sábado, 25 de março de 2017

A Bela e a Fera

 Não iria mesmo demorar muito para uma versão com personagens de carne e osso desse grande clássico da Disney; mesmo porque, é a tendência do momento: refilmar animações com atores. E "A Bela e a Fera" fez um sucesso gigantesco, chegando mesmo a ser a primeira animação a ser indicada ao Oscar como melhor filme.

 Essa nova versão, atualizada por Stepehen Chbosky e Evan Spiliotopoulos, e tendo a experiência de Bill Condon na direção, que fez de tudo um pouco (desde "Deuses e Monstros" até  "A Saga Crepúsculo") é esplendidamente luxuosa, com um cuidado técnico espetacular e deslumbrantes cenários e figurinos. Ou seja, tudo o que se espera de um padrão Disney "classe A".

 Quanto a história, todo mundo já conhece, a tal "fera" do título era um príncipe arrogante, que enfeitiçado por uma bruxa, torna-se um ogro detestável e rabugento. Assim como ele, os empregados de seu palácio também são amaldiçoados, e se transformam em objetos. A jovem Bela, que teve seu pai capturado pela Fera, se oferece como prisioneira em troca do pai, e passa a conviver com o cotidiano do ogro ranzinza e seus criados transformados em objetos falantes. Aos poucos, ela se afeiçoa por ele. Mas um outro príncipe ganancioso surge no caminho como obstáculo.

 As canções que existiam no desenho, todas elas, estão de volta, além de alguns acréscimos (a projeção ultrapassa os 120 minutos!) Funciona tudo como um grande espetáculo para se ver no teatro, mas mesmo na tela grande, há um bom impacto. O elenco, encabeçado pela inglesa Emma Watson, que não faz jus ao adjetivo bela (mas, na verdade, nem mesmo a personagem) e o ainda pouco conhecido Dan Stevens ("O Quinto Poder") como Fera, tem ainda Luke Evans, como o antigalã Gaston, Kevin Kline como o pai da Bela, e ainda grandes nomes como os objetos, mas que aparecem no fim em carne e osso: Emma Thompsom (cantando a música tema, como o simpático bule), Ian McKellen, Stanley Tucci, Ewan McGregor, Audra McDonald, Gugu Mbatha-Raw... Além disso, o gordinho Josh Gad, que emprestou sua voz para Olaf em "Frozen - Uma Aventura Congelante", faz aquele que é conhecido como o primeiro personagem assumidamente gay da Disney, o serviçal de Gaston, mas essa condição sexual aparece de forma implícita.

 Enfim, um encanto de produção para todas as idades, mesmo não sendo superior à animação de 1991. Ou seja, certamente, vale o ingresso. Abraços!

TRAILER:

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