domingo, 15 de dezembro de 2013

Carrie - A Estranha (2013)

 Como tornou-se moda refilmar filmes famosos de terror nos anos 70 e 80, agora aconteceu com esse remake de um clássico do gênero de terror, que havia sido dirigido por Brian DePalma em 1976, e foi responsável por colocar no mapa os nomes de Stephen King, Sissy Spacek, John Travolta e do próprio DePalma. A diretora da vez é Kimbery Peirce (de "Meninos não Choram").

 Creio que o filme seria mais interessante se fosse feita uma nova leitura do popular livro do Stephen King, com momentos inéditos, não explorados pelo filme de DePalma, nem pela versão feita para tv em 2002. Contudo, o roteiro de Lawrence D. Cohen e Roberto Aguirre-Sacasa, prefere seguir a risca o filme de 76, mais que o livro. Ou seja, com algumas atualizações para o nosso tempo (com direito a tablets e sites de relacionamentos) e com algumas alterações em cenas, trata-se praticamente de uma xerox do original.

 Para quem não conhece ainda a história, vamos lá. Carrie White é uma garota reprimida pela mãe fanática religiosa, e é vítima de bullying na escola. Após ter sua primeira menstruação no chuveiro do colégio, é vítimas das brincadeiras de mal gosto das garotas. Uma delas, Sue Snell, contudo, se arrepende da brincadeira de mal gosto, e para se redimir, pede para o próprio namorado, Tommy Ross, convidar Carrie para o baile. A garota acaba por aceitar, contrariando a vontade da mãe, e vai para o baile onde a vingativa Chris Hargensen prepara algo terrível contra a garota. O que ninguém imagina, todavia, é que Carrie tem poderes telecinéticos, e se vinga de todos que a humilharam, num verdadeiro banho de sangue em que até os inocentes são punidos.

 O problema do filme é que sentimos constantemente a falta da mão experiente do talentoso DePalma, com sua típica linguagem cinematográfica: a trilha sonora angustiante, a divisão da tela em partes, a câmera lenta nos momentos mais arrepiantes... Tudo isso faz falta! As cenas de morte, por outro lado, são mais detalhadas. Porém até isso, emburrece! A cena em que Carrie se  vinga de Chris é longa demais e nada interessante. Aliás, a atriz que interpreta a vilã, uma certa Portia Doubledday (de "Vovó Zona 3"), é muito ruim e feia, fazendo os saudosistas sentirem falta da intérprete original, Nancy Allen.

 Falando nisso, no elenco a já popular e veterana garota Chloe Grace Moretz, após chamar a atenção da crítica e público no terror sobre uma vampira mírim, "Deixe-me Entrar", não faz feio e segura bem o papel. A excelente Julianne Moore interpreta a mãe fanática, em mais um bom papel e com maquiagem pesada, e outra boa atriz, Judy Greer (de "Os Descendentes") faz a professora de educação física, que defende Carrie. Há também uma garotada atraente nos outros papéis,Gabriella Wilde como Sue, Ansel Elgort como Tommy, Alex Russell como Billy... etc.

 No fim das contas, não é um filme ruim. Mas exaustivamente lento para quem conhece o original de letra. Nem mesmo as atualizações chamam a atenção. Apenas me irrita o fato de ter assistido ao filme em sua versão dublada. Pelas barbas do profeta: Por que essa moda infeliz de dublar tudo que é filme ? Quase não há mais produções originais com legendas em português! Isso aborrece ainda mais o passatempo... Abraços!

TRAILER:



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