domingo, 29 de julho de 2018

Missão Impossível: Efeito Fallout

 Quem diria que a série "Missão Impossível" iria ter vida longa no cinema! Este já é o sexto episódio, e o bacana é que tecnicamente um vai sempre superando o outro, além de todos serem grandes espetáculos visuais para se ver na tela grande.

 A direção de Christopher McQuarrie no episódio anteior, "Nação Secreta",deu certo e ele assumiu mais essa agitada aventura, além de ser autor do roteiro, sempre se inspirando na popular série de tv da década de 60, criada por Bruce Geller.

 Sem dúvida, o que torna a série mais complexa, sobretudo essa sequência, é o roteiro extremamente confuso, em que as missões impossíveis são acompanhadas de ordens complicadas e surreais mesmo. Aqui, o agente Ethan Hunt precisa recuperar uma pulseira de plutônio, ou coisa parecida, e deter um perigoso vilão, Solomon Lane (visto em "Nação Secreta") e entregá-lo para uma quadrilha, chefiada pela Viúva Branca, que querem a cabeça dele. Assim, Hunt e sua turma embarcam para missões perigosíssimas.

 O legal da série é que ela não cansa nunca. Mesmo as cenas de perseguições e explosões se assemelharem a tantos outros filmes, são sempre dinâmicas, bem elaboradas e prendem a atenção. Aqui, nem mesmo a duração excessiva (duas horas e meia) atrapalha a diversão. As locações turísticas dessa vez são Paris, Londres e Caxemira, que prometem situações eletrizantes. No começo, já há uma sequência de salto de helicóptero com para-quedas surpreendente. De qualquer forma, é bom admitir que a melhor sequência no quesito ação é mesmo a quarta parte, cujo subtítulo é "Protocolo Fantasma".

 Vamos ao elenco. Tom Cruise já prometeu que esse é seu último filme de ação, principalmente pelo fato de ter se machucado para valer, já que sempre dispensa dublês. Além disso já está sentindo o peso da idade também. Ving Rhames e Simon Pegg, os habituais parceiros, dão um jeito no alívio cômico. A bela sueca Rebecca Ferguson, também de "Nação Secreta", está em boa forma e garante bons momentos de impacto. Alec Baldwin também retorna representando a autoridade do agente Hunt. A novidades estão por conta da presença de um novo parceiro vivido pelo canastrão Henry Cavill, outra autoridade governamental vivida pela ótima Angela Bassett, a jovem Vanessa Kirby como vilã, outro reotno, o do vilão do episódio anterior, Sean Harris e também retorna Michelle Monaghan, como a ex-esposa de Hunt.

 O espetáculo é garantido, e cria uma expectativa de "quero mais", um possível novo episódio, mesmo sem Tom Cruise (será????). Só não entendi muito bem, no fim, a lógica da personagem de Angela Bassett, mas nada estraga o prazer de se apreciar um blockbuster eficiente, divertido e eletrizante. Recomendo.

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domingo, 22 de julho de 2018

Jurassic World: Reino Ameaçado

 Três anos após o início de uma nova safra sobre uma franquia de enorme sucesso que estreou em 1993, "Jurassic Park", comandado por ninguém mais ninguém menos que Steven Spielberg, surge essa sequência, que ganha novo diretor , o espanhol J.A. Boyona (de "O Orfanato" e "O Impossível"), e conta com o cineasta do anterior, Colin Trevorrow, no roteiro, junto com Derek Connolly.

 Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) é convidada para retornar à ilha Nublar para salvar os dinossauros de um vulcão que está prestes a entrar em erupção. Organiza sua equipe e convence Owen Grady (Chris Pratt) a retornar também. Mas há uma conspiração por parte de quem a convidou, Eli Mills (Rafe Spall), que pretende leiloar os dinossauros e se tornar milionário. Entretanto, novas e aterrorizantes raças de dinossauros estão lá para acabar com tudo e todos, e podem estragar os planos do vilão.

 Quando o primeiro Jurassic World estreou (sempre nos créditos consta o nome do autor do livro original, Michael Crichton, embora a adaptação mesmo é a do filme de 1993), fez um razoável sucesso, contando uma história empolgante, divertida, assustadora e repleta de sequências de ação e suspense. Aqui, contudo, tudo é previsível, cansativo, e sem maiores surpresas. O casal central que retorna, Pratt e Dallas Howard, está mais apáticos. Alguns críticos acharam que essa nova produção está bem próixima do gênero terror, especialidade do diretor. No entanto, o Jurassic Park 3 parecia muito mais terror do que esse. As sequências finais, com os vilões sendo devorados pelos dinossauros, trazem mais entusiasmo para a narrativa. Mas, de forma geral, esse aqui ficou abaixo das expectativas (nem mesmo o show de efeitos visuais e sonoros me convenceu).

 No elenco, além dos heróis, Rafe Spall faz um vilão nada memorável, Jeff Goldblum (que atuou em Jurassic Park 1 e 2) retorna numa participação no mesmo papel, na cena inicial e na final, mas sem grandes chances, o veterano James Cromwell faz o novo proprietário do parque (faz lembrar Richard Attenborough na safra anterior), Toby Jones faz o vilão nanico, a veterana Geraldine Chaplin está num papel que é rapidamente esquecido, há uma criança chata feita por uma certa Isabella Sermon (aliás, todas as crianças de qualquer filme Jurassic são chatas) e há também uma dupla de coadjuvantes que auxiliam o casal central, e servem como alívio cômico (mas sem sucesso), interpretada por dois rostos novos, Justice Smith e Daniella Pineda.

 Enfim, sabe-se que o Jurassic World 3 está em pré produção e vai estrear em 2021, novamente com Trevorrow (do primeiro) na direção, e também Chris Pratt e Bryce Dallas Howard de novo no elenco. Espera-se que tenha mais criatividade na história e cenas de ação mais ousadas, pois esse aqui é daqueles entretenimentos que caem facilmente no esquecimento. Abraços!

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