domingo, 16 de agosto de 2015

Divertida Mente

 Estava resistindo para assistir a uma nova animação no cinema, não me interessei muito pelos títulos (nem mesmo por "Minions", que fez uma certa febre por aqui), mas felizmente tive o prazer de assistir a Divertida Mente, uma produção simpática e bem-humorada, recomendável para pessoas de todas as idades.

 A Disney, de uns tempos pra cá, ganhou muito no requisito criatividade, e largou um pouco suas histórias de princesas, repletas de canções bonitinhas, mas intermináveis. Dessa vez, sob a batuta de Pete Docter (que dirigiu os ótimos "Monstros S.A." e "Up - Altas Aventuras") e seu co-diretor Ronaldo Del Carmen (ambos também são roteiristas, ao lado de Meg LeFauve e Josh Cooley), o estúdio oferece essa surpreendente história, protagonizada pelos sentimentos.

 Quanto a sinopse, dentro da garotinha Riley há os sentimentos Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo. Eles atuam numa sala de "controles" com o intuito de organizar de forma balanceada os acontecimentos e rotinas na vida da garota. Alegria é a líder do grupo, e conforme sua principal característica, tenta dar um ânimo para todos seus parceiros. No entanto, quando acidentalmente Alegria, e também Tristeza, saem da tal sala de controles, a garota Riley, que acabara de se mudar contra sua própria vontade, começa a ficar mais rebelde e resolve fugir de casa. Para piorar, os sentimentos que restaram não possuem as competências necessárias para tentar impedir a fuga da menina. Assim, temendo essa situação adversa, Alegria e Tristeza passam por diversas aventuras com o intuito de retornar para seus lugares, e resgatar Riley. Elas contarão com a ajuda do amalucado Bing Bong, o amigo imaginário da menina, e lutarão contra o tempo para ajeitar essa situação.

 O roteiro surpreende simplesmente por colocar as emoções como personagens. Se o público pensa que a narrativa é dramática por esse motivo, se engana completamente; afinal, todos são carismáticos, e seus diálogos são repletos de ironias. Fora eles, como de costume em produções Disney, há o elemento coadjuvante que rouba a cena, aqui representado pelo tal amigo imaginário Bing Bong, que é uma mistura de diversos animais. No fim das contas, como é de se esperar, há uma mensagem, e é ela que se destaca nos momentos mais dramáticos da história. Nela, até mesmo o sentimento da tristeza tem sua importância fundamental, e a conclusão deixa a plateia satisfeita, divertida, emocionada, e até mesmo reflexiva; afinal, existe esse trabalho cooperativo dos sentimentos em nossas mentes?

 Finalizando, não canso de elogiar os nossos competentes dubladores que sempre apresentam uma performance digna em desenhos animados. Todos se destacam, sobretudo a Tristeza, interpretada pela humorista Katiuscia Canoro. Divertida Mente, muito provavelmente, será indicada ao OSCAR 2016 como melhor animação, e desde já torço para sua consagração. Embarquem nessa, com toda a família e amigos. Abraços!

TRAILER:

Um comentário:

Regina da Fé disse...

Adorei o filme, efeitos maravilhosos.
Boa recomendação.
Bj