sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para não dizer que não refleti sobre as coisas da vida

Há algum espaço de tempo, umas 23:30, minha esposa Gisele não aguentou de sono, e capotou! Nunca vi Gisele assim, tive que praticamente arrastá-la para cama. Mal chegou, ela já estava nos roncos. Uma pena! Não terminamos de assistir aquilo que assitíamos: o penúltimo episódio da série "Lost", 3ª temporada. Esse episódio me fez refletir um pouco sobre as coisas. Vou dizer detalhes, e se a Gisele não assistir a esse episódio antes, saberá de alguns segredos...

O personagem Jack (Matthew Fox) não está mais na ilha, mas a ação ainda se concentra nesse espaço. Portanto, quando vemos Jack na ilha, se trata de um flash-foward da personagem, que agora no presente, fora da ilha, se lembra do tempo em que ainda estava habitando ela. O que chama a atenção é que o personagem está amargurado com a vida, e anseia voltar para a ilha, ironicamente, o local que outrora ele queria, a todo custo, se ver livre.

Por que isso acontece com Jack? Porque a vida cotidiana não lhe interessa mais: tornou-se alcoólatra, descuidou a aparência, foi abandonado pela esposa... Na ilha, ele se sentia importante, era respeitado por todos, e criou laço de afetividade com diversas pessoas. Lá, ele estava longe do lar; no entato, estava cercado de bons amigos.

Quase no fim do episódio, refleti sobre as coisas que fiz hoje. Sobretudo, conversei com quatro amigos no MSN (não citarei o nome de nenhum, me reservo nesse direito). O primeiro deles foi meu antigo melhor amigo de infância, e que não vejo há muito tempo. Conversamos sobre coisas que dois amigos que há muito tempo não se vêem conversam: como está, tudo bem, o que tá fazendo, casou quando, viajou, e seus pais, irmãos, algumas brincadeiras pra descontrair, etc. Isso me fez lembrar da boa e velha infância. Conversei também com outro amigo que gosto muito, e que normalmente falamos muitas bobagens e damos muitas risadas. Hoje, contudo, falamos sobre relacionamentos, e eu dei alguns conselhos pra ele. Isso me fez lembrar da minha época de namoro, e de alguns desentendimentos típicos que todo casal tem...

Os dois últimos com quem conversei, os considero grandes caras, melhores amigos, irmãos verdadeiros. Um deles, não conheço a muito tempo, mas isso não tem importância para caracterizá-lo como meu grande amigo, já que o caráter (qualidade) é muito mais significativo que o tempo (quantidade). Sinto que o conheço há anos, estamos sempre coversando, o vejo com muita frequência, e normalmente falamos sobre qualquer coisa. Hoje, dentre outras coisas, fiz uma brincadeira sobre confiança, referente a algo novo que surgiu na minha vida. Foi uma brincadeira, que me fez refletir: "Você confia em mim como eu confio em você?" "XD" foi a resposta, afinal, estávamos brincando. Depois, o chamei de bobão, enfim coisa assim. Mas refleti sobre a importância do verbo confiar. Ele não é típico para ser usado a qualquer momento, há muito perigo atrás de diversas máscaras da vida. Enfim, confio muito nesse meu irmão. Outro grande brother, que conheço a mais tempo, foi o último com quem conversei hoje. Não o vejo sempre, mas trata-se de alguém que sempre está presente na minha vida. Falamos sobre diversos assuntos: vida, relacionamento, cotidiano, enfim, filosofamos muito. Enfim, um grande companheiro que me acompahou nessa incansável insônia. A partir de nossa conversa, decidi que iria escrever isso tudo que escrevi. Essas conversas foram muito importantes para o meu dia hoje.

Soma-se a isso tudo, o novo que surgiu na minha vida, leitura de Saramago, a morte do meu pai, as batalhas profissionais, as horas mal-dormidas, o stress e o nervosismo com o ritmo, a agitação da cidade, a responsabilidade de homem casado... Enfim, coisas boas e más que, se algum dia vir a perder (até as más) sentirei falta, sem dúvida! Por isso, preservo muito todos os tesouros que tenho, e todas as pessoas que amo.

Preservo, principalmente, minha melhor amiga que dorme agora, enquanto escrevo. Gisele é e será minha companheira eterna. E o melhor amigo, de fato, merece ser citado: é Deus, que me dá força, sabedoria, tranquilidade, otimismo e segurança em todos os meus afazeres. Espero, por fim, nunca passar pela nostalgia de Jack. Creio que tudo aquilo que valorizo, está bem próximo de mim, e pretendo conservar todas essas preciosidades. Bom fim de semana a todos!

A seguir, a cena final da 3ª temporada de Lost (dublado em espanhol). Nessa cena, nos deparamos com o desespero de Jack, que deseja sofrer mais um acidente de avião, com intuito de se perder na ilha e ser feliz. Vale a pena ver:

Um comentário:

Leandro Souza disse...

Amado irmão.
Belíssimo texto! Sem dúvida alguma, estas palavras transcendem o mundo.
Sabe, sou muito grato a Deus por ter você um grande amigo como vocÊ em minha vida Robson. Você é demais cara!
Sobre a vida, o cotidiano, as coisas em geral, só posso dizer isto: a beleza da vida, das pessoas, dos seres de Deus, tudo é belo. Certamente algumas coisas machucam, porém, podemos ver a beleza em algumas coisas.
Meu caro.
Fique com o Altíssimo.
Abraços.