segunda-feira, 20 de junho de 2011

Qualquer Gato Vira Lata

As férias de meio de ano não apresentam grandes opções para o cinema. E é o que está acontecendo ultimamente, com diversas sequências ou novas franquias de grandes sucessos. E foi por isso, que resolvi evitar "Piratas do Caribe", "X-Men", "Kung Fu Panda", etc... O jeito foi assistir a essa adaptação da famosa peça de Juca de Oliveira (adaptada por Cláudia Levay e Júlia Spadaccini), "Qualquer Gato Vira Lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia Que A Nossa", cujo título foi encurtado para chamar mais a atenção.

Aliás, falando nisso, tem se tornado comum no nosso cinema, adaptações recentes para as telas de peças teatrais, como foi o caso de 'Trair e Coçar é Só Começar" e "Caixa Dois". O legal dessa nova adaptação, diferente das mencionadas, é que ela não tem cara de teatro filmado, na verdade é bem semelhante a várias comédias românticas americanas (associo principalmente com um filme da Meg Ryan, "Surpresas do Coração").

Não recrimino o filme por essa semelhança. Realmente, não apresenta nenhuma novidade, há muita coisa parecida por aí, e é bastante previsível. Mas acho interessante essa tentativa de deixar mais comercial o nosso cinema. Oras, por que não? Creio que o público não quer ver apenas as injustiças sociais de um país repleto de desigualdades. E tal como mostrou "Se Eu Fosse Você", as comédias românticas brasileiras têm grande repercussão. Então, apoio muito o filme do estreante na direção Tomas Portella (que foi assistente de diretor em "O Incrível Hulk" e "Ensaio Sobre a Cegueira").

Mas o enredo é de fato um balde de clichês. Cleó Pires interpreta Tati, uma jovem que acabou de levar um fora do namorado mulherengo e irresponsável, Marcelo (Dudu Azevedo). Disposta a reconquistá-lo, ela conta com a ajuda de Conrado (Malvino Salvador), um biólogo que tenta defender a tese exemplificada pelo título da peça. E, como é de se esperar, eles acabam se apaixonado, mas tentam resistir a essa paixão.

Quem leu a sinopse, certamente deve ter lembrado de diversos filmes assim. Em todo caso, continuo defendendo essa comédia despretenciosa e hilária, que fez a plateia (que me surpreendeu, estava repleta!) gargalhar em diversos instantes. Eu e a Gisele deixamos a diversão tomar conta, e nem nos importamos com os clichês. Essa recepção apenas mostra que o público está perdendo o preconceito com filmes brasileiros. Ainda bem! E, de fato, se faz necessário mesmo explorar no gênero para conseguir bons êxitos.

Cléo Pires demonstrou que se sai bem em comédias, e aqui está melhor que na tv. Talento cômico também apresenta Malvino Salvador, que tem boa química com Cléo. No elenco ainda, Rita Guedes, como a ex-mulher de Malvino, e Álamo Facó, um ator jovem que faz o Magrão, melhor amigo de Marcelo. Ele fez alguns filmes e novelas, e pode ser que se torne astro, aqui ele rouba a cena; vamos aguardar...

Bom, o recado está dado. Já que nos acostumamos facilmente com enlatados americanos, minha sugestão é que você confira "Qualquer Gato Vira Lata". Realmente, você não irá encontrar grandes novidades, mas vai se divertir bastante, como eu me diverti! Abraços!!!!

TRAILER:

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