sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Jogos Vorazes: A Esperança - O Final

 Finalmente, a saga da heroína Katniss Everdeen se finaliza nesse último capítulo, que na verdade é a segunda parte de uma fita dividida em dois tempos (algo habitual nesses últimos anos). O cineasta permanece o mesmo Francis Lawrence, no comando desde "Em Chamas", assim como os roteiristas do "Esperança Parte 1", Peter Craig e Danny Strong, mais uma vez juntos com a poderosa do momento Suzanne Collins, que adaptou seu próprio livro.

 O ponto de partida inicial, como de costume, segue desde o instante em que o episódio anterior tinha parado. Katniss se une a um grupo de pessoas, com objetivos pontuais: com o apoio da presidente Alma Coin, eles almejam destruir de vez o presidente Snow, o responsável pelos jogos vorazes, que dizimaram diversos jovens de todos os distritos. No entanto, para se chegar até ele, os obstáculos serão os mais perigosos possíveis.

 Com esse desfecho, a série é finalizada, e pode-se dizer que as bilheterias em todo mundo respondem positivamente ao sucesso de todos os filmes. De uma certa forma, essa cinessérie foi a que melhor trabalhou com o tema distopia, que aliás, está em voga no momento. No entanto, assim como os demais episódios, a aventura demora para engrenar; porém, quando isso acontece, o público confirma que os produtores e Francis Lawrence reservaram espetaculares sequências de ação, com bons ritmos e suspense.

 Em todo caso, também fica evidente que a estrela Jennifer Lawrence é a grande responsável pelo sucesso, domina o filme do começo ao fim, e transmite seu carisma a cada momento. Menos sorte têm os galãs, Josh Hutcherson e Liam Hemsworth, que insiste na permanência do triângulo amoroso. O fato é que os personagens deles não brilham, o Peeta de Hutcherson tem dupla personalidade, enquanto o Gale de Hawthone poderia ter tido melhor conclusão. Aliás, os coadjuvantes ficam a desejar nesse grand finale, com alguns fazendo pouco mais que pontas (Stanley Tucci, Jena Malone, Jeffrey Wright) e outros com poucos destaques, mas que são rapidamente esquecíveis (Woody Harrelson, Philip Seymour Hoffman, este, por razões óbvias, já que faleceu em fevereiro de 2014). Elizabeth Banks está mais discreta que de costume, e sua Effie Trinket é praticamente dispensável aqui, com poucas cenas. Melhor chance tem Julainne Moore, que mostra sua verdadeira face, e principalmente Donald Sutherland, magnífico aos 80 anos como o perverso presidente Snow (não dá para acreditar que ele nunca foi indicado a um Oscar!). Há também espaço maior para personagens novos, como as guerreiras interpretadas por Natalie Dormer (que na verdade, já está na série desde "Esperança 1") e Michelle Forbes.

 No fim das contas, apesar de conseguir atrair a atenção do público no desenvolvimento da história, Francis Lawrence deixou a desejar, naquilo que poderia ser a conclusão perfeita. Alguns pontos poderiam ter sido melhor esclarecidos em cena. Fora isso, a ação da heroína na principal sequência de ação, que deveria ser surpreendente, resulta óbvia e previsível. De qualquer forma, entretanto, o resultado geral é satisfatório, e o público aprova o trabalho, por mais que tenha sido, em grande parte das vezes, carregado pela estrela Jennifer Lawrence. E, sinceramente, ela merece todas as honras. Fica a dica. Abraços!

TRAILER: