sábado, 21 de abril de 2012

Espelho, Espelho Meu

Não posso usar como desculpa o fato de eu ser casado com uma adoradora de contos de fada, e por esse motivo ter assistido ao filme do título. Na verdade, eu me interessei por Espelho, Espelho Meu ao saber que se tratava de uma versão bem humorada do clássico infantil Branca de Neve e os Sete Anões. E, realmente, o diretor Tarsem Singh ( de Imortais ) e a dupla de roteiristas ( Jason Keller e Melisa Wallack ) não deixaram a peteca cair.

 A ação é centralizada na personagem da rainha má, e por conta disso, a escolha para o papel não poderia ser melhor: a estrela Julia Roberts. Bom, todos sabem sobre a sinopse. A garota Branca de Neve, feita por Lilly Collins, de "Sem Saída", e que parece ter nascido para interpretá-la, sofre os maus-tratos da madrasta, após perder seu pai. A madrasta por sua vez, movida pela inveja, não mede esforços para permanecer sempre atraente ( e detalhe, os artifícios que ela usa para tanto são no mínimo espantosos, para não dizer nojentos!). Resolve se casar novamente, e a escolha é um príncipe nada típico do cavalheiro nobre dos contos de fadas (feito por Armie Hammer, de "J. Edgar"). Mas, Branca de Neve torna-se um empecilho para a rainha, pois além do espelho insistir em afirmar da superioridade estética da beleza que a garota tem, ao compará-la com a madrasta, esta resolve.... adivinhem? sim, matá-la! Assim, Branca de Neve foge e, adivinhem quem ela encontra???? Sim, os sete anões. Entretanto, aqui eles não são trabalhadores honestos, mas sim, sete malandros que vivem de roubos e assaltos. E a história vai seguindo, até chegarmos no típico final feliz que todos conhecemos.

Admito que me diverti com as situações satíricas do filme, bem diferentes do universo clássico dos irmãos Grimm, e que foi infantilizado por Disney. Pra começar, os sete anões têm nomes e características diferentes daquelas conhecidas por nós ( e todos os atores são bons e interessantes ); e as caracterizações da Branca de Neve, do príncipe e da madrasta tornam o filme mais ágil, divertido e, às vezes, inesperado ( a maçã não é esquecida, e ganha uma atenção especial e diferente no final ). No elenco, ainda temos o comediante Nathan Lane, como o criado de confiança da rainha, e que se mostra incapaz de matar a princesa ( aliás, ele e Julia são os responsáveis pelas falas mais cômicas ); Sean Bean como o pai de Branca, e Mare Winningham como uma das empregadas do castelo. Mare, aliás uma ex-estrela teen dos anos 80, muito sumida das telas, ressurge bem envelhecida e sem aquele rostinho de bebê que tanto a caracterizou. Sinal dos tempos...

Enfim... não há muito o que dizer. Não é a grande película do ano, e o filme nem tem essa pretensão, mas dá para se divertir bastante com essa espécie de sátira das versões anteriores. Além do mais, é sempre agradável rever Julia Roberts na tela grande. Aguardo, agora, a estreia da nova versão de Branca de Neve, dessa vez mais séria e ousada, com Charlize Theron (madrasta) e Kristen Stewart (Branca de Neve). Nesse caso, vai ficar muito difícil Kristen convencer que é mais bela que Charlize. Mas, aí já é papo para outra postagem, hehehehehe... Até mais!!!!!

TRAILER:



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