sábado, 13 de março de 2010

Idas e Vindas do Amor

Sábado passado foi um dia excelente pra ir ao cinema: uma tarde bem típica de inverno, em pleno verão. Até que num clima desses, uma comédia romântica cai muito bem. E o título acima, eu e minha esposa assistimos no habitual Santana Park Shopping. Quanto ao filme? Obviamente previsível, mas nunca deixa de ser um passatempo atraente, sobretudo por conta do elenco estelar.

Nunca escondi que gosto de filmes com diversas histórias paralelas; normalmente, aprecio tramas mais dramáticas, como Short Cuts - Cenas da Vida, de Robert Altman; Magnólia, de Paul Thomas Anderson; e Bobby, do ator Emílio Estevez, só pra citar alguns; Mas, a referência óbvia desse filme, é a comédia inglesa Simplesmente Amor, também com grandes nomes em seu elenco, e que se saiu melhor. Na verdade, o que faltou em Idas e Vindas do Amor foram cenas mais cômicas e divertidas. Ainda assim, é um filme leve e agradável, mais amado pelas mulheres (mas não aborrece os homens), e dirigido pelo especialista do gênero, Garry Marshall (de Uma Linda Mulher), e roteirizado por Katherine Fugate.

Qual a sinopse? Bom, no dia dos namorados ( o Valentine´s Day, do título original ), várias tramas paralelas de casais apaixonados, ansiosos e envolvidos com encontros, desencontros e vários obstáculos na Los Angeles da atualidade. Nesse cenário, temos o dono de uma floricultura, Ashton Kutcher, tremendamente feliz, pois sua noiva Jessica Alba aceitou seu pedido de casamento; a professora Jennifer Garner, feliz da vida com o novo namorado Patrick Dempsey; o casal de velhinhos Hector Elizondo e Shirley MacLaine, comemorando anos e anos de casamento, e por aí vai... Claro que não é tudo bonitinho assim, pois obstáculos, traições e reviravoltas tomam conta da vida de todas as personagens.

Não há, portanto, um protagonista, pois muitas personagens se destacam (algumas, nem tanto). A estrela Julia Roberts, por exemplo, aparece como uma tenente que divide o acento do avião com um ricaço; o novo galã das meninas, Taylor Lautner, está feioso e despercebido como um adolescente atleta e meio bobão. Gosto particularmente dos papéis curiosos das atrizes Anne Hathaway, que interpreta uma atendente de tele-sexo, e que trabalha com o celular em qualquer horário e local, e Jessica Biel, que faz uma mulher que promove um encontro com todos aqueles que, como ela, odeiam o dia dos namorados. Entretanto, ao meu ver, o casal central acaba sendo Ashton Kutcher e Jennifer Garner, que embora apenas amigos, têm destino altamente previsível. Previsibilidade, aliás, é a palavra para o filme. Apesar de algumas reviravoltas interessantes, é daqueles filmes que todos sabem como deve terminar; por isso, não é nada especial, mas entretém.

Enfim, indico a película para os casais românticos e apaixonados. Ainda prefiro Simplesmente Amor, mas Marshall é especialista em tramas sobre casais apaixonados. Agora, estou de saída: assistirei Ilha do Medo, de Martin Scorsese. Um grande abraço a todos.

TRAILER:



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