terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Êxodo: Deuses e Reis

 Conferi no cinema essa que foi a penúltima produção que assisti no ano de 2014. Um filme típico para se estrear no fim do ano, trata-se de uma refilmagem do maior clássico do gênero de todos os tempos, "Os Dez Mandamentos", dessa vez a comando do cineasta Ridley Scott.
 
 Como se pode facilmente prever, trata-se de um blockbuster luxuoso, tecnicamente perfeito em todos os sentidos. Aqui, basicamente tem a história de Moisés, que acaba se tornando foragido e perde o seu status por ter sua origem de hebreu descoberta pelo imperador Ramsés. A partir de então, segue em sua missão dada por Deus em um sonho, de libertar todos os escravos hebreus no Egito.
 
 O roteiro, a cargo de um time composto por Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine e Steven Zaillian, diferente do clássico já mencionado de Cecil B. DeMille, é menos detalhado, e a projeção tem apenas duas horas e meia, bem diferente do original. E falando nisso, é melhor o público não estabelecer muitas comparações com o original para a frustração não ser imensa. Afinal, a cena mais popular, que entrou para a história do cinema, a divisão de águas promovida pelo cajado de Charlton Heston na produção de DeMille, não é a mesma daqui. A cena, repleta de lutas e batalhas é até boa, mas deixa a desejar para quem esperava algo semelhante. Ao menos, nesse aspecto, Scott foi original.
 
 Por outro lado, a sequência das sete pragas é espetacular e surpreende; sobretudo com a entrada em cena dos temíveis crocodilos. E,infelizmente, não há maiores novidades na história fora isso. No elenco, o astro Christian Bale interpreta Moisés com o profissionalismo de sempre; o mesmo não se pode dizer de Joel Edgerton (de "A Hora Mais Escura" e "O Grande Gatsby"), que é fraco e faz a plateia sentir saudade do original feito por Yul Brynner. Sigourney Weaver, musa de Scott, tem papel pequeno como a mãe do vilão. E o elenco é repleto de outras personalidades famosas: Ben Kingsley, John Turturro,Aaron Paul, Ben Mendelsohn, Ewen Bremmer, Tara Fitzgerald...
 
 Enfim, esta nova versão do famoso livro bíblico do velho testamento, concretiza-se como um espetacular blockbuster classe A; daqueles que, por conta da riqueza técnica, vale a pena ver na tela grande. Mas, sem ser um filme ruim, é, ao mesmo tempo, entediante em algumas sequências e um tanto previsível. Fica a dica... Abraços! 
 
 TRAILER:
 

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