sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Enterrado Vivo

Eu sei que por ser véspera de Natal, hoje não seria o dia ideal para postar esse filme. Mas, paciência, foi, até então, o mais recente que vi no cinema. Além do mais, li críticas satisfatórias sobre o filme, e por isso resolvi conferir.

Bom, o grande mérito do cineasta espanhol Rodrigo Cortés (na verdade, um roteirista que aqui estreia na direção) é conseguir prender, literalmente, a respiração do espectador, com essa trama sufocante.

Como o próprio título informa, alguém está enterrado vivo. Trata-se de Ryan Reynolds, que interpreta um caminhoneiro à serviço no Iraque. O que se sabe é que seu grupo foi exterminado, e ele foi enterrado em algum lugar no país. Em sua cova, há apenas um isqueiro, uma caneta e um celular. Com esse aparelho, ele tenta se comunicar com o mundo, em luta pela própria sobrevivência. A situação se complica, quando ele recebe uma ligação de um iraquiano, que exige uma quantia alta em dinheiro, em troca de seu resgate. Assim, o desespero aumenta e ele fará de tudo para escapar da cova. Há sim, mais tarde ele também recebe a visita de uma cobra.

Quem sofre de ansiedade, não vai suportar o filme (inclusive, na sala em que eu assisti, muitas pessoas abandonaram a sessão). Fora a cobra, Reynolds é o único ator em cena, do começo ao fim. E fora ele, diversas vozes atuam, quando o personagem tenta estabelecer contato com as pessoas através do celular ( esposa, sogra, mãe, sequestrador, embaixada, FBI... etc ).

O roteiro de Chris Sparling apresenta algumas pistas falsas, e aumenta a tensão. Enterrado Vivo, de fato, é um ótimo exercício para testar os nervos do espectador. Mas essa atmosfera angustiante acaba ocasionando um mal estar; afinal, definitivamente, trata-se de um filme de tortura, tanto física quanto psicológica. E o espectador que consegue acompanhar a projeção até o fim, espera aguardar um final feliz para o protagonista. Mas isso não acontece. Eu posso até estar informando demais, contudo prefiro agir dessa forma e prevenir as pessoas de ver aquilo que elas não querem ver. Admito, inclusive, que também fiquei decepcionado com o desfecho.

Minha esposa e minha sobrinha Luana quase me lincharam, na saída do Cinemark do Shopping D. Por isso também, recordo mais uma vez que não existirá aqui um "happy end". Se serve como dica também, não aceitem convite de ir ao Iraque, nem a trabalho, rsssss. Agora é com vocês, forte abraço e Feliz Natal!

TRAILER:

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