domingo, 20 de maio de 2018

Vingadores: Guerra Infinita

 Muita coisa mudou desde o primeiro filme da franquia até os dias de hoje. O fato mais interessante é que a toda poderosa Marvel tornou-se agora estúdio de cinema, e esteve a frente dessa super produção, ao lado da Disney. Como era de se esperar, as filas de cinema tornaram-se mais do que quilométricas.

 Os irmãos Russo, Anthony e Joe, permanecem na direção na história adaptada do mundo de Stan Lee, por Christopher Markus e Stephen McFeely. E a impressão que fica é que eles não querem nem saber se o público é leigo ou não; por essa razão, seria razoável os espectadores mais distantes do universo Marvel assistir aos dois episódios anteriores. Mesmo porque a quantidade de personagens é absurdamente gigante, ficando de fora apenas o Arqueiro e o Homem Formiga.

 Falando na história, o grande vilão aqui é Thanos que almeja conquistar uma coleção de seis poderes diferentes entre si, que o tornará poderoso e acabará com metade da população na Terra. Para isso, os vingadores se unem para combatê-lo, incluindo so guardiões da galáxia, e a turma do Pantera Negra.

 Honestamente, esse episódio acaba sendo o mais entediante dos três, e também o mais longo. Creio que isso acontece pelo fato de boa parte das cenas ser ambientada em território intergaláctico, tornando o filme mais próximo da ficção científica, o que não é comum na série. Mas o interese e o ritmo vão melhorando no decorrer do desenvolvimento, e não podemos esquecer dos bons instantes de alívio cômico, o que deixa o entretenimento mais suave, e com direito a uma sessão cinematográfica de nostalgia com as citações dos clássicos filmes dos anos 80, feitas pelo Homem Aranha.

 Quanto ao elenco e seus respectivos personagens, essa é a parte mais complexa, pois com um número gigantesco de protagonistas, nem todos se destacam. Devo mencionar que o vilão personalizado por Josh Brolin é o melhor do filme: temível, impiedoso e o mais indestrútive entre todos. Entre os heróis, a protagonista é mesmo a Gamora de Zoe Saldana, dos guardiões da galáxia, que tem uma relação afetiva de paternidade com o vilão; ela é o núcleo da história, bem amparada por Chris Pratt (também fazendo gracinhas), o que deixa o público que ainda nãoa assistiu "Guardiões da Galáxia", como eu, meio sem chão.

 Entre nossos populares heróis,  Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Chris Hemsworth (Thor), Elizabeth Olsen (Feiticeira), Paul Bettany (Vision) e Benedict Cumberbatch (Dr. Estranho) levam a melhor, além do já mencionado "palhaço" Homem Aranha, vivido pelo fraquinho Tom Holland. Por outro lado, Mark Ruffalo (com um Hulk bem ausente), Chris Evans (sem o uniforme de Capitão América) e Scarlett Johansson (sempre bela Viúva Negra) estão desperdiçados e sem grandes momentos. A turma do Pantera Negra, vivido por Chadwick Boseman, dá uma força também. O "dúbio" Loki de Tom Hiddleston tem uma participação interessante no começo, mas logo desaparece. E pra fehcar o elenco estelar, diversos atores que participaram das franquias individuais de cada herói, revivem seus personagens, como é o caso de Don Cheadle, Karen Gillan, Anthony Mackie, Sebastian Stan, Idris Elba, Danai Gurira, Peter Dinklage, Benedict Wong, Dave Bautista, Gwyneth Paltrow, William Hurt, Letitia Wright, as vozes de Bradley Cooper e Vin Diesel, além de cena pós crédito com Samuel L. Jackson e Cobie Smulders.

 É óbvio falar da excepcional competência técnica, garantia necessária para a diversão, mas não se pode deixar de mencionar, mesmo porque quem já viu não cansa de fazer spoiler, que a conclusão desagrada praticamente a todos, incluindo a cena já mencionada pós créditos, e que os fãs já estão contando os segundos para assistir a sequência desse "inacabável" filme. Enfim, nesse ponto, a expectativa aumenta ainda mais os méritos dessa superprodução, pois foi realmente a aventura mais fraca dos queridos heróis da Marvel. Em todo caso, não deixaremos de acompanhar tudo sobre o próximo filme, provavelmente no ano que vem. Abraços!

TRAILER: