sábado, 2 de novembro de 2019

Malévola: Dona do Mal

 Não tenho o hábito de assistir às sequências das fitas da Disney no cinema, mas acabei conferindo essa produção, agora comandada pelo norueguês Joachim Ronning, que fez o mais recente episódio da série Piratas do Caribe, "A Vingança de Salazar".

 Aventuras como essa acabam sendo entediantes pois nós todos já sabemos como vai começar e como vai terminar. Quando se sai da sala de projeção, fica a sensação do famoso dito e feito, pois tudo o que era previsto acontece. Não que o roteiro seja ruim, mas não se tem como fugir do convencional quando se trata de contos de fadas. Ao menos, dessa vez, o roteiro, de Linda Woolverton, Noah Harpster e Micah Fitzerman-Blue, não coloca a figura sinistra e diabólica da Malévola como vilã.

 A jovem Aurora está prestes a se casar com o príncipe Philip, por quem é apaixonada. Contudo, terá que convencer sua madrasta Malévola a aceitar o casório. Inclusive, a própria é convidada para um jantar no castelo do futuro genro. Entretanto, um plano ardiloso da rainha Ingrith, mãe de Philip, faz com que Malévola caia numa armadilha, e precisa fugir para não ser exterminada. Acaba encontrando seres da mesma espécie que ela, com quem se une. Enquanto isso, Aurora, entristecida, perde a confiança em sua madrasta.

 Bem, pelo fato da grande vilã do clássico "A Bela Adormecida" ganhar o título do filme, é normal o fato dela ser a heroína da vez. Mas o mais importante mesmo na história é o já batido tema, ainda que sempre oportuno, da diversidade. Afinal, fica a mensagem de que as diferenças precisam ser compreendidas, e que não deve existir relação de superioridade de uma raça para outra; é o que fica evidente no confronto entre os humanos e os seres da espécie de Malévola.

 No elenco, Angelina Jolie de volta às telas no papel título, sempre carismática e poderosa em cena. Elle Fanning retorna como a sonsa princesa Aurora, assim como as três fadas têm as mesmas Lesley Manville, Imelda Staunton e Juno Temple do filme anterior. Sam Riley, como o fiel acompanhante de Malévola, também retorna em cena. Mudaram o ator que faz o príncipe, agora é um certo Harris Dickinson (muito fraco, por sinal). Ainda no elenco, o talentoso Chiwetel Ejiofor, como o líder da espécie de Malévola, Ed Skrein, como um rebelde desse mesmo grupo, Robert Lindsay como o rei, e a melhor do elenco, a já envelhecida Michelle Pfeiffer, como a rainha, a grande vilã da narrativa.

  Enfim, a produção é agradável e fotogênica, com belos figurinos e direção de arte. Todavia, é mais mesmo um passatempo para as crianças, cuja exibição teria sido oportuna nas férias escolares do mês de julho. Vale pela mensagem politicamente correta e, obviamente, pela ilustre presença de Angelina Jolie. Abraços!

TRAILER:


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