sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Ford vs. Ferrari

 Ford vs. Ferrari é uma das estreias dessa semana, e eu conferi no cinema, principalmente por conta do título chamar a atenção por sugerir algum tipo de duelo entre dois nomes bastantes populares. O diretor é o  James Mangold (de filmes como "Johnny & June" e "Logan"), que se apoiou em um roteiro elaborado por Jez Buttenworth, John-Henry Buttenworth e Jason Keller, sobre duas marcas bem conceituadas mundo afora.

 Carroll Shelby é um fabricante de automóveis muito prestigiado. Ele trabalha sempre em parceria com o mecânico Ken Miles, também piloto de suas máquinas. Shelby é contratado para integrar a equipe de Henry Ford II, para produzir uma "super-máquina" capaz de derrotar seu arquinimigo Enzo Ferrari nas corridas de fórmula 1. Contudo, Ken Miles não é aceito na equipe como piloto, mas Shelby fará de tudo para mostrar o quanto competente seu amigo é na arte de pilotar.

 A duração excessiva do filme (quase três horas) pode desagradar um pouco, mas a narrativa é muito atraente e apresenta cenas memoráveis e bem elaboradas de corridas de fórmula 1. Na verdade, nem precisa ser entendido nesse esporte para curtir essa boa aventura, cujo único problema é ter um título que não está totalmente de acordo com a ideia central. Ainda que as marcas Ford e Ferrari duelem em cena nas corridas, os intérpretes dos chefões (Tracy Letts e Remo Girone, respectivamente) são apenas coadjuvantes, pois a ação é centrada na amizade enter Shelby e Miles.

 Falando nos protagonistas, Matt Damon e Christian Bale atuam perfeitamente como os parceiros que precisam superar obstáculos perigosos para conseguir todo o prestígio requisitado pela Ford. Christian Bale se destaca ainda mais numa excelente composição, como um impulsivo e irreverente Miles. Já o Shelby de Matt Damon não tem em cena nem mesmo um interesse romântico, já que apenas o seu profissional é focado.

 Ainda no elenco, Jon Bernthal e Josh Lucas são os executivos da Ford, responsáveis pela contratação de Shelby, sendo que o último funciona como uma espécie de vilão. O garotinho Noah Jupe (de "Extraordinário") faz o filho de Bale, e a atriz irlandesa Caitriona Balfe (de "Jogo do Dinheiro") interpreta a esposa.

 A conclusão é satisfatória e não deixa de mostrar uma mensagem crítica à ganância e ao poder do dinheiro. Certamente terá algumas indicações ao Oscar 2020, até mesmo uma possível de ator coadjuvante para Christian Bale. Sem dúvida, mesmo não sendo um primor, é um filme interessante e agradável. Até!

TRAILER:

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