quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O Dia em que a Terra Parou

Esse foi o filme que Gisele e eu assistimos segunda no (adivinhem...) Shopping Park Santana, pra variar. Não fomos para assistir a esse filme exclusivamente, mas era o que tinha um horário bom. Então... Além disso, tive certa curiosidade em assistir essa fita porque é refilmagem de um clássico de 1951, dirigido por Robert Wise, e estrelado por Michael Rennie e Patricia Neal. E eu vi o clássico na minha adolescência, quando passou na madrugada da globo. E devo dizer que me diverti muito com essa modesta produção em preto-e-branco.

Diferente, foi o que ocorreu com essa nova versão. Trata-se de um filme chato, cansativo, exaustivo, interminável... Não apresenta nenhuma novidade, e as boas cenas de ação e explosões (constantes em filmes-pipoca do gênero) são poucas. Keanu Reeves interepreta o alienígena Klaatu que vem à Terra com o intuito de salvá-la. A vinda desse alien, certamente, causa o pânico e o medo por todos os lados, e governantes americanos tentam de tudo para imobilizá-lo. Apenas a cientista Helen Benson (Jennifer Connelly) lhe dá um crédito de confiança, e movida pela esperança de ver o planeta ser salvo, o ajuda em sua missão.

A partir da sinopse, o espectador que já conhece o filme original poderá facilmente concluir que a trma é a mesma. Mas não é. Os nomes dos personagens centrais não foram alterados, mas a Helen dos anos 50 de Patricia Neal não é a cientista pós-moderna feita pela Jennifer Connelly da atualidade. Além disso, a ausência do humor é sentida. No filme original, existia todo aquele clima de paranóia em tempos de guerra fria; e a vinda do extraterrestre contribuiu para aumentar a euforia do período (será ele, na verdade, um soviético disfarçado?). A direção de Scott Derrickson ("Lenda Urbana 2", "O Exorcismo de Emily Rose"), contudo, é fria e desinteressada. O roteiro de David Scarpa não oferece instantes de humor, e nem possibilita um romance entre os protagonistas (nesse ponto, até que tudo bem). E a trama, obviamente, é repleta de clichês. Em produções do gênero é até aceitável algum clichê, desde que exista pelo menos alguma cena impactante; mas, infelizmente, isso não ocorre. Na verdade, no meio do filme, há uma surpresa interessante e o suspense aumenta. Depois, entretanto, cai na rotina, e volta a ficar chato.

No elenco, além de Reeves e Connelly, a oscarizada Kathy Bates, encarna a autoridade americana, na pele da secretária de defesa (talvez o personagem mais clichê do roteiro). Além dela, John Cleese interpreta um professor, amigo de Connelly, e o menino Jadan Smith (filho do casal Will Smith/Jada Pinkett na vida real) faz o insuportável e irritante entiado de Connelly ( o tipo de personagem que a gente acaba torcendo para que seja eliminado, apesar de criança).

Enfim, quem curte o gênero ficção científica (quem gosta muito, mesmo) talvez consiga se divertir um pouco. Eu fiquei muito decepcionado. Keanu Reeves continua apático e péssimo ator (Matrix é, definitivamente, o filme da carreira dele). Não me espanta se ele for indicado ao Framboesa de Ouro de pior ator do ano (na verdade, ele não está especialmente mal; apenas ruim como sempre). E Jennifer Connelly soa a camisa com sua habitual simpatia. No possível final feliz do filme, o título é esclarecido; e pode decepcionar. Quem quiser conferir, pague pra ver! Abraços.

TRAILER:

3 comentários:

Rafel Saitar disse...

Nossa.. dessa vez você acabou com o filme, hein!! E estava com vontade de ver esse filme, mas não fui.. pelo jeito me dei bem ^^

Unknown disse...

professor esse filme oem que a terra parou é um porre,gastei meu dinheiro a toa,eu e a grazi fomos ver...é um lixo!

Nilda disse...

É o segundo comentário engativo que vejo sobre este filme..
Revi o clássico há menos de um mês, e apesar da ingênuidade de muitas cenas, que hoje em dia seriam impensáveis em qualquer filme, vale todos os minutos gastos para assití-lo.