domingo, 10 de maio de 2009

Dia das Mães

Num dia maravilhoso como o de hoje, não posso deixar despercebidas as grandes mães do cinema, que com tanta força, coragem e determinação, emocionaram diversas platéias. Sem dúvida, muitos "adotariam" as mães da sétima arte, se pudessem. Listo aqui, 10 filmes da minha coleção, que apresentam essas guerreiras mães.

-Alice não mora mais Aqui (1975), de Martin Scorsese. A ganhadora do Oscar por esse filme, Ellen Burstyn, interpreta uma mãe de um garotinho, que faz de tudo para realizar o sonho de ser cantora. No entanto, precisa superar diversos obstáculos (se estabelecer em um emprego fixo, dispistar-se do namorado violento, educar o filho) para concretizar seu sonho. Um ótimo road movie, dirigido por um grande cineasta.

-Dançando no Escuro (2000), de Lars von Trier. A cantora islandesa Björk surpreendeu diversas platéias do mundo, com esse musical triste e melancólico, em que ela interpreta uma operária quase cega, que faz de tudo para pagar uma cirurgia ao filho de 12 anos, que pode ter herdado a doença da mãe. Com final nada feliz, o filme é um soco na boca do estômago ao falar da injustiça social que impera em nossos dias. Todavia, a mãe feita por Björk, conquistou a solidariedade do público de massas e arte, em geral.

-Erin Brockovich - Uma Mulher de Talentos (2000), de Steven Soderbergh. O principal filme do currículo da estrela Julia Roberts, é também sua melhor interpretação, que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz em 2000. Julia interpreta a personagem-título (também real), uma jovem mãe- solteira de diversas crianças, que consegue trabalho em um escritório de advocacia, e que tem por objetivo quitar as dívidas e sustentar a criançada. Uma personagem bastante popular que, apesar de ser "boba-suja" e barraqueira, é sempre aplaudida pelo público por conta de seus atos heróicos (ela processa uma fábrica química que contaminou a água de uma cidade) e carisma.

-Lado a Lado (1998), de Chris Columbus. O futuro cineasta de "Harry Potter" dirigiu esse drama feminino, centralizado na figura humana de Susan Sarandon, uma mãe divorciada, bastante "coruja", mas que sabe educar bem os filhos. Mesmo sabendo que a qualquer instante poderá morrer por causa de um câncer, ela permanece firme na criação dos filhos.

-Mamãe é de Morte (1994), de John Waters. Kathleen Turner se enquadra perfeitamente no papel da excelente dona-de-casa, ótima esposa e perfeita mãe de família. No entanto, "ai" daqueles que apresentarem qualquer tipo de ameaça a ela e a sua família, pois Beverly Stuphin (personagem de Turner) é capaz de matar até mesmo o professor que reclama da indisciplina do filho, nessa comédia bizarra do triplamente bizarro Waters. O mais bizarro (repetição proposital, hehehe) disso, é que o filme é baseado em fatos reais (!). Mas não se pode dizer que Beverly Stuphin não seja uma boa mãe...

-Melhor é Impossível (1997), de James L. Brooks. Essa é simplesmente a melhor comédia romântica americana dos anos 90, que rendeu Oscar de melhor ator para Jack Nicholson, e melhor atriz para Helen Hunt. Hunt interpreta uma das personagnes mais humanas do cinema, uma garçonete que trabalha pesado para pagar o tratamento médico do filho doente. Apesar da vida dura, é simpática, cativante e adorada por todos. Consegue, até mesmo, amolecer o coração do irritante Marvin Utahl (Nicholson), sem dúvida, o personagem mais mal-humorado de toda a história do cinema. A persoangem também merecia o Oscar de melhor mãe e ser-humanlo.

-Nas Profundezas do Mar Sem Fim (1999), de Ulu Grosbard. Não sou fã de filmes "piegas" em excesso, mas Michelle Pfeiffer tem excelente performance, no papel da mãe que faz de tudo para reencontrar o filho, que desapareceu na infância. Apesar da dor da perda, ela continua vivendo seu cotidiano como dona-de-casa, e mãe de outras crianças, e com a esperança de reencontar o filho desaparecido. Antes que todo mundo comece a chorar, vamos para o próximo filme.

-O Amor e a Fúria (1995), de Lee Tamahori. Esse filme da Nova Zelândia, pouco conhecido pelo público, apresenta uma heroína excepcional. A desconhecida Rena Owen interpreta uma mãe, que faz de tudo para prevalecer a união da família. Apesar de levar uma tremenda surra do marido em uma festa (eu nunca na vida vi um negócio desses, até hoje essa cena me arrepia!!!), ela permanece insistente nos seus ideais sobre a importância da família. Mas se engana quem a considera como uma "amélia", pois pela vida dos filhos, a personagem de Owen dá a volta por cima na conclusão do filme.

-Tudo Sobre Minha Mãe (1999), de Pedro Almodóvar. Cecília Roth, grande atriz argentina, interpreta uma enfermeira, que perde seu filho adolescente num acidente de automóvel. Abalada, vai procurar o ex-marido, que descobre ser um travesti aidético, e que engravidou uma jovem freira (!). Enfim, a personagem tenta esquecer a dor da perda, e faz amizade com uma atriz lésbica. Essa sinopse é o que se espera de um filme dirigido por Almodóvar, que dedicou a película a todas as mães do cinema.

-Zuzu Angel ( 2006), de Sérgio Rezende. Finalizo com esse recente filme brazuca, em que Patrícia Pillar interpreta a famosa estilista Zuzu Angel, uma "mãe-coragem", que denuncia os militares na época da ditadura, a quem ela responsabiliza o desaparecimento do filho. Um grande papel para uma das atrizes mais populares do Brasil.

É isso aí. Gostaria de desejar a todas as mães do mundo um excelente dia, e parabenizá-las pela força que tiveram em criar seus filhos, estes, muitas vezes, não merecedores de tanto amor e dedicação. Em especial, à minha querida mãe Marly, e a tantas outras que sempre foram (e são) gentis comigo: Lídia, Rosa, Elizabeth, Márcia, Zefa... A lista é interminável. Fiquem todas com Deus!

Um comentário:

Leandro Souza disse...

Cara,

Ótima texto sobre o "dias das mães no cinema", muito bom mesmo. Os meu favoritos dessa lista são: Dançando no escuro, mesmo que eu assista várias vezes, sempre chorarei; Tudo sobre minha mãe, sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de Almodovar, tudo é perfeito: a trama, as músicas, a fotografia, enfim, um clássico.
Abraços meu caro,
Leandro.