sexta-feira, 31 de julho de 2009

Halloween: O Início

Devo admitir que se hoje sou cinéfilo, é graças aos filmes de terror. Foi através desse gênero que eu me aproximei da sétima arte. Como meus amigos sabem, hoje eu topo tudo: de arte a entretenimento. E não abandonei as origens, ainda curto filmes de terror. O primeiro que vi, aliás, foi Halloween II - A Vingança Continua (1981), aos sete anos, numa noite regada a muita gripe e insônia.

O gênero, infelizmente, está decadente; entretanto, gostei de algumas produções mais ou menos recentes do gênero: A Casa de Cera, A Chave Mestra, até as refilmagens americanas de famosas produções japonesas, como O Chamado ou O Grito. Então, pode-se dizer que restava uma esperança depositada por mim no gênero, quando resolvi assistir a esse filme. Evidentemente, vi todos os filmes da série, e como ganhei dois ingressos no playcenter para assistir Halloween, embarquei nessa, junto com a Gisele.

O que me incomoda em Hollywood é essa detestável moda de contar as origens de psicopatas em série: foi assim com O Massacre da Serra Elétrica, Hannibal (de O Silêncio dos Inocentes), O Exorcista... Aliás, essa moda não é específica ao gênero terror, pois já presenciamos o início da trajetória de alguns personagens famosos de outros gêneros em filmes como Batman Begins, X-Men Origens: Wolverine, Star Trek: O Filme, e por aí vai..

Nesse caso, contudo, não responsabilizo os produtores de Halloween por pegar carona nessa moda. Isso é culpa de algum tradutor brasileiro infeliz, que colocou o subtítulo "O Início", num filme que é pura refilmagem do clássico dirigido em 1978, pelo grande John Carpenter! Tudo bem, o filme retrata um pouco a infância do psicopata Michael Myers. Fora isso, nada foi alterado do filme original: as mesmas personagens com os mesmos nomes, a típica trilha sonora, o espaço onde a chacina se desenrola... enfim, trata-se uma verdadeira xerox, mas sem o estilo de Carpenter e sem a carismática presença da rainha do grito, Jamie Lee Curtis.

O que se pode dizer, é que se trata de uma refilmagem desnecessária (aliás, como muitas outras), banal, cansativa, sem-graça e chata. Não há necessidade de se fazer uma sinopse, pois todo mundo conhece a história do famoso serial killer Michael Myers (feito por dois desconhecidos: o cara de bizarro Daeg Faerch na infância, e Tyler Mane como adulto) que mata muita gente no dia das bruxas, e que, sabe-se lá porque, persegue incansavelmente sua irmã. Esta é feita por uma atrizinha medíocre chamada Scout Taylor-Compton, que, apesar disso, já tem muito filme e séries no currículo, mas está bem longe de se tornar uma nova Jamie Lee Curtis.

Ainda no elenco, o veterano Malcolm McDowell faz o obcecado psicólogo Loomis (que na série foi interpretado pelo excelente veterano, e já falecido, Donald Pleasence), que não sai da cola do assassino; Danielle Harris, que na infância participou de Halloween IV e V no papel de uma descendente da família Myers, aqui tem o destino previsível para melhor amiga de mocinha em filmes de terror; Sheri Moon Zombie, esposa do diretor, como a mãe de Michael e o veterano William Forsythe.

Rob Zombie, o diretor (e também roteirista), está tendo popularidade em Hollywood, como o mais novo cineasta adepto ao gênero. Dirigiu outros filminhos irreparáveis, e também a sequência inevitável dessa nova safra de filmes da série, que deve estreiar logo. Ou seja, são filmes como esse que me deixam desanimados em relação ao gênero que me aproximou do cinema. Mas ainda tenho esperança de assistir a um bom thriller sobrenatural nas telas. Ao menos, aguardo o novo do Sam Raimi (Evil Dead, Homem Aranha), que parece ser bem assustador. Em todo caso, o diretor tem gabarito. Abraços!

TRAILER:

2 comentários:

Rafel Saitar disse...

Pombas.. não gosto de terror, não vi os filmes que você citou, e nem vou ver XD

Mas um adendo: o último Star Trek na verdade não nos traz o início da série, como bem pode-se pensar à primeira vista. Mas a ideia da Paramount ao produzir o filme foi essa mesma... ¬¬

Abração

Leandro Souza disse...

Halloween, Poltergaist(está certo?), Sexta-feira 13 e A hora do pesadelo (estes últimos, os primeiros filmes feitos), são clássicos do cinema de horror.