domingo, 26 de junho de 2016

Como Eu Era Antes de Você

 Como marketing, foi bastante oportuno o lançamento desse título no Brasil agora em junho, em comemoração ao dia dos namorados. Trata-se de uma adaptação de livro que segue a linha de autores como Nicholas Sparks e John Green. A diferença é que aqui a autora, Jojo Moyes, é a roteirista do filme, o que garante maior fidelidade ao livro.

 A atrapalhada Lou Clark passa por um estranho processo seletivo, e é escolhida para trabalhar em uma linda mansão, como auxiliar do milionário Will Traynor, que tornou-se paraplégico, após ser atropelado por uma moto. Aos poucos, ela precisa engolir o mau humor e a arrogância do rapaz, mas com o passar do tempo vai nascendo uma forte amizade entre ambos, que se transforma em amor. O problema é que ele está decidido a aplicar o uso da eutanásia, pois não quer mais viver. Isso deixa a moça preocupada, assim como os pais dele. Assim, ela tenta dar o melhor de si para mostrar o quanto a vida vale a pena.

 A diretora Thea Sharrock realizou uma estreia talentosa e promissora atrás das câmeras, num romance sensível, com bastante humor, e momentos dramáticos. Nem precisa dizer que a fita está repleta de clichês; porém, por outro lado, trata-se daqueles filmes que satisfaz e agrada bastante a plateia, até mesmo o público masculino, pois nunca cansa, sempre diverte e segura a atenção do espectador para o desfecho. Além disso, diversas canções pop e paisagens deslumbrantes do interior da Inglaterra, com belíssimos castelos, fascinam quaisquer olhos indiferentes.

 A escolha do elenco também foi sábia, com Emilia Clarke no papel central, fazendo comédia, numa composição bem diferente de sua personagem na popular série de rv, "Game of Thrones"; talvez esteja nascendo uma estrela no cinema também. O rapaz é interpretado por Sam Claflin, que esteve nos últimos filmes da série "Jogos Vorazes" e em "Branca de Neve e o Caçador", e sua sequência. Eles tem boa química em cena, e são auxiliados pelos bons veteranos Janet McTeer e Charles Dance, como os pais dele, além do novato Stephen Peacocke, que rouba a cena como o acompanhante que leva Will para fisioterapia e lugares do tipo.

 Nem chega a ser spoiler o fato de que o final previsível vai fazer a plateia derrubar imensas lágrimas. Mas não se pode deixar de admitir que esse simpático passatempo acaba servindo também como lição de vida e te faz refletir ao menos um pouquinho sobre o valor que se dá a ela. Enfim, uma ótima alternativa para quem quer fugir dos variáveis filmes de heróis que invadiram a telona. Eu recomendo!

 TRAILER:


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