domingo, 24 de maio de 2009

Melhor é Impossível

( EUA 1997 ). Direção: James L. Brooks. Com Jack Nicholson, Helen Hunt, Greg Kinnear, Cuba Gooding Jr., Shirley Knight, Skeet Ulrich, Randall Batinkoff, Yeardley Smith, Lupe Ontieveros, Bibi Osterwald, Shane Black, Jamie Kennedy, Brian Doyle-Murray, Tom McGowan, Todd Solondz, Lisa Edelstein, Lawrence Kasdan, Harold Ramis. 139 min.



Sinopse: Marvin Utall, um escritor extremamente mal-humorado e desagradável, e cheio de manias, se envolve com uma garçonete batalhadora e mãe de um menino doente. Além disso, acaba se afeiçoando a um cachorrinho, pertencente ao seu vizinho gay. O contato com essas duas pessoas acaba modificando, aos poucos, o temperamento ranzinza do escritor.

Comentários: Filme indicado a sete Oscar, ganhou dois: ator (Jack Nicholson) e atriz (Helen Hunt). Foi indicado ainda para filme, ator coadjuvante (Greg Kinnear), roteiro original (de Brooks e Mark Andrus), montagem e trilha sonora. Estranhamente, James L. Brooks não foi indicado como diretor, já que esse não só é o seu melhor filme até hoje, como também um dos melhores dos anos 90. Ou seja, injustiça total! Na verdade, deveria ganhar também como melhor filme, mas foi uma tarefa dificílima concorrer com o fenomenal Titanic. O fato é que Melhor é Impossível é um dos filmes mais humanos e sensíveis já feitos pelo recente cinema americano, com boa trilha sonora e excelentes interpretações: Jack Nicholson ganhou o seu terceiro Oscar pelo papel do rabugento Marvin Utall, comprovando ser um dos melhores atores de Hollywood ao transmitir toda a arrogância e antipatia para um dos personagens mais detestáveis de todo o cinema; Helen Hunt tem o mérito de construir uma personagem que consegue bater de frente com a excelente performance de Jack Nicholson. Ela domina muitas cenas com sua interpretação humana, verdadeira e excepcional; E Greg Kinnear, em início de carreira, mereceu a indicação ao Oscar de coadjuvante no papel do vizinho gay (Cuba Gooding Jr. interpreta o seu namorado). Os três personagens centrais se relacionam entre si e acabam ensinando e aprendendo uns com os outros os diferenciados tipos de comportamentos. Principalmente o Marvin de Nicholson, que consegue se "suavizar" através do contato com os novos amigos, na medida do possível (o que acaba explicando o título: melhor que isso é impossível). E esse é um dos pontos mais altos do bem elaborado roteiro original da dupla Brooks/Andrus que mistura drama e comédia nos momentos certos. Enfim, um filme leve, romântico, divertido, sério e encantador.

Por que gravei o filme: A última frase do comentário já esclarece, evidentemente, que eu adoro esse filme, e não me canso de assisti-lo repetidamente. O que foi mencionado anteriormente eu reafirmo, pois tudo funciona aqui: o roteiro, a trilha musical, as interpretações, o diretor... tudo! James L. Brooks nunca fez nada parecido, nem antes, nem após a conclusão desse filme. O mesmo eu digo da ótima Helen Hunt em seu melhor papel no cinema (ela está incrível!). E não há palavras para definir a habitual e formidável interpretação de Nicholson. Duas cenas me agradam de uma forma especial: a declaração de amor de Nicholson para Hunt, que pega todo mundo de surpresa; e o momento em que o protagonista tenta uma nova declaração para sua amada, e é surpreendido pelo surgimento da ótima Shirley Knight (que interpreta a mãe de Helen) com uma fala oportuna e interessante. Não digo mais nada, é um belo filme! E pronto. Gravado na HBO.

2 comentários:

Leandro Souza disse...

Ah,

Nada como uma pessoa que entende do assunto.
Um dos filmes mais "singelos e fofos" que já assisti na vida. Como sempre, o Mr. Nicholson é esplêndido.
Agora, esta película ter perdido para o naufrágio do Titanic, pasmem. Mas, tudo acontece porque assim tem de ser.

Gladys POIE disse...

Nossa... esse filme é muito bom, daqueles que se assiste muitas vezes, eu mesma já assisti umas 3 vezes, um filme imperdível e inesquecível.