domingo, 26 de junho de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas

Em minha última postagem, eu critiquei o excesso de sequências que chega às telas no mês de férias de julho. E foi justamente por isso, pela falta de opção, que embarquei nesse 4° filme da série Piratas do Caribe (na verdade, estreou entre fim de maio ou começo de junho, não me lembro). Enfim, apesar de dublado (afinal, já estreou faz tempo, e quase não há a versão original com legendas), ele não é ruim. Eu até gostei um pouco.

Sempre admirei Piratas do Caribe (aliás, aqui no blog eu tenho resenha do 1° episódio, confiram!). Não gostei muito do 2° filme, "O Baú da Morte", e admito que ainda não vi o 3°, "No Fim do Mundo". Mas esse aqui, apesar de algumas mudanças, ainda consegue manter a série (creio que ainda virão mais filmes)...

Bom, as principais mudanças é que saiu o diretor dos filmes anteriores, Gore Verbinski, e no lugar colocaram um cineasta de prestígio maior, Rob Marshall, já indicado ao OSCAR por "Chicago". Em todo caso, os roteiristas de toda a série, Ted Elliott e Terry Rossio, permanecem. Saíram também de cena os talentosos Orlando Bloom e Keira Knightley. Orlando foi substituído por um rapazinho mais ou menos parecido com ele, um certo Sam Claflin, ainda inexpressivo, e que faz um padre (ou coisa que o valha), e que é seduzido por uma sereia (outra novata, a espanhola Astrid Berges-Frisbey). E falando em espanhola, a atual estrela e oscarizada Penelope Cruz substitui a inglesa Keira. A principal mudança, no entanto, é que o Barbosa do grande Geoffrey Rush não é o principal vilão do filme; aliás, ele até se alia ao Jack Sparrow do Johnny Depp. A bola da vez está com o britânico Ian MacShane ("Sexy Beast", "Corrida Mortal"), no papel do pirata Blackbeard.

Quanto à mudança de atores, não sei o que motivou a saída de Orlando e Keira, não sei se as personagens morreram no episódio anterior (porque eu não vi). O fato é que eu já havia me acostumado com os dois. Em todo caso, os roteiristas conseguiram manter o interesse à história: Dessa vez, Sparrow e seus homens precisam encontrar a fonte da juventude. Para isso, se aliam ao velho Barbosa e a uma antiga paixão que reaparece (Penelope). Entretanto, o pirata Blackbeard tem interesses inescrupulosos pela fonte...

Apesar de excessivamente longo, como os episódios anteriores, e também da fotografia, muito escurecida em algumas cenas (até mesmo quando é dia), Navegando em Águas Misteriosas entretém e diverte. Não gosto muito de Penelope Cruz, mas nem ela atrapalha. Aliás ela e Depp já atuaram juntos antes no irregular "Profissão de Risco". E falando em Depp, mais uma vez ele dá conta do recado, e continua bastante bem-humorado na pele do pirata mais cara-de-pau da Disney. Contudo, não deixei de notar um ar de cansaço no astro. Acho que Sparrow já está desgastando demais a carreira do ator. Ainda assim, não consigo pensar em um substituto a altura para fazer Jack Sparrow. Afinal, só Depp se encaixa nos trejeitos femininos da personagem (nesse episódio, aliás, isso foi até satirizado em uma fala da Penelope). Gostei também das aparições das sereias, e das clássicas batalhas de capa-e-espada (a melhor, acontece no começo do filme, no castelo da Inglaterra). Ah, sim! No elenco, também está o veterano e desconhecido Kevin McNally, de volta com o seu Gibbs.

Posso até ter sido um tanto relapso na sinopse, mas não tem muito o que dizer. Apenas o fato de que o roteiro consegue inovar e trazer aventuras inéditas. É bom sim, e eu recomendo. Mas, eu pensaria duas vezes antes de se produzir um novo episódio (o que parece inevitável, quando se chega ao fim da projeção). O fato é que estamos em férias, e por isso, essa aventura é recomendável! Até mais!!!

TRAILER:

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