domingo, 9 de dezembro de 2012

007 - Operação Skyfall

 Tudo tem uma 1ª vez na vida! Lembro-me de que postei aqui certa vez que "Para Roma Com Amor" havia sido o 1° filme de Woody Allen que eu vi na tela grande. E o mesmo ocorre com o espião mais famoso da 7ª arte! Afinal, 007 - Operação Skyfall foi o primeiro filme do James Bond que eu assisti no cinema.

 Essa nova aventura segue o passo de todos os episódios anteriores: metragem longa, trama complexa, sequências eletrizantes de ação, bondgirls bonitas, etc. Talvez, por isso, não seja um filme especial. Mas também não decepciona tanto.

 Bom, o nosso simpático agente tem aqui o objetivo de descobrir a identidade de um ladrão que roubou um HD importantíssimo, pois contém informações sigilosas sobre diversos agentes. Bond, então, a partir dos comandos de sua chefa M, parte para a Turquia para localizar o vilão. E, óbvio, encontrará muitos obstáculos no caminho.

 O principal problema de Operação Skyfall, são algumas pistas falsas que são colocadas no meio da projeção, dando a entender que o desfecho se aproxima. Entretanto, isso não ocorre e o filme se estende um pouco mais. Enfim, sem me recordar no momento a exata metragem dos outros filmes, esse aqui é extenso demais! E o roteiro de Neal Purvis, Robert Wade e John Logan é bastante confuso também. Sabe-se, de imediato, que Bond precisa recuperar uma certa lista capturada. Somente depois, surgem maiores informações dessa tal lista que, para o espectador desatento, podem aparecer despercebidas. Para mim, o fato de querer ultrapassar os típicos 120 minutos de metragem, apenas para seguir a tradição de série em que todos os filmes são longos, não foi muito interessante. É verdade que a fotografia torna o interesse maior por conta de pontos turísticos da Turquia que são mostrados. E as sequências de ação também são competentes. Mas, não há uma cena memorável que registre o espetáculo. E olha que o diretor da vez é o oscarizado e experiente Sam Mendes, de Beleza Americana.

 No elenco, o galã Daniel Craig ressurge forte e firme na pele do agente, o que permite concluir que ele continue como 007 por mais um bom tempo. Mas, quem rouba a cena, é Javier Bardem, interpretando um vilão extremamente amalucado e bem efeminado. Se há algo de novo, talvez, pode se dizer que seja a caracterização do vilão. E eu não iria estranhar se Bardem fosse nomeado ao Oscar 2013 de coadjuvante pelo papel. Além deles, o inglês veterano Albert Finney tem papel importante no final ( momento em que é explicado o título Skyfall ). E Ralph Fiennes tem um papel fácil de se cair no esquecimento, como um dos agentes superiores de Bond ( se houver outra aventura, o papel será maior, certamente ). Agora, o curioso está no elenco feminino. Aqui, temos duas bondgirls: a mulata Naomie Harris ( de "Extermínio" e "Piratas do Caribe 2 e 3" ), que faz a parceira de Bond, e a francesa Bérénice Marlohe ( fazendo sua estreia em Hollywood ), como a misteriosa sedutora. As duas são competentes e encantadoras. No entanto, não são memoráveis, e têm pouco a fazer em cena. Espera-se mais ação, pelo menos por parte de Naomie, mas isso fica apenas na promessa. Assim, as portas são abertas para a veterana Judi Dench brilhar. Essa é a 1ª vez que sua personagem M ganha ares de protagonista, depois de diversas participações em vários filmes da série. Fato merecido para uma das grandes atrizes do cinema.

 Espero que o próximo lançamento seja mais ousado, mais original, mais interessante, e mais eletrizante também ( como filme de ação recente, nada supera o último episódio de Missão Impossível ). Esse, infelizmente, ficou a desejar. Claro, o que não significa que seja ruim. Mas, quem não está acostumado com a série, pode achar um pouco confuso. Enfim, fica a dica. Abraços!

TRAILER:

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