terça-feira, 24 de março de 2009

Dia dos Namorados Macabro - 3D

O filme mais recente que assisitmos no cinema do Shopping Santana é essa refilmagem de um filme de terror de 1981. Poucos conhecem, o filme não fez sucesso e essa refilmagem foi uma total bobagem! Por que fui assistir a um filme desses deve ser a pergunta dos meus fiéis leitores. Na verdade, eu queria ver uma produção bem alienada mesmo, um filme capenga pra me divertir e me desestressar dos serviços da escola, que eu e Gisele levamos para a casa. Ela, aliás, quis ter a oportunidade de ver um filme em 3d, mas caiu do cavalo. Afinal, o cinema do shopping santana não possui essa tecnologia, nem óculos especiais ganhamos. Enfim...

Talvez eu seja um dos raros mortais que conhece a produção original, dirigida por George Mihalka. E admito que até gostei, pois o clima era bem anos 80, e até os atores capengas e descohecidos eram interessantes. Nessa refilmagem, o vilão continua imitando o Darth Vader, com aquela roupa de mineiro (não me refiro a quem nasceu no estado de Minas, e sim aos trabalhadores de minério de ferro). Mas a história toma rumos diferentes. Tom (Jensen Ackles) retorna à cidade Harmony, após ter sobrevivido a um massacre brutal numa mina, praticado pelo psicopata Harry Warden. Nesse mesmo instante, novos assassinatos surgem na cidade, em pleno dia dos namorados. Conta com a ajuda do xerife Axel (Kerr Smith), e da antiga namorada Sarah (Jaime King), agora casada com Axel, para desvendar os crimes.

Enfim, terror banal, repleto de clichês, com final-surpresa, mas que não supreende em nada. O original, que já era fraco, mantinha o interesse pelo clima anos 80 e por seguir uma narrativa totalmente diferente dessa. Os diversos pacotes de chocolate, em forma de coração, que envolviam a trama original, fazem falta aqui. Eu só não me decepcionei porque não esperava nada de bom mesmo. Mas que saudades eu tenho da minha infância, e dos dias em que eu ia nas vídeo-locadoras com minha mãe, e alugava filmes de terror dos anos 80. O original Dia dos Namorados Macabro, apesar de banal, tinha seu estilo. E pra mim, hoje é bem nostálgico. Mas fujam dessa refilmagem. Até!

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sábado, 21 de março de 2009

Quem Quer Ser Um Milionário?

No mesmo shopping, após O Menino da Porteira, assitimos a essa belíssima película de um dos cineastas mais originais de todos os tempos, Danny Boyle ("Cova Rasa", Trainspotting - Sem Limites", "A Praia"). Eu quis assiti-lo apenas por curiosidade, afinal arrebatou diversos prêmios, inclusive 10 Oscar. Tais premiações são devidas, o filme é um espetáculo.

Sem contar com nenhum astro no elenco, Boyle contou uma história eletrizante, divertida, dramática, surpreendente... Enfim, um enredo que interessa a todos os gostos, tanto os amantes de filmes de artes, como o público de massas se envolvem facilmente com o filme. O fato mais curioso é que o roteiro de Simon Blaufoy (adaptado do livro de Vikas Swarup) é baseado em fatos reais.

A trama se passa na Índia da atualidade, em um programa de perguntas e respostas (bem ao estilo do Show do Milhão do Sílvio Santos). Um rapaz pobre de 18 anos, que trabalha numa central de call center como ajudante de limpeza, acaba tendo a felicidade de participar desse programa, um verdadeiro campeão de audiência em todo o país. O que surpreende é o fato de que esse rapaz favelado e sem cultura, conseguiu acertar todas as perguntas que foram feitas, e conquistou um prêmio de 10 milhões. Antes de responder a última pergunta, que vale 20 milhões, o moço é entregue para as autoridades, já que os responsáveis pelo programa, acreditam que ele fez algum tipo de trapaça. E é na delegacia que esse jovem conta sua história, com o objetivo de provar sua inocência. Chama a atenção, o fato de que cada pergunta respondida por ele, tem associação com sua nada fácil vida...

Mais não digo para não estragar. Nunca saí das salas de cinema tão empolgado como dessa vez. O ponto alto do filme é a originalidade do roteiro, ao mostrar uma Índia totalmente longe dos esteriótipos que normalmente associamos com esse país (por exemplo, não me recordo de ter visto um elefante durante toda a projeção). Ao acompanhar a trajetória do protagonista, na infância, na adolescência e na atualidade, a câmera de Boyle registra os guetos da índia, a corrupção, as injustiças sociais, a marginalidade, e um aspecto urbano pouco conhecido daquele país: o excesso de favelas. Ou seja, tudo aquilo que você não encontra na novela de horário nobre da globo.

Os nomes mais famosos do filme são os de Dev Patel, que faz o protagonista, e de Freida Pinto, que interpreta a mulher amada do herói. Ambos se tornaram famosos pelo filme, e com certeza Freida filmará em Hollywood. Quanto a Patel é difícil dizer, já que não é nenhum galã (no entanto, não podemos nos esquecer que o feioso Adrien Brody é astro nos States...). E o elenco infantil é uma atração a parte.

A conclusão é espetacular e um alívio para os espectadores que se deixam envolver com a triste trajetória do herói. Concluindo, Quem Quer Ser Um Milionário?, ou o Cidade de Deus da índia, é o filme-pipoca mais artístico do ano, além de trazer uma grande aula de sociologia. Não deixem de assistir. Definitivamente, imperdível!

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O Menino da Porteira

Olá, estou de volta, depois de uma certa ausência. Tive problemas no meu computador, mas creio que isso brevemente será solucionado...

Já faz algumas semanas que eu e a minha esposa assistimos a esse filme que ela tanto quis ver, e eu a acompanhei (não tive escolha, rssss). Em todo caso, como eu gostei (e muito) de Dois Filhos de Francisco, resolvi encarar numa boa essa refilmagem de uma prdocução antiga, estrelada por Sérgio Reis e inspirada na canção tema interpretada pelo próprio Reis.

Quanto ao filme, o personagem título, o garoto Rodrigo, é interpretado pelo estreante João Pedro Carvalho. O que posso dizer sobre esse menino, é que ele realmente é cativante e encanta o público com seu jeitinho caipira de falar; certamente aparecerá em alguma novela da globo... Bom, mas a história é conhecida por todos, graças a popularidade da música. O menino Rodrigo adora observar os bois entrando e saindo pela porteira de uma fazenda controlada por um coronel ranzinza (José de Abreu). Além disso, faz amizade com o boiadeiro Diogo, a quem diz constantemente: "Toca o berrante seu moço!". Paralelo a isso, Diogo (interpretado pelo cantor sertanejo Daniel, que parece estar decidido a encarar outra área) se envolve emocionalmente com a enteada do coronel, feita por Vanessa Giácomo, e compra uma briga com o padrasto da moça, que explora os peões inescrupulosamente.

O filme não é de todo ruim, é até um passatempo interessante, mas facilmente esquecível. Daniel só abre mesmo a boca pra cantar diversas músicas (inclusive a canção título), e têm poucos diálogos em cena. O cineasta Jeremias Moreira (é o mesmo da filme anterior, e assina o roteiro junto com Carlos Nascimbeni) constrói personagens em excesso, que acabam sendo mal-desenvolvidos em filme com metragem curta como esse (como a solteirona feita por Rosi Campos, que serve como alívio cômico, mas que logo some). Outro momento desnecessário, foi o acréscimo de um "bang-bang" brega e bem maniqueísta, protagonizados por Daniel e Zé de Abreu, que acaba comprometendo o resultado final, o tornando menos trágico ao partir do pressuposto "Dente por dente, olho por olho". Creio não estar revelando nada, pois quem não viu o filme anterior, mas que pelo menos conhece o desfecho da canção, sabe que o final é triste.

Enfim, gostei mesmo pela presença do menininho, bastante carismático. Mas Daniel deveria permanecer na carreira de cantor apenas. Atenção para uma ponta do pai do cantor, que aparece em uma mesa de bar junto com colegas, ouvindo as canções de Daniel. No todo é até bonitinho, mas esquecível. O melhor foi o outro que assitimos no mesmo dia, e no mesmo (adivinhem...?) cinema do Shopping Parque Santana. Mas isso é assunto pra outra postagem. Até!

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domingo, 1 de março de 2009

Batman

( EUA 1989 ). Direção: Tim Burton. Com Michael Keaton, Jack Nicholson, Kim Basinger, Jack Palance, Robert Wuhl, Michael Gough, Pat Hingle, Billy Dee Williams, Tracey Walter, Jerry Hall. 126 min.



Sinopse: Batman precisa enfrentar o temível Coringa, que pretende envenenar toda a cidade e ficar rico. Enquanto isso, como Bruce Wayne, se envolve com a bela fotógrafa Vicky Vale, que tenta desvendar a identidade secreta de Batman.

Comentários: Finalmente a clássica história do homem-morcego, grande sucesso nos quadrinhos de Bob Kane, ganhou versão na tela grande, após sucesso em seriado de TV. E o filme não poderia ser melhor dirigido por outro cineasta, senão o excêntrico Tim Burton, que mais uma vez trabalhou com o ator Michael Keaton, no papel de Batman. Keaton é bom ator, mas os destaques vão sempre para o extrordinário Jack Nicholson, que aqui interpreta o vilão Jack Napier. A cena em que o personagem se transforma no Coringa, após cair num caldeirão de ácido, é diabolicamente perfeita. A maquiagem de Nicholson, aliás, na composição do vilão é convincente e marcante. A direção de arte, ganhadora do Oscar, é espetacular, o que demonstra a criatividade dos responsáveis, na criação da Gothan City sombria e sinistra. O filme começa sério, com Batman derrotando criminosos, e apresenta ao público a quadrilha chefiada pelo veterano Jack Palance (na qual Nicholson está incluso) e seus planos inescrupulosos. Em seguida, os elementos bizarros, constantes em filmes de Burton, vão surgindo após a transformação do Coringa, que se torna um vilão assustador e cheio de truques mortais (mas bastante divertido e sarcástico também). O roteiro de Sam Hann e Warren Skaren não esclarece as origens do homem-morcego, e concentra-se no instante em que o herói já é adulto e combate os crimes, tendo sua identidade reconhecida apenas pelo fiel mordomo Alfred (Michael Gough). No elenco, há ainda a presença encantadora de Kim Basinger, no papel da repórter Vicky Vale, e que serve de interesse romântico. Apesar da fotografia um tanto escurecida, Batman apresenta bons efeitos especiais nas cenas de ação e diverte bastante. Enfim, eficiente direção de Tim Burton e atuação empolgada de Jack Nicholson ajudam a manter o interesse. Até o momento, existem cinco seqüências sobre a saga do homem-morcego.

Por que gravei o filme: Gosto do filme desde criança, por razões óbvias. Afinal, Batman é um dos heróis dos quadrinhos mais populares dentro do universo infantil. E ele ganha um tratamento diferente e especial, quando conduzido por Tim Burton, um cineasta com estilo próprio e ousado. Menciono mais uma vez a carismática atuação de Jack Nicholson na composição de um dos maiores vilões dentre todos os filmes da série. Além disso, o clima sombrio e divertido da fita prende a atenção. Uma das cenas que eu mais gosto, é aquela em que o Coringa e seus capangas invadem um museu, e encenam um número musical. Enfim, Batman foi um grande sucesso merecido. Gravado na HBO Plus.