sábado, 9 de agosto de 2014

Planeta dos Macacos - O Confronto

 A tão aguardada sequência do remake de 2011 estreia agora nos cinemas, dessa vez sobre a batuta de Matt Reeves, que ganhou popularidade após o bom êxito de "Cloverfield - Monstro", e continua a história dez anos após a liberdade do protagonista, o macaco Caesar.

 Antes de mais nada, é sempre bom exaltar a performance do ator Andy Serkis, um grande especialista em interpretar criaturas na tela, principalmente com o popular Smeagol da série "O Senhor dos Anéis". E ele acertou o tom mais uma vez na pele do revolucionário líder dos macacos.

 Quanto a história, os humanos estão sofrendo uma séria crise de epidemia, causada por um vírus criado em laboratório. Um grupo de sobreviventes vão parar em uma floresta habitada por uma comunidade de primatas, liderada por Caesar. Assim, eles tentam buscar uma trégua com os macacos, e deter a epidemia.

 Como se deve esperar de uma sequência, a produção é de qualidade magnífica, os efeitos bons, assim como a tecnologia do som. A história, no entanto, é cansativa, longa e sem maiores novidades. Até mesmo as cenas de ação, aliás, são óbvias, previsíveis e também não empolgam. Se o espectador optar por ver em 3D, simplesmente pagará o ingresso mais caro e não se impressionará com nada (como, aliás, acontece de costume ultimamente).

 O roteiro, escrito por Mark Bomback, Rick Jaffa e Amanda Silver, adaptado do livro de Pierre Boulle (naturalmente, de forma livre), até faz uma interessante colocação crítica na cena em que os humanos são aprisionados pelos macacos, e tratados de forma cruel e autoritária, da mesma forma que nós, habitualmente, tratamos as outras espécies (o que faz refletir sobre o preconceito e o desrespeito entre as raças). Mas tudo é tão lento e cansativo, que acaba passando batido.

 Para piorar, o elenco é fraco, com destaque apenas para o veterano Gary Oldman, no papel de um cientista, que de certa forma é o vilão humano principal (há outro, mais importante, no grupo dos macacos, um certo Koba), Mas o personagem é rapidamente esquecido. O fraco Jason Clarke lidera o grupo de humanos que interagem com Caesar, e Keri Russell faz o fraco e desperdiçado papel da mocinha que tem pouco a fazer em cena. E por aí vai.

 Infelizmente, a história não empolgou, apesar de um momento nostálgico de flashback, em que Caesar lembra de suas origens. Vale mesmo pela atuação e movimentos do já mencionado Serkis, e pela curiosa linguagem de sinais adotada como processo de comunicação entre os primatas. Fora isso, não é o típico filme que eu recomendaria para ver no cinema. Mas muitos gostaram! Enfim, que cada um tome seu próprio partido. Abraços!

TRAILER:

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