sábado, 25 de fevereiro de 2017

O Chamado 3

 Após uma ausência de exatos doze anos, a terceira parte de uma franquia de sucesso do terror finalmente chega às telas. Dessa vez, resolveram investir num diretor novo, da Espanha, F. Javier Gutiérrez, e também não há no elenco nenhuma presença dos episódios anteiores.

 Assim como hábito no gênero, o prólogo, em um voo, já causa expectativa de suspense e mistério. Fora isso, as fitas caseiras da garota Samara ainda continuam sendo copiadas por àqueles que assistem aos vídeos, com o intuito de terem suas vidas preservadas. E é o que acontece com a jovem Julia, que acaba vendo o filme e se vê obrigada a tomar uma atitude para preservar sua vida. O mesmo sucede com seu namorado Holt, que também assistiu à fita e recebeu o aviso de que morrerá em sete dias.

 Como mencionado anteriormente, o prólogo já cria uma boa atmosfera. No entanto, o roteiro, de David Loucka, Jacob Estes e Akiva Goldsman, acaba se esquecendo de sustos maiores em uma produção de entretenimento que deveria ter como objetivo deixar a plateia arrepiada. Infelizmente, há muita expectativa de mistério mas nenhuma cena impactante ou convincentemente assustadora. Os roteiristas se fixaram em desenvolver a origem da garota Samara, mostrando até mesmo o quanto foi vítima de maus tratos no passado. Ou seja, acaba se aproximando mais do drama do que outra coisa, o que certamente decepciona os fãs do gênero.

 Além disso, essa ideia de reproduzir fitas VHS não é mais convincentes nos dias de hoje; afinal, quem ainda tem videocassete? Em todo caso, as cópias também são realizadas através da inernet, deixando a trama um pouco menos ultrapassada; mas nem por isso salva a história, que pelo menos tenta ser surpreendente no fim e deixa uma porta para outra possível sequência.

 Num elenco de gente nova e pouco conhecida, há atores que não comprometem, ainda que sejam apáticos, caso dos protagonistas, a italiana Matilda Lutz e o britânico Alex Roe (de "A 5ª Onda"), e também coadjuvantes veteranos, como Johnny Galecki e Vincent D´Onofrio.

 Enfim, mesmo sendo um retorno que agrada muito a plateia, é um trabalho fraco e pouco inspirado, fica num meio termo tolo e sem ritmo. Caso haja outras continuações, espero que não fiquem a desejar. Abraços.

TRAILER: