sábado, 29 de novembro de 2008

THX 1138

( EUA 1971 ). Dierção: George Lucas. Com Robert Duvall, Donald Pleasence, Don Pedro Colley, Maggie McOmey, Ian Wolfe, Marshall Efrom. 95 min.


Sinopse: Numa sociedade americana do futuro, a relação sexual é depreciada e considerada como ato criminosos pela constituição. Um homem que trabalha para o governo acaba se envolvendo sexualmente com sua colega de quarto e é aprisionado pelo Estado opressor.

Comentários: Original e diferente, THX 1138 é o filme menos conhecido da minúscula filmografia de George Lucas (minúscula carreira como cineasta, claro, e não como produtor). Além disso, é também o mais interessante e sério filme do diretor de "Star Wars". Com clima que lembra bastante o clássico livro "1984" de George Orwell (aliás, já em filmado em 84[!], com John Hurt), THX 1138 apresenta a opressão do Estado sobre as massas, que corrompe a liberdade e os direitos humanos. A sociedade é robotizada, os trabalhadores estão sempre vestidos com os mesmos uniformes brancos e todos (homens e mulheres) têm as cabeças raspadas. Além disso, as pessoas confessam seus pecados a uma estátua, que parece uma mistura de Deus e oráculo. Esta, na verdade, surge como a representação alienadora de um ser elevado e superior, que tem o poder sobre todos, mas que não se assemelha em mais nada com o Deus bíblico (tal estátua fala algumas palavras de uma forma fria e desconexa). Além de ser autor do próprio roteiro (junto com Walter Murch), é evidente que George Lucas também foi o responsável pela produção, em gênero que domina (a produção executiva é de Francis Ford Coppola). A direção de arte, os efeitos visuais e a fotografia, ainda que considerando os padrões tecnológicos dos anos 70, são de primeira e ajudam a manter o interesse no filme. Mas, não é uma ficção científica para adolescentes. Ou seja, por mais que tenha sido dirigido pelo mago dos efeitos visuais, e que produziu diversos filmes para o público-pipoca, THX 1138 tem até momentos de ação, mas é sério, dramático e crítico. Enfim, o tema tratado pelo roteiro já denota que é filme para adultos, e que contém algumas reflexões filosóficas sobre o homem, a sociedade, a política, Deus... O final é otimista e sugere uma possibilidade de resistência contra a opressão. O ator central é Robert Duvall, ainda em início de carreira, e atua muito bem no papel do homem que questiona o ditador mundo em que vive. Ainda pouco conhecido (ao menos, pela nova geração), THX 1138 merece encontrar seu público. Definitivamente, hoje já é um cult.

Por que gravei o filme: Passou no Max Prime, e gravei mesmo sem assisitr, pois já conhecia algumas críticas a respeito do filme. Gosto do visual e da atmosfera perturbadora que a produção de Lucas deixa claro em cena. Por fim, THX representa o início da carreira de um dos mais bem-sucedidos e competentes cineastas da indústria norte-americana, e já previa o talento técnico excepcional de George Lucas.

2 comentários:

Rafel Saitar disse...

Percebi um certo ar depreciativo para com o chamado "público-pipoca" ¬¬

Cadê os filmes-pipoca?????

XDDDD

Rob Seixas disse...

Sossega, leão! Um dos próximos comentários não será nada depreciativo. Falarei de "A Fantástica Fábrica de Chocolate", com aquele ator que tu gosta.
Abraços, XDDDD