sexta-feira, 22 de março de 2019

Capitã Marvel

 De fato, a Marvel e a DC Comics construíram seus impérios no cinema, e constantemente produções de ambos os "estúdios" estreiam no cinema. Um projeto bastante aguardado da Marvel é esse em que a própria está no título, "Capitã Marvel", dirigido por uma dupla desconhecida (porém, não estreantes), Anna Boden e Ryan Fleck.

 A heroína é Carol Danvers, uma moça que vive em outro planeta, mas que já viveu na Terra, apesar de não ter muita lembrança disso. Ela é uma guerreira treinada pelo seu mentor Yon-Rogg, e tem o intuito de manter a paz no planeta, e protegê-lo de terríveis inimigos. Mas segredos do passado na Terra, envolvendo Carol, que era piloto da aeronáutica, e sua superiora Dra. Wendy Lawson, a fazem voltar para lá, onde depara com o agente Nick Fury, que vai ajudá-la a descobrir sua verdadeira origem.

 O roteiro, da dupla de diretores ( e ainda Geneva Robertson-Dworet, Nicole Perlman e Meg LeFauve) é muito confuso, embora surpreenda em algumas reviravoltas e revelações (especialmente na figura dos vilões). As cenas de batalha, sobretudo no espaço, são um pouco cansativas e lembram o contexto de "Star Wars". Também falha no alívio cômico, embora tenha uma gatinha bizarra que cuida dessa parte, de forma inusitada. A caracterização dos seres intergalácticos também soa óbvia e muito semelhante a de muitas produções de ficção científica. Ao menos, o clima de nostalgia é bacana, já que a história se passa na década de 90, e há muitas músicas pop-rock daquela época; além disso, a cena em que a heroína cai em uma blockbuster é bem divertida. Não se trata de um filme ruim, na verdade vai melhorando com o passar da projeção, mas não supera nenhm filme de qualquer um dos "vingadores".

 No elenco, a ganhadora do Oscar por "O Quarto de Jack", Brie Larson, que parecia sumida, assume o papel-título. Não gosto muito da interpretação dela, parece caricata e forçada demais, talvez Emily Blunt faria melhor (outra coisa irritante é o uniforme dela, que lembra muito a rival DC, com a "Supergirl"). De qualquer forma, trabalha com competência de sobra, e lidera um elenco estelar: Samuel L. Jackson, como Nick Fury, se responsabiliza em fazer a ponte da Capitã Marvel com Os Vingadores; Annette Bening, sempre excelente, faz a chefa da aeronáutica; Jude Law, o treinador de Brie. E há ainda Ben Mendelsohn, Clark Gregg, Djimon Hounsou, e as interessantes participações pós créditos finais de alguns vingadores: Scarlett Johansson, Chris Evans, Mark Ruffalo e Don Cheadle. Aliás, tal cena é uma das melhores da fita, que desperta a curiosidade e a empolgação direcionadas ao novo filme da série Vingadores, Ultimato, que estreia mês que vem, com a participação da própria Brie Larson como a Capitã Marvel.

 Enfim, um espetáculo eletrizante, numa produção bem cuidada. Mesmo não sendo excepcional no conjunto da obra, ainda assim mantém o padrão alto de qualidade Marvel. Por essa razão, vale acompanhar as aventuras dessa heroína, em épocas de empoderamento feminino, na tela grande. Abraços!

TRAILER

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