domingo, 26 de outubro de 2008

O Filho da Noiva

( Argentina 2001 ). Direção: Juan José Campanella. Com Ricardo Darín, Hector Alterio, Norma Aleandro, Eduardo Blanca, Natalia Verbeke, Gimena Nóbile, David Masajanik, Claudia Fontan. 124 min.



Sinopse: Dono de restaurante, cheio de dívidas, se surpreende quando o pai anuncia que quer se casar no religioso com a esposa, com quem vive há 44 anos dentro de uma união civil. O problema é que ela tem mal de Alzheimer. Com a decisão do pai, o filho começa a refletir sobre seus problemas financeiros e afetivos.

Comentários: Singelo, humano e divertido, O Filho da Noiva é um exemplo do melhor do cinema atual argentino. Boa produção, ótimo roteiro (de Campanella e Fernando Castetis) e excelentes performances de todo o elenco transformam esse filme, indicado ao Oscar de filme estrangeiro, numa bem-sucedida estória sobre as coisas simples que acontecem no cotidiano de qualquer ser, que vive em país com séria crise econômica, e seus laços de afeto com a família e casos amorosos. O ponto de partida é interessante: o idoso Hector Alterío, após 44 anos casado com a esplêndida Norma Aleandro, permanece extremamente apaixonado por ela (apesar da doença dela), e resolve realizar o sonho que a amada sempre teve - se casar na igreja. Isso abala inesperadamente a vida do filho Ricardo Darín, que começa a pensar nas coisas que já fez, e o tempo que resta para poder concretizar tudo o que deseja. Enfim, é um filme sobre a vida, mostrado de uma forma otimista, apesar dos tropeços e das dificuldades que acabam surgindo nos caminhos das pessoas. Além do trio central que está soberbo (sobretudo Norma, apesar do pouco tempo em cena), os coadjuvantes também dão conta do recado. Eduardo Blanca interpreta o amigo do protagonista, um ator engraçado e atrapalhado, e serve como alívio cômico. As atrizes Natalia Verbeke e Claudia Fontan, interpretam respectivamente, a atual namorada e a ex-mulher do herói, com diálogos interessantes e boas atuações. Agradável de assistir, O Filho da Noiva diverte e emociona na dose certa, sem escrachar ou cair no sentimentalismo barato. Uma boa demonstração da expansão do cinema argentino. Atenção para a piada final!

Por que gravei o filme: Simplesmente pelos motivos mencionados nos comentários. Além disso, tenho necessidade de incluir na minha coleção uma representação do cinema argentino (que é muito bom), e ele está bem representado por O Flho da Noiva. É difícil não se envolver com os personagens e situações. Gosto, particularmente, da cena em Darín realmente desperta para a vida, quando se emociona aor ler os poemas feitos pela filha, interpretada por Gimena Nóbile. Emfim, quando soube que iria passar no Max Prime, gravei o filme com muito prazer, pois já o havia assistido no cinema. Não canso de assistir, e está entre meus filmes prediletos.

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