sexta-feira, 26 de junho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

 Tenho assistido a muito blockbuster nos cinemas; e como a onda do momento é remake/sequência/nova franquia, acabei assistindo uma mistura de tudo isso com Jurassic World, dessa vez sem a mão de Spielberg na direção (ele é apenas o produtor executivo), que foi substituído pelo novato Colin Trevorrow (do pouco conhecido "Sem Segurança Nenhuma").

 Pode-se dizer que essa requintada e exuberante produção é caprichada em todos os detalhes, e torna-se um passatempo a la Hopi Hari acompanhar o filme. Ele chega a se assemelhar em muitos aspectos à produção original de 1993, e apresenta um parque bastante atraente e repleto de tecnologia.

 Ambientado no exuberante país Costa Rica, o parque temático recebe a visita de diversos turistas, com muitas atrações típicas da Disneylandia. No entanto, um dos dinossauros, após experiências genéticas, adquire sua própria inteligência, e solto, passa a ser uma ameaça para todos os habitantes do parque. Assim, o biólogo Owen, treinador dos dinossauros, se une a uma das administradoras do local, Claire, para deter a fera; principalmente quando os dois sobrinhos dela passam a correr sério risco de vida.

 Pode-se aguardar os variados clichês do gênero, assim como diversos coadjuvantes com função previsível na história: servir de almoço para o monstrengo. A versão em 3D pode até surpreender algumas plateias, embora, para mim, a diversão não é corrompida se o filme for visto numa sala comum. O que mais chama a atenção no roteiro, comandado pelo próprio cineasta, ao lado de Rick Jaffa, Amanda Silver e Derek Connolly, são as diversas espécies jurássicas que ganham a cena, alguns bonzinhos, e outros surpreendentes, como uma espécie aquática, que funciona como uma mistura de "tubarão" com "Free Willy".

 No elenco, um dos galãs da nova geração, Chris Pratt (de "A Hora Mais Escura" e "Guardiões da Galáxia") interpreta o herói, a mocinha é feita pela sumida Bryce Dallas Howard (de "A Vila" e "Histórias Cruzadas", filha do cineasta Ron Howard, e que faz lembrar a Julianne Moore de "O Mundo Perdido - Jurassic Park", pelo visual), e os vilões, nada memoráveis, são feitos por B.D. Wong (que poderia ter o personagem melhor explorado) e pelo veterano Vincent D´Onofrio, mais um infeliz oportunista do que outra coisa. Há também o indiano Irrfan Khan (de "As Aventuras de Pi"), que deveria funcionar como alívio cômico, mas não sucede dessa forma, o francês Omar Sy (de "Intocáveis"), também num papel desperdiçado de um dos treinadores dos dinossauros, e a boa atriz Judy Greer (de "Os Descendentes"), como a mãe dos garotos (feitos pelos meninos Ty Simpkins e Nick Robinson). Em suma, nenhum deles está especialmente notável, afinal, todos são coadjuvantes das grandes estrelas, os pré-históricos répteis.

 Enfim, obviamente a diversão está mais do que garantida. Particularmente, me cansou um pouco, já que tudo é previsível ao extremo. Mas algumas cenas garantem o espetáculo, sobretudo o passeio turístico pelo parque em uma cabine, em que se destaca o belo visual e a excepcional fotografia. Em época de férias escolares, a garotada vai se divertir, e quem sabe se inspira para conhecer o excelente original de Spielberg. Por isso, vale se aventurar. Ate mais!

TRAILER:

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