sábado, 27 de julho de 2019

O Rei Leão

 Nesse fim de férias, um dos mais queridos e populares protagonistas dos estúdios Disney, que encantou e emocionou todos os públicos do mundo na década de 90, ganhou sua versão carne e osso na tela grande. E, evidentemente, as bilheterias lotaram facilmente.

 Nessa versão, embora não seja animação, não há seres humanos em cena, e sim os famosos animais da produção de 1994, que são dublados por um elenco estelar. Quem comanda o espetáculo visual dessa vez é o também ator Jon Favreau, que dirigiu os dois primeiros episódios de "Homem de Ferro", enquanto o roteiro é assinado por Jeff Nathanson, que reorganizou a história original de 1994.

 É difícil existir alguém que não saiba do que se trata o filme, porém, vamos lá: Nasce o pequeno Simba, filho dos leões Scar e Sarabi, que tem a missão de substituir o pai na liderança entre os animais. Contudo, seu tio, o inescrupuloso Mufasa, arma um plano diabólico para derrotar Scar e Simba, e cobiçar o trono. Mas Simba sobrevive, e vai para o outro lado da floresta, onde é amparado pela dupla atrapalhada Timon e Pumbaa. Porém, retorna para o seu habitat original, ao descobrir que todos correm risco de vida nas mãos de Mufasa, sobretudo sua mãe, e sua amada Nala.

 O melhor da fita está na exuberane fotografia, que apresenta belíssimas paisagens da natureza africana, qualificando a excepcional arte da produção. Porém, fora isso, o interesse somente é mantido por quem ainda não assistiu ao original de 1994 (se é que existe alguém que ainda não viu). Em 1998, o diretor Gus Van Sant foi duramente criticado por ter feito um remake colorido de "Psicose", do grande Hitchcock, por ter refeito cena por cena, sem inovar. É o mesmo que Favreau faz aqui: cena por cena do desenho foi recriada com os animais de carne e osso, que mais parecem os protagonistas de algum programa do popular canal a cabo "Animal Planet". Por essa razão, apesar de toda a exuberância da paisagem, o filme é lento, cansativo, óbvio, nada especial. Todas as músicas reaparecem, inclusive o enjoativo hit do Timon e Pumbaa.

 Dessa vez, o elenco principal que empresta as vozes para os simpáticos personagens é black, com Donald Glover vivendo Simba, a cantora Beyoncé vivendo Nala, Chiwetel Ejiofor e Alfre Woodard como os pais de Simba, e James Earl Jones como o vilão Mufasa (curiosamente, o próprio fez o mesmo personagem na versão animada). Os comediantes Seth Rogen e Billy Eichner emprestam as vozes para Pumbaa e Timon, respectivamente. Contudo, de nada adianta saber disso, se você assistir a versão dublada, que predomina em nossas salas.

 Enfim, os amantes de O Rei Leão aprovaram essa versão, alguns até choraram, já que a história é de fato muito bonita. Eu, por outro lado, mesmo reconhecendo a eficiência técnica, achei desnecessário. Mas acredito que a criançada vai curtir... Abraços!

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sábado, 6 de julho de 2019

Annabelle 3: De Volta Para Casa

 O tempo está mesmo passando depressa! Parece que o primeiro Annabelle (2014) foi feito ontem, e agora a franquia já está na terceira parte. O primeiro dividiu opiniões entre fãs do gênero, mas o segundo fez muito mais sucesso. Agora a boneca demoníaca do momento protagoniza mais uma aventura horripilante.

 O roteirista Gary Dauberman, que escreveu os dois episódios anteriores, estreia na direção, e obviamente assume mais uma vez o roteiro. O bacana é que dessa vez há participação dos populares personagens protagonistas de "Invocação do Mal", o casal de parapsicólogos Warren, Ed e Lorraine. Interessante, pois a boneca Annabelle apareceu pela primeira vez na tela no início de Invocação, em um quarto secreto na casa do casal.

 Na verdade, a história começa a partir do instante em que Annabelle é trancada pelos Warren a sete chaves, por ser considerada um objeto perigosíssimo, repleto de influências demoníacas. Contudo, quando o casal se ausenta para um evento, e deixa a filha aos cuidados da babá, os problemas começam. Afinal, a curiosa melhor amiga da babá, consegue entrar no quarto secreto e liberta Annabelle. Assim, as três garotas passarão por sérios apuros, já que forças demoníacas almejam as almas delas.

 O ritmo de terror é bastante envolvente nessa sequência, o que resulta em cenas impactantes e assustadoras. Claro, sem abrir mão dos habituais clichês, com cenas silenciosas de suspense, que assustam o espectador com o surgimento escandaloso do mal, repentinamente. A reconstiuição de época e os figurinos típicos da década de 70 também são convincentes.

 No elenco, os intérpretes dos Warren, Patrick Wilson e Vera Farmiga, retornam em seus papéis populares de Invocação, mas não são os protagonistas aqui. Ganham a cena no início, e depois no fim, mas as protagonistas são as garotas McKenna Grace (a filha), Madison Iseman (a babá) e Katie Sarife (a melhor amiga). Há alguns momentos de alívio cômico, quando o atrapalhado interesse romântico da babá, interpretado por um ator chamado Michael Cimino (que não tem relação com o famosos diretor já morto, de mesmo nome), surge em cena, o que acaba prejudicando um pouco o ritmo. Em todo caso, no contexto geral, os sustos são eficientes para provocar na plateia instantes de medo.

 Eu ainda prefiro o episódio anterior, mas acredito que o público irá aprovar essa sequência que, talvez, possa gerar novos frutos. Para um final de tarde de inverno, o entretenimento vale a pena. Abraços!

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