quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

OSCAR 2015 - INDICADOS

 Hoje foi divulgada a lista de indicados ao OSCAR 2015! Como vem acontecendo recentemente, as surpresas são poucas, mas curiosas. Vamos nos detalhar às 6 categorias que eu considero principais: filme, diretor, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante.

 FILMES

 Diferente dos últimos anos, esta categoria teve 8 indicados: Birdman; Boyhood - Da Infância à Juventude; O Grande Hotel Budapeste; O Jogo da Imitação; Selma; Sniper Americano; A Teoria de Tudo; e Whiplash - Em Busca da Perfeição. Tal como fiz ano passado, mais para frente vou fazer uma resenha detalhada sobre as produções indicadas. No momento eu só assisti a dois filmes: Boyhood e Hotel Budapeste. Em todo caso, sabe-se há muito tempo que o favorito é Boyhood, seguido por Birdman e Budapeste. Mas, será a maior catástrofe mundial, se Boyhood não ganhar, uma vez que a mídia americana, e o público, idolatram demais esse filme que, honestamente, não me causou muita emoção.Mas a vitória é barbada.

DIRETORES

Uma novidade interessante: Dos cinco indicados, apensa 1 não teve seu filme como o melhor indicado. Trata-se de Bennett Miller, por Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo. Os outros quatro são: Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste), Alejandro González-Iñarritu (Birdman), Richard Linklater (Boyhood - Da Infância à Juventude) e Morten Tyldum (O Jogo da Imitação). Quem esperava uma categoria mais "feminina" com duas diretoras que tinham grandes chances, Ava DuVernay (por Selma) e Angelina Jolie (por Invencível), ficou a ver navios, já que nenhuma das duas foi indicada. Selma, ao menos, foi lembrado como melhor filme. E quem é o favorito? Obviamente, Richard Linklater, por Boyhood! Afff...

ATORES

Steve Carell (52 anos, 1ª indicação). O ator concorre por "Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo". O que impressiona é que este comediante atua num papel sério, e recebeu  elogios em alguns festivais. Mas, tem poucas chances de ganhar.

Bradley Cooper (40 anos, 3ª indicação). Foi indicado antes por O Lado Bom da Vida (2012, principal) e Trapaça (coadjuvante, 2013). Concorre agora por "Sniper Americano". A indicação desse astro foi a maior surpresa da categoria, já que esteve de fora de outras listas. Por isso, é o grande azarão da categoria. Mas, vale ressaltar a evolução desse ator, que apenas liderava o ranking dos homens mais bonitos do mundo.

Benedict Cumberbatch (38 anos, 1ª indicação). Concorre por "O Jogo da Imitação". Benedict é um dos astro do momento, e atua em boa forma em diversas produções. Aqui, ele arrancou diversos elogios da crítica. Pode até ter alguma chance, mas não é p favorito.

Michael Keaton (63 anos, 1ª indicação). Quem acredita que atores da década de 80, muito populares e badalados naquele período, mas que nunca conseguiram uma indicação, e achavam que jamais conseguiriam, Keaton chega para provar que isso não é verdade. O ator ressurge das profundezas, e tornou-se o favorito na categoria. Concorre por "Birdman", e será muito bacana a vitória desse quase esquecido astro do passado.

Eddie Redmayne (33 anos, 1ª indicação). Ele atua surpreendentemente bem "A Teoria de Tudo", pelo qual concorre. E o mais jovem enter os indicados, faturou o globo de ouro, e talvez seja a opção mais próxima da vitória, caso dê zebra e Keaton não vença. Mas é difícil...

ATRIZES

Marion Cotillard (39 anos, 2ª indicação). Foi indicada antes por Piaf - Um Hino ao Amor (2007, principal, e ganhou!). Agora concorre por "Dois Dias, Uma Noite". O trabalho dela é fantástico nesse filme, e se destaca pela naturalidade e espontaneidade. Foi uma grata surpresa encontrar o nome dela entre as cinco finalistas, já que foi esnobada em outras premiações. Mas é a lanterninha e não vai ganhar.

Felicity Jones (31 anos, 1ª indicação). Ela concorre por "A Teoria de Tudo", e provavelmente se tornará estrela em breve. Fez vários papéis de coadjuvante antes de protagonizar este drama, em que demonstra muita maturidade profissional. Porém, também não ganhará.

Julianne Moore (54 anos, 5ª indicação). Foi indicada antes por Boogie Nights - Prazer Sem Limites (1997, coadjuvante), Fim de Caso (1999, principal), Longe do Paraíso (2002, principal) e As Horas (coadjuvante, 2002). Agora concorre por "Para Sempre Alice". Finalmente, chegou o grande momento dessa excelente atriz. É a principal favorita na categoria, e será justíssimo e mais do que merecido o Oscar que nunca chegou para ela. Sem contar que também esteve ótima em "Mapa Para as Estrelas". Merece, até mesmo, pelo conjunto da obra.

Rosamund Pike (36 anos, 1ª indicação). Ela concorre por "Garota Exemplar", e revelou um extremo sucesso numa personagem surpreendente. Atuou em diversas produções, mas agora é o melhor momento de sua carreira. Se escolher os papéis certos daqui pra frente, se tornará estrela. Só que dessa vez, nada de Oscar.

Reese Witherspoon (38 anos, 2ª indicação). Antes, concorreu por Johnny e June (2005, principal, ganhou!), e agora tenta sua segunda estatueta com o filme "Livre". De fato, Reese cresceu como atriz, tornou-se mais madura e tem sido muito elogiada. Caso der zebra, e Moore não vença, Reese será a próxima opção. Mas é difícil contar com isso...

ATORES COADJUVANTES

Robert Duvall (84 anos, 7ª indicação). Foi indicado antes por O Poderoso Chefão (1972, coadjuvante), Apocalypse Now (1979, coadjuvante), O Dom da Fúria (1979, principal), A Força do Carinho (1983, principal, ganhou!), O Apóstolo (1997, principal) e À Qualquer Preço (1998, coadjuvante). Agora concorre por "O Juiz". O astro veterano rouba a cena de Robert Downey Jr., o astro, no filme e entra como candidato, demonstrando boa forma apesar da idade. Porém, é o azarão do grupo.

Ethan Hawke (44 anos, 2ª indicação). Antes, concorreu por Dia de Treinamento (2001, coadjuvante). Agora, o galã está no filme do momento, "Boyhood - Da Infância à Juventude". Mas, diferente do que ocorre com sua parceira no elenco, as atenções não estão voltadas para ele. Se der zebra, e o favorito não vencer, Hawke é a 2ª opção.

Edward Norton (45 anos, 3ª indicação). Foi indicado antes por As Duas Faces de Um Crime (1996, coadjuvante) e A Outra História Americana (1998, principal). Agora, atua por outro filme muito badalado, "Birdman". Apesar de estar muito bem na produção, disputa com Ethan Hawke o segundo lugar, pois também não é o favorito.

Mark Ruffalo (47 anos, 2ª indicação). A indicação anterior foi por Minhas Mães e Meu Pai (2010, coadjuvante). E a gora é a vez de "Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo". Ruffalo é dauqeles atores discretos, que faz tudo quanto é filme, se sai bem em todos, mas todo mundo esquece. E agora, infelizmente, também tem poucas chances. Quem sabe da próxima...

J.K. Simmons (60 anos, 1ª indicação). E eis que surge o grande favorito da categoria, que já ganhou e está ganhando tudo quanto é prêmio. Ele concorre por "Whiplash: Em Busca da Perfeição". Simmons é daqueles veteranos que sempre fazem papéis pequenos em dezenas e dezenas de filmes. Só agora recebeu as atenções que merecia. E será difícil perder. Merecido, pois é um grande ator!

ATRIZES COADJUVANTES

Patricia Arquette (46 anos, 1ª indicação). Olha só... Como eu já havia falado sobre Michael Keaton, o mesmo acontece com Patricia Arquette, que começou nos anos 80, tornou-se estrela no início dos 90 e depois desapareceu. Agora ressurge com o badalado "Boyhood - Da Infância à Juventude". Certamente, é a grande favorita! Merecido, muito mais pelo conjunto da obra e carreira, do que pelo filme. Ainda assim, é ótima atriz.

Laura Dern (48 anos, 2ª indicação). Concorreu antes por As Noites de Rose (1991, principal). Dessa vez, é coadjuvante de Reese Witherspoon em "Livre". Foi uma agradável surpresa encontrá-la entre as finalistas, pois os festivais, no geral, a esnobaram. Em todo caso, ela domina suas poucas cenas no filme. Por ser a surpresa na categoria, certamente é a lanterninha.

Keira Knightley (29 anos, 2ª indicação). A outra indicação foi por Orgulho e Preconceito (2005, principal). Dessa vez, concorre por "O Jogo da Imitação". Keira é a estrela do momento entre as indicadas. Arrancou elogios da crítica, mas as chances são poucas.

Emma Stone (26 anos, 1ª indicação). A jovem atriz, sobrinha de Sharon Stone, concorre por "Birdman". Trata-se de uma atriz talentosa, que já se tornou estrela, e certamente, terá novas oportunidades no futuro. Aqui, se rolar uma zebra e Patricia perder, Emma fatura a estatueta. Será?

Meryl Streep (65 anos, 19ª indicação [!]). Indicações anteriores são: O Franco Atirador (1978, coadjuvante), Kramer vs. Kramer (1979, coadjuvante, ganhou!), A Mulher do Tenente Francês (1981, principal), A Escolha de Sofia (1982, principal, ganhou!), Silkwwod - Retrato de Uma Coragem (1983, principal), Entre Dois Amores (1985, principal), Ironweed (1987, principal), Um Grito no Escuro (1988, principal), Lembranças de Hollywood (1990, principal), As Pontes de Madison (1995, principal), Um Amor Verdadeiro (1998, principal), Música do Coração (1999, principal), Adaptação (2002, coadjuvante), O Diabo Veste Prada (2006, principal), Dúvida (2008, principal), Julie & Julia (2009, principal), A Dama de Ferro (2011, principal, ganhou!) e Álbum de Família (2013, principal). Ufa! Agora é coadjuvante por "Caminhos da Floresta", o blockbuster infantil dentre todos os indicados. Nunca na história do Oscar alguém superou - e provavelmente nem superará - Meryl Streep no recorde de indicações. Tornou-se praxe ver o nome da estrela nas listas de indicações da Academia. Mas, é uma das azaronas, o que comprova que Meryl é, também, ironicamente, a atriz que mais perdeu Oscar.

 Bom, aqui estão as principais categorias! O Oscar será transmitido dia 22/02 pela TNT. A outra emissora GLOBAL eu não menciono, pois o crime cometido por ela, em desrespeitar a cerimônia, já virou caso de polícia há séculos. Então é isso, até mais!!!!





quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

 Este foi o último filme que eu conferi na tela grande em 2014. O fecho de uma trilogia que, ao meu ver, finalizou de forma bem sucedida, com o típico requinte de uma produção milionária, assim como os dois episódios anteriores, sempre comandados por Peter Jackson na direção, e pelo mesmo ao lado de Guillermo del Toro, Phillipa Boyens e Fran Walsh no roteiro adaptado da obra de J.R.R. Tolkien.

 Essa aventura começa exatamente onde terminou a sequência anterior, o que pode prejudicar no entendimento dos leigos que se arriscarem, sem o conhecimento dos outros filmes. Bom, o dragão Smaug está acabando com toda a cidade, cujo arquiteto se inspirou em  Veneza (hehehe). Assim, o hobbit, os anões e os elfos se juntam para detê-lo, sempre acompanhados pelo sempre sábio Gandalf de Sir. Ian McKellen. Após isso, a batalha que existe é inspirada na cobiça de se apropriar das riquezas que estavam ao poder de Smaug. Dessa forma, os anões travam um duelo com os elfos; e para piorar ainda mais, os terríveis orcs também surgem nesse clima de guerra. O líder dos anões, Thorin, passa a ser um risco para todos, pois se mostra o mais obsessivo com toda a riqueza.

 Como eu já havia mencionado antes, sempre tive preocupação com o fato de se desmembrar uma obra literária, relativamente pequena, em três filmes. No final das contas, os dois últimos episódios foram, surpreendentemente, melhores que o primeiro, e repleto de cenas de aventura e ação! Particularmente, gosto mais do segundo, aquele que teria a tendência de ser o mais arrastado e cansativo, o que felizmente não sucedeu.

 Não gostei apenas do fato do dragão Smaug ter sido derrotado muito rápido, simplesmente antes de aparecer na tela o título do filme. Eu, que já li o livro, sempre soube que Smaug não ficaria até o fim da narrativa, mas poderia ter tido mais destaques; mesmo porque o ator Benedict Cumberbatch empresta sua voz para ele com muito profissionalismo. Outro fato que eu não aprecio, e que também já mencionei antes, é o par romântico composto pela bela elfa Evangeline Lilly, e pelo anão galã feito por um certo Aidan Turner, que não transmite química nenhuma. Ainda bem que o bom e velho Legolas do Orlando Bloom surge como obstáculo desse desastroso romance. Aliás, ele está menos mal que de costume, ou talvez eu esteja pegando menos no pé dele.

 Outra coisa: Percebo que as atenções, além do triângulo amoroso, são voltadas para o anão Thorin,do Richard Armitage, dando adeus ao posto de galã para o tal do Turner, e o ser humano valente feito por Luke Evans, que realmente não lembro de seu personagem no livro. Em suma: onde está o hobbit? Aprecio muito o bom trabalho do ator Martin Freeman, mas ele dá um jeito de se esconder no meio de tanta guerra, e não faz praticamente nada.

 Por outro lado, gostei bastante do retorno do trio Chistopher Lee, Cate Blanchett e Hugo Weaving, que fizeram falta na segunda parte. Impressionante o quanto a lenda Chirstopher Lee, aos 92 anos, esbanja talento de sobra, realmente, um grande astro de todos os tempos, vida longa a ele! E adorei mais ainda a excelente cena de luta reservada para a Galadriel de Cate Blanchett. Agora assim, souberam aproveitar o talento de uma das melhores atrizes dos últimos anos, em algo acima de uma mera aparição!

 A conclusão também é boa, retoma o bom humor do primeiro filme da série, há uma simpática aparição do veterano Ian Holm, e sela de vez a ponte com a trilogia dos anéis. Porém, como nem tudo é belo, há algumas mortes também. Enfim, saí feliz da projeção, com a satisfatória sensação de ter visto uma trilogia muito bem feita tecnicamente, que certamente será lembrada no Oscar, e de ter apreciado uma narrativa gostosa e atraente. Enfim, o blockbuster do ano! Não vou aqui comparar cinema e literatura, pois aqui falo apenas de cinema, e aprecio livres adaptações em algumas sequências, pois, às vezes, elas são fundamentais. Portanto, sem um olhar "tolkienmaníaco", recomendo este grande entretenimento. Abraços!

 P.S. Ainda bem que tiraram da cabeça o horrendo subtítulo, "Lá e de volta outra vez". Além de estranho, não é nada comercial. Afff...
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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Êxodo: Deuses e Reis

 Conferi no cinema essa que foi a penúltima produção que assisti no ano de 2014. Um filme típico para se estrear no fim do ano, trata-se de uma refilmagem do maior clássico do gênero de todos os tempos, "Os Dez Mandamentos", dessa vez a comando do cineasta Ridley Scott.
 
 Como se pode facilmente prever, trata-se de um blockbuster luxuoso, tecnicamente perfeito em todos os sentidos. Aqui, basicamente tem a história de Moisés, que acaba se tornando foragido e perde o seu status por ter sua origem de hebreu descoberta pelo imperador Ramsés. A partir de então, segue em sua missão dada por Deus em um sonho, de libertar todos os escravos hebreus no Egito.
 
 O roteiro, a cargo de um time composto por Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine e Steven Zaillian, diferente do clássico já mencionado de Cecil B. DeMille, é menos detalhado, e a projeção tem apenas duas horas e meia, bem diferente do original. E falando nisso, é melhor o público não estabelecer muitas comparações com o original para a frustração não ser imensa. Afinal, a cena mais popular, que entrou para a história do cinema, a divisão de águas promovida pelo cajado de Charlton Heston na produção de DeMille, não é a mesma daqui. A cena, repleta de lutas e batalhas é até boa, mas deixa a desejar para quem esperava algo semelhante. Ao menos, nesse aspecto, Scott foi original.
 
 Por outro lado, a sequência das sete pragas é espetacular e surpreende; sobretudo com a entrada em cena dos temíveis crocodilos. E,infelizmente, não há maiores novidades na história fora isso. No elenco, o astro Christian Bale interpreta Moisés com o profissionalismo de sempre; o mesmo não se pode dizer de Joel Edgerton (de "A Hora Mais Escura" e "O Grande Gatsby"), que é fraco e faz a plateia sentir saudade do original feito por Yul Brynner. Sigourney Weaver, musa de Scott, tem papel pequeno como a mãe do vilão. E o elenco é repleto de outras personalidades famosas: Ben Kingsley, John Turturro,Aaron Paul, Ben Mendelsohn, Ewen Bremmer, Tara Fitzgerald...
 
 Enfim, esta nova versão do famoso livro bíblico do velho testamento, concretiza-se como um espetacular blockbuster classe A; daqueles que, por conta da riqueza técnica, vale a pena ver na tela grande. Mas, sem ser um filme ruim, é, ao mesmo tempo, entediante em algumas sequências e um tanto previsível. Fica a dica... Abraços! 
 
 TRAILER: