sábado, 29 de junho de 2019

Aladdin

 A nova moda do momento em Hollywood é a de refilmar clássicas animações Disney em versões de carne e osso. Foi o que sucedeu com "Cinderella", "A Bela e a Fera", "Dumbo", em breve com "O Rei Leão", e agora este "Aladdin".

 A novidade é que o filme é assinado pelo inglês Guy Ritchie (também autor do roteiro, ao lado de John August), um diretor que tornou-se comercial com "Sherlock Holmes", mas que sempre é lembrado pelos seus trabalhos cults (como "Jogos, Trapacas e Dois Canos Funegantes"). Dessa vez, aventura-se pelo mundo Disney, e apresenta uma produção luxuosa e deslumbrante em todos os sentidos: fotografia, direção de arte, figurinos, efeitos especiais e sonoros. Ou seja, cinemão-pipoca de qualidade para se ver na tela.

 A história não é desconhecida por ninguém. Aladdin é um pobbre rapaz que vive pelas periferias do Egito, com seu macaquinho de estimação. Como um "Robin Hood" do oriente, ele rouba dos ricos, para ajudar os mais necessitados, embora faça isso mais por puro prazer juvenil. Se encanta com a bela princesa Jasmine, mas terá problemas com um pretendente dela, o inescrupuloso Jafar. Mas, ao encontrar uma lâmpada velha, descobre ser ela mágica, e acaba evocando o gênio que a tem por moradia, que lhe concede três desejos. Aladdin precisa pensar bem sobre o que realmente necessita.

 Todo mundo já sabe o que irá encontrar na história, mesmo porque o desenho animado de 1992 foi um estrondoso sucesso. Há batalhas entre o mocinho e o vilão, muita emoção na viagem em cima do tapete mágico (um coadjuvante alívio-cômico) e muitas canções interpretadas pelas personagens. Isso, talvez, canse o público, que pode ter uma recepção fria, mesmo com todo o padrão classe A da produção. Entretanto, o humor é bem utilizado na figura que rouba a cena, o gênio, interpretado pelo único astro de peso no filme, Will Smith, engraçado na medida certa. Os demais atores são pouco conhecidos: Mena Massoud (Aladdin), Naomi Scott (princesa Jasmine), Marwan Kenzari (vilão Jafar), Navid Negahban (o sultão, pai de Jasmine) e Nasim Pedrad (interesse romântico do gênio).

 Enfim, um filme família, típico para esse início de férias escolares. Mas, apesar do belíssimo aspecto visual, não deixa marcas; facilmente esquecível. Mais uma vez, vale para gargalhar com a performance de Will Smith. Abraços.

TRAILER: