance digna em desenhos animados. Todos se destacam, sobretudo a Tristeza, interpretada pela humorista Katiuscia Canoro. Divertida Mente, muito provavelmente, será indicada ao OSCAR 2016 como melhor animação, e desde já torço para sua consagração. Embarquem nessa, com toda a família e amigos. Abraços!

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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Meu Passado Me Condena 2

 Quando um sucesso brasileiro comercial cai na graça do público, os executivos não pensam duas vezes: lançam a sequência. E foi o que aconteceu com essa divertida comédia, que reuniu o elenco e a diretora do original para mais uma sessão das aventuras atrapalhadas do casal.

 Como é do conhecimento de todos, a inspiração do primeiro longa foi uma série da Rede Globo. Fábio Porchat e Miá Mello voltam a representar o casal que recebe os nomes dos intérpretes em seus personagens. Ela permanece imaturo, e ela cada vez mais irritada e frustrada com essa situação. Quando Miá está prestes a terminar o relacionamento de vez, eis que a salvação vem por telefone para Fábio. Afinal, ele recebe a notícia do falecimento da avó, que morava em Portugal, e parte para lá com Miá para o enterro, e para dar uma força ao seu avô. As confusões permanecem, quando Fábio reencontra uma antiga namorada que se mostra bastante interessada por ele. E como se nada pudesse piorar, o casal ainda se esbarra com o malandro Wilson e sua companheira Suzana.

 A fita não foge a regra no referente a sequências: menos criativo, mas com muito mais piada. O diferencial são as belas locações no interior de Portugal, tornando o passatempo bem turístico. Além disso, o roteiro, de Tati Bernardi, Leandro Muniz e Patricia Corso, capricha nos monólogos declamados por Fábio Porchat, definitivamente, o Jim Carrey brasileiro, um mestre do improviso e do humor. Miá Mello também não faz feio em cena como sua parceira, e torna-se curioso perceber que há cinco anos atrás ninguém sabia da existência dessa talentosa dupla. Quem rouba o espetáculo, entretanto, é a ótima Inez Viana, no papel da golpista Suzana, que junto com o Wilson do Marcelo Valle, resolve abrir um negócio de vendas de sepulturas em Portugal.

 Ainda no elenco, os portugueses Ricardo Pereira e Mafalda Pinto (que também atuam no Brasil) como os interesses românticos do casal central, e o veterano Antônio Pedro como o avô de Pedro. Outro personagem que volta em cena é o Cabeça, o melhor amigo de Fábio, vivido por Rafael Queiroga.

 Enfim, um bom trabalho da realizadora Júlia Rezende, ainda que não seja nada magistral, evidentemente, e mesmo seguindo produções do gênero como "Se Eu Fosse Você", ela consegue rasgar boas gargalhadas da plateia. Por isso, vale conferir e se divertir.

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