segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Avatar

Muitos aguardaram esse filme com enormes expectativas. Afinal, trata-se de uma super produção gigantesca (em diversos sentidos), dirigido pelo pretensioso James Cameron, que após o fenômeno "Titanic", dirigiu apenas alguns documentários e episódios de seriados de tv. Além disso, o trailer é realmente muito bom, ao mostrar fantásticas cenas do gênero ficção científica e um show de efeitos especiais. São ingredientes que, sem dúvida, atraem o público. Por fim, a possibilidade de se assistir a esse filme em 3D, simplesmente ajuda na promoção desse entretenimento de Cameron.

Mas não se enganem: não se trata de um novo Titanic, já que o roteiro (feito pelo próprio Cameron) não trata de uma história fenomenal, que atraia toda as massas (inclusive quem não gosta de cinema). Não, é apenas um entretenimento classe A, interessante, curioso, empolgante e agradável. Por outro lado, uma estória repleta de clichês, extensa demais (que torna o filme arrastado e cansativo em alguns instantes) e com poucos instantes de humor.

Enfim, vou tentar elaborar uma sinopse: No futuro, o ex-fuzileiro naval Jake (feito pelo novo galã de Hollywood, Sam Worthington, de "Terminator 4"), paraplégico, é enviado a um planeta chamado Pandora. Lá, além da riqueza em biodiversidade, existe também a raça humanóide Na´vi, com sua própria língua e cultura. Estes são estudados por um grupo de cientistas, liderados pela Dra. Grace Augustini (o retorno de Sigourney Weaver em uma super-produção. Aiás, ela está em boa forma aos 60 anos), e pelo Coronel Miles Quaritch (Stephen Lang). Jake se "infiltra" ao povo Na´vi, e tem seu corpo modificado cientificamente para se assemelhar a esse estranho povo. Essa mudança no corpo é o que significa Avatar. E, a partir de então, surgem os clichês: Jake tem uma missão, mas acaba se apaixonando por Neytiri (Zoe Saldana, outra nova promessa, que fez "Piratas do Caribe" e "O Terminal", mas é mais conhecida como a Uhura de Star Trek), uma habitante local; o coronel se torna vilão e deseja acabar com toda a raça; alguns personagens "do bem" acabam morrendo em favor da civilização Na´vi; o protagonista Jake, em tão pouco tempo, consegue parecer um cidadão legítimo de Pandora...

Enfim, apesar disso, Avatar é um super espetáculo. Todos os zilhões que foram gastos aparecem na tela (essa é a maior semelhança com o Titanic). A fotografia é esplêndida, os efeitos visuais são de impressionar, a maquiagem é magnífica... Ou seja, tudo o que se espera de uma produção dirigida por James Cameron: algo tecnicamente perfeito! Mas, filme com clichê sem bons momentos de humor (que para mim são fundamentais) tornam o divertimento muito cansativo, e um tanto sonolento. Não achei também nada excepcional o formato em 3D. Para essa tecnologia, eu esperava muito mais (apenas as batalhas finais interessam um pouco). No elenco, há ainda presença da masculinizada Michelle Rodriguez, em mais um papel digno de homem, o canastrão Giovanni Ribisi como um cientista inescrupuloso e Wes Studi, como um nativo de Pandora. Mas, reafirmo: o principal é a produção técnica, não os atores. Creio que muitos vão gostar do filme, para mim foi apenas um entretenimento agradável, mas esquecível e arrastado.

Por fim, assisti ao filme com a Gi, no Cinemark do Center Norte, uma sala razoável para um shopping insuportável. Uma pena que não conseguimos assistir com os amigos Rafel e Aline, já que os ingressos já estavam esgotados quando eles chegaram. Aliás, vai uma dica: é melhor esperarem a poeira baixar, e assistir ao filme em sua 4ª ou 5ª semana de estreia. Afinal, as massas não perdoam, e multiplicam as filas... Abraços!!!!

TRAILER:


4 comentários:

Unknown disse...

Realmente, o formato 3D não foi de agradar !!! Porém vou resumir o que meu amado maridinho quis dizer: Ele adorou o filme e eu também !!! Foi uma grande pena nossos amigos Rafel e Aline não terem assistido conosco !!!

O Cara da Locadora disse...

Então, discordo de alguns pontos de sua análise... Primeiro não acho o James Cameron pretensioso, rs, ele não ostenta ele vai lá e faz... Sobre a história, acho que é uma história para massas sim, e por isso cheia de clichês, assim como o tão falado Titanic (um amor entre rico e pobre? que tem de original?)... Tem mais coisas, afinal gostei bastante do filme, uma correção final... o Eckhart não está no filme, rs... abraços

Cristiano Contreiras disse...

Eu discordo de sua resenha.

Não acho também o James Cameron pretensioso, nunca foi. Titanic teve clichês e funcionou plenamente. Aliás, afinal, qual filme, hoje, não tem elementos clichentos, hein? Me diz.

E não é só os efeitos magníficos de Avatar que cativam não: todos os elementos narrativos, os personagens, os atores e as cenas são surpreendentes. Não achei nem um pouco cansativo, pelo contrário: saí do cinema anestesiado, sem palavras, todo bobo...

É um filme muito, mais muito bem construído e tudo isso funciona.

Abraço e parabéns pelo blog!
te sigo!

Rafel Saitar disse...

Vou fazer coro aos outros comentaristas... é um filmão.

Minha voz de leigo no assunto reflete muitas vezes as massas quando o assunto é cinema, mas eu fiz alguns apontamentos lá no meu blog a respeito e espero com curiosidade seu comentário

Você esqueceu de citar a atuação de Joel Moore, que quase ninguém conhece mas é baita ator, um dos mais legais e intligentes auxiliares esporádicos da Dra. Temperance Brenan no seriado "Bones".

Abraços