domingo, 7 de julho de 2013

Guerra Mundial Z

 Em épocas de "The Walking Dead", pode-se dizer que os zumbis estão na moda. E por isso, não perdi tempo e fui conferir essa superprodução nos cinemas, depois de uma longa ausência em que fiquei apenas assistindo aos filmes fazendo download aqui em casa. E eu não poderia ter tido um retorno melhor, pois trata-se de um blockbuster de primeira linha, talvez o melhor do ano. 

 Admito que eu mesmo estava aguardando o velho clichê em que um grupo de pessoas se une para lutar contra assustadores mortos-vivos! Afinal, é isso que agrada espectadores assíduos que acompanharam os clássicos de George A. Romero, e que acompanham o sucesso televisivo de The Walkind Dead. Felizmente, isso não sucede, e temos aqui, o filme mais original até o momento sobre o tema.

 O diretor Marc Forster ("Em Busca da Terra do Nunca", "O Caçador de Pipas") e o time de roteiristas (Matthew Michael Carnaham, Drew Godard, Damon Lindelof) resolveram concentrar a ação em um personagem central, ao invés de centralizar um grupo de pessoas como em vários filmes. Esse personagem é Gerry Lane, representante da ONU, que tem a missão de descobrir o que fez com que o mundo todo sofresse uma terrível pandemia, em que diversos zumbis começam a atacar os seres humanos, por toda parte do planeta.. Os sobreviventes se refugiam em um navio controlado pelo exército da marinha, incluindo a esposa e as filhas do herói. E ele tem um determinado prazo para conseguir encontrar uma solução! Caso contrário, sua família será deposta do navio, que se encontra superpopulado. Então, Gerry terá que lutar contra o tempo.

 Talvez a sinopse não demonstre o grande espetáculo que o filme é. Trata-se de uma mistura perfeita de ação e terror, que não desagrada o público de nenhum desses gêneros. Aliás, até mesmo quem não gosta de terror, terá uma tendência forte a gostar desse que é o filme mais caro sobre o tema feito em Hollywood. Os efeitos especiais, a direção de arte, a fotografia, enfim, tudo se encaixa adequadamente. Há muitas cenas de suspense, que realmente, são de tirar o fôlego, sobretudo, no instante em que o herói está em Israel, onde um muro muito alto foi construído para salvar a população, dos sanguinários zumbis. Porém, nem esse muro consegue conter a fúria dos mortos vivos. Aliás, outro ponto interessante está na caracterização dos zumbis, que são extremamente velozes, e estão bem distantes daquele tipo de zumbi mole, caindo aos pedaços, típicos dos filmes de Romero. Outra coisa interessante: eles não atacam pessoas que já estão em estado terminal, tornando-as imunes à sua fúria (talvez eu tenha revelado demais aqui, hehehe).

 Quanto ao elenco, o mega astro Brad Pitt demonstra não se envergonhar da idade que já eixa marcas na pele (já está com 50 anos), nem nas olheiras, e dá a cara a tapa, se encaixando adequadamente na pele do herói. O demais atores são menos famosos. Temos o Matthew Fox, de Lost, o veterano David Morse, num papel pequeno, mas importante, uma moça que fez muito tv, e que tá começando carreira no cinema agora chamada Mireille Enos, como a esposa de Pitt. Mas, quem acaba roubando a cena é uma atriz israelense chamada Daniella Kertesz, que aparece em cena como uma militar de Israel como se fosse figurante. Inesperadamente, torna-se a co-estrela da fita, e ajuda o personagem de Pitt em muitas cenas de batalha (outra cena arrebatadora é a do ataque no avião).

 Enfim, assim como eu já havia dito sobre o mais recente filme da série Missão Impossível em 2011, hoje  digo o mesmo sobre Guerra Mundial Z: é o blockbuster do ano! ágil, inteligente, surpreendente, divertido. Claro, não temos aqui explicação sobre a origem da pandemia de zumbis (nesse aspecto, se assemelha com outros filmes dessa temática), mas deixa uma porta aberta para uma provável sequência, o que talvez não seja uma boa ideia, apesar de quase inevitável). Mas o ingresso vale, certamente. E vai uma dica: de segunda-feia, o valor é muito barato, até mesmo o 3D! Então, confiram! Abraços!

TRAILER:

Nenhum comentário: